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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

MuBE exibe o lado político de Botero

Artista colombiano tem 67 obras reunidas no museu, todas retratando a guerrilha no país

Conhecido popularmente por retratar personagens obesos, Fernando Botero, 79 anos, volta hoje a São Paulo com a exposição "Dores da Colômbia", que já havia passado pela cidade em 2007. Estão reunidas no MuBE 67 obras de teor político, que foram doadas pelo artista ao Museu Nacional da Colômbia em 2004 e 2005.

As seis aquarelas, 25 pinturas e 36 desenhos mostram abusos sofridos pelos colombianos como consequência da ação violenta de grupos guerrilheiros, políticos e paramilitares em guerra causada pelo narcotráfico. O conflito já resultou no exílio de 1,5 milhão de colombianos nas últimas décadas.

As figuras bonachonas de Botero, nestas obras, sofrem torturas, são mortas e choram, mas com as mesmas cores vibrantes que marcam toda a trajetória do artista.

A curadoria é do próprio Museu Nacional da Colômbia, localizado na capital, Bogotá. De acordo com a diretora do museu, Maria Victoria Robayo, a mostra se integra a um programa de exposições itinerantes, que tem como um de seus objetivos funcionar como apelo para evitar que os horrores da guerra se repitam.

"Botero disse várias vezes que, apesar de não residir na Colômbia há mais de 40 anos, sente-se muito próximo de seu povo. Trata-se de um convite à reflexão sobre as circunstâncias dolorosas que violam os direitos humanos neste país", explica a curadora Maria Robayo.

Há duas semanas o artista colombiano radicado na França tornou-se autor da obra latino-americana mais cara já negociada em um leilão. A escultura "Dancers" (2007), foi arrematada por US$ 1,7 milhão na casa Christie's de Nova York.

'La Muerte en la Catedral' (2002) está entre as obras, que incluem aquarelas, pinturas e desenhos 

fonte:
http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=17,117535 

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