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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Pinacoteca recebe cadernos com obras escritas em braille

O rio Piracicaba, um casebre, árvores de uma ambientação bucólica e até mesmo os delicados traços do rosto de uma mulher, pintados com minúcia e colorido pelo artista plástico, no trabalho de Rosa Maria Calvi Massari Parisi são transformados em um apanhado de pontos, que a partir de uma leitura lógica e sensorial, são enfim obras de arte apreciadas – pelo tato – por deficientes visuais.

O exercício pode ser feito nos três cadernos em braille que o Lions Clube Vila Rezende, em parceria com a Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, produziu. Os volumes 2 e 3 foram entregues ontem, na Pinacoteca, e a partir de sexta-feira estarão expostos junto aos 30 trabalhos originais. O primeiro volume deste material foi concluído e entregue em 2008.

Cada caderno possui 10 obras. “O Volume 1 apresenta um apanhado de obras acadêmicas e contemporâneas, enquanto nos outros dois estão os premiados do Salão de Belas Artes de 1959 a 1970”, explica Lauro Pinotti, diretor da Pinacoteca. Entre os dois novos cadernos têm pinturas – e as respectivas leituras em Braille – dos artistas Alípio Dutra, Joaquim Miguel Dutra, Arcângelo Ianelli, Júlio Mugnari, João Dutra, Álvaro Paulo Sega, entre outros.

A titular da Secretaria Municipal da Ação Cultural (Semac), Rosângela Camolese, enfatizou o dinamismo do Lions nesta iniciativa de inclusão social e ressaltou que se trata de um projeto de primeiro mundo. A Pinacoteca de Piracicaba é a segunda do Estado, além da capital, que realiza algo deste porte. Além das obras em braille, existe uma descrição da obra escrita em português, que também tem a versão para deficientes visuais, assim como o nome da pintura, do artista e as dimensões da obra.

“E teve revisão de Antonio Daniel Ribas, deficiente visual e professor de português”, completou Rosa Maria, que também explicou um pouco sobre o trabalho desenvolvido nos cadernos. “A espessura do ponto depende do objetivo pintado. Alguns são pontiagudos, em locais que é preciso ter um sentimento forte, enquanto para uma sombra, por exemplo, os pontos são mais finos”. De acordo com ela, entender a obra em braille, pelo tato, requer a mesma sensibilidade da análise e interpretação dos olhos.

NOVIDADES – Rosângela e Pinotti participaram esta semana do 3º Encontro Paulista de Museus, em São Paulo, e trouxeram ideias para serem aplicadas em instituições museológicas de Piracicaba. “Trata-se de um modelo já em uso no Museu Casa de Portinari, em Brodowski, que são maquetes em bandejas para situar os deficientes visuais dentro do local. Pelo tato, eles saberão onde estão e para onde devem seguir a visitação”, contou a secretaria da Semac, que também divulgou que as maquetes serão implantadas futuramente no Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes.

fonte:
http://www.tribunatp.com.br/modules/news/article.php?storyid=9498

Museu2009 na rede social de VOZ - Comunicação linguagem e Imaginário

O programa de rádio Talentos Museu 2009 nesta primeira edição trata de um texto sobre Comunicação, Linguagem e Imaginário do livro PARA ALÈM DOS MUROS por uma comunicação dialógica entre museus e entorno de Cristiane Batista Santana - Capítulo 2 - 1a. Edição, Brodowski, 2011 e fundo musical Viver de Arte de Mc Vacão - da cidade de Salavador. Colaboração de Edição de Edison Mariotti Junior.

Visite:
http://pt.blaving.com/museu2009/

Moda - museu dedicado à Cristóbal Balenciaga, vai finalmente abrir as suas portas



designer de moda espanhol e fundador da Balenciaga, Cristóbal Balenciaga Eizaguirre (1895-1972) nasceu em Getaria. Balenciaga trabalhou como aprendiz de alfaiate, quando ele tinha doze anos, depois que ele foi enviado a Madri para receber um treinamento formal. Balenciaga foi muito bem sucedida e se mudou para Paris, onde abriu sua casa de alta costura em 1937.


vídeos: Makong off
fonte:


http://www.fashionunited.com/fashion-news/trends/museo-balenciaga-opens-20110706487200

5º Festival de Arte Digital - FAD está com inscrições abertas para artistas do mundo inteiro


Até 30 de junho os realizadores podem se inscrever
 
A crescente popularização das plataformas e ferramentas digitais vem mudando de maneira significativa a forma como produzimos e consumimos arte. A arte – assim como a ciência e a tecnologia – não é mais a mesma, e também não o é a forma que com ela nos relacionamos. No entanto, ainda existe  estranhamento em torno da arte digital, muitas vezes relegada pelo grande público à uma categoria de pura experimentação e inacessibilidade.
 
Descobrir projetos e obras inovadores e consistentes no Brasil e no mundo, viabilizar sua exposição para um público, cada vez mais amplo, e promover atividades de reflexão e formação. São esses os objetivos do 5º Festival de Arte Digital cujo Edital para seleção de artistas já está no ar e ficará aberto até o dia 30 de junho.
 
Os artistas selecionados terão suas obras expostas durante todo o mês de setembro, no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte. As performances, oficinas e workshops, que também passam por seleção via Edital também ocorrerão em setembro. 
 
Em sua quinta edição, o FAD é patrocinado pela Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Ministério da Cultura/Governo Federal). O projeto também conta com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura (Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte). 
 
_Edital
 
Desde 30 de maio, o FAD recebe inscrições de artistas do mundo inteiro que queiram apresentar seus trabalhos (ou ministrar oficinas e workshops) no Festival. 
 
Nesta edição, o FAD traz como tema a Arte Cinética, também conhecida como Cinetismo. Na Arte Cinética, o movimento constitui o princípio de estruturação das obras. E o FAD encara esse conceito de forma bastante ampla - obras que contenham objetos e esculturas em movimento, que sejam interativas por meio do uso de sensores, ou até mesmo um filme convencional (imagens em movimento). Tudo isso é cinético e se encaixa na temática. 
 
O Edital também está aberto para obras que não necessariamente se enquadrem na categoria. Para Henrique Roscoe (a.k.a. VJ 1mpar), diretor artístico do festival, a opção por receber também essas obras vem da necessidade do festival dialogar com todos os tipos de iniciativa na arte digital. "O FAD é um festival recente, mas que já está estabelecido nos cenário da Arte Digital no mundo de forma bastante contundente. Ao não ficarmos fechados apenas no nosso tema central, conseguimos estabelecer mais diálogos, que podem movimentar ainda mais o Festival", diz ele. Assim, a curadoria vai dar prioridade, na análise, a projetos que se encaixem dentro do tema. Porém, obras que não estejam diretamente relacionadas com o Cinetismo também serão analisadas.
 
As propostas inscritas serão avaliadas pelos curadores com base nos critérios de conceito artístico, interação, desenvolvimento tecnológico, custo e viabilidade de execução. O Edital contempla inscrições tanto de artistas individuais quanto de coletivos. As inscrições são gratuitas, e ficam abertas até 30 de junho, somente pelo site www.festivaldeartedigital.com.br. O resultado será divulgado em até 15 dias após o término do Edital, no próprio site do FAD.
 
_Áreas
 
As propostas enviadas ao Edital do FAD devem estar incluídas em uma das três áreas de atuação do Festival:
 
. FAD Performance A/V (shows audiovisuais)
Engloba projetos dedicados a apresentações artísticas autorais, ao vivo, e que utilizem áudio e imagens de forma sincronizada.
 
. FAD Galeria (instalações audiovisuais interativas)
Trabalhos que desenvolvam conteúdo artístico e que promovam interação com o público. 
 
. FAD Laboratório (Oficinas, Workshops)
Oficinas e workshops de pequena duração, com temática livre. A ideia é capacitar o público para utilização de novas ferramentas de áudio e vídeo, criação de trabalhos de interação como software livres, apps (aplicativos), entre outros, para uso profissional ou não.
 
_FAD
Em um cenário em que o uso de novas ferramentas e tecnologias influencia a busca, a pesquisa e a experimentação de novas linguagens artísticas, o FAD desponta como um espaço de troca e apresentação do que vem sendo produzido nesse campo através de artistas do Brasil e do mundo. Realizado desde 2007, em Belo Horizonte (MG), o FAD é um festival de arte em mídias digitais que tem o objetivo de descobrir e apresentar ao público conteúdos artísticos desenvolvidos ou processados em alguma de suas etapas por meio da utilização de computadores, softwares, hardwares, celulares, filmadoras, câmeras digitais, dispositivos eletrônicos e/ou digitais.
 
Dessa forma, o Festival apóia e contribui para a produção, a realização e a consolidação da arte digital no país. Toda a programação do FAD é aberta e gratuita.
 
_Serviço
EDITAL 2011 - 5º FESTIVAL DE ARTES DIGITAIS - FAD
30 de maio a 30 de junho
inscrições gratuitas no  www.festivaldeartedigital.com.br 

O legado de 2014

Devemos entender a oportunidade de sediar uma Copa do Mundo a partir de duas dimensões: a realização do evento em si, que dura trinta dias, e o legado que o evento deixa para o País, que pode durar décadas.
Quanto ao evento em si, teremos a possibilidade de vivenciar in loco o momento mágico do esporte mais popular e mais brasileiro que existe. Serão os melhores jogadores do mundo se apresentando nos doze estádios (até o momento) preparados, especialmente, para receber essas partidas. Cerca de 500 mil turistas estrangeiros devem vir ao País e consumirão nossos produtos, se hospedarão em nossos hotéis, visitarão nossos museus e parques, comerão em nossos restaurantes e bares. Sem contar o turismo interno, que deverá também ser bastante intenso (isso se nossos aeroportos permitirem).
Enfim, se fizermos tudo direito teremos a possibilidade de realizar um evento bem organizado, com segurança e que permita a movimentação tranquila das massas. E eu, sinceramente, acredito que faremos.
O ponto principal é que, mesmo assim, dificilmente os recursos financeiros que entrarão nesses dias serão suficientes para bancar o investimento que faremos, da ordem de R$ 100 bilhões. Essa é a constatação dos outros países que sediaram grandes eventos esportivos. Mas isso não significa que não valha à pena. Entendo que o verdadeiro retorno para o Brasil deve acontecer nos anos seguintes ao evento, ou seja, o legado.
Haverá claramente um legado físico: a infraestrutura para os novos estádios, portos, aeroportos, e outras obras de mobilidade urbana ficará como benefício concreto para o País. Obviamente, caberá a nós gerirmos, de forma adequada e sustentável, esses novos ativos.
Outro retorno concreto que o País pode ter é no aumento da atração de turistas estrangeiros, que pode ter inclusive um caráter cumulativo e permanente. Bilhões de pessoas no mundo conhecendo mais sobre o Brasil durante a Copa e milhares viajando pelo País naqueles trinta dias podem significar milhões de turistas nos anos seguintes.
Mas o principal legado pode ser, sem dúvida, o menos visível, ou seja, o intangível. O esporte ganhará uma exposição interna como nunca antes teve, crescendo como estrutura, como negócio e como possibilidade de transformação social. Além disso, pessoas terão que ser capacitadas para a gestão do evento e a recepção dos turistas. Esse capital humano não será perdido e poderá ser absorvido pela economia interna, que, aliás, vive um ciclo extremamente positivo.
E, por fim, não podemos desprezar o que sediar uma Copa pode significar em termos de autoestima e felicidade para os brasileiros. Este intangível talvez seja aquele que possa representar o principal motor de transformação e salto qualitativo da nação nos anos seguintes ao grande evento.
*Presidente da Trevisan Gestão do Esporte e diretor geral da Trevisan Escola de Negócios.

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