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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

As obras do Kremlin

O Kremlin de Moscou é um conjunto único de museus e, ao mesmo tempo, é a residência do poder central da Rússia. Qual destas funções é mais importante para o país, para a sociedade, para os moscovitas?



Foto: RIA Novosti




Este tema está agora sendo discutido e existem as mais variadas opiniões.
Por exemplo, a questão se coloca em relação ao grande prédio administrativo do Kremlin onde, desde o Verão do ano passado, estão decorrendo obras de reabilitação. Será que os funcionários da Administração Presidencial voltarão para lá após as obras ou passarão para um outro edifício, mais moderno e mais confortável, que melhor corresponda às suas atuais necessidades?
O dirigente do serviço de imprensa da Direção de Gestão do Património da Presidência da Rússia, Viktor Khrenov, explica o que está sendo feito.

– Se trata de uma estrutura complexa, o prédio foi construído nos anos 1930 e praticamente não tinha tido obras de reabilitação. Mas a questão não é só reabilitar o edifício mas também criar condições adequadas para os serviços da Administração Presidencial, para o Serviço de Guarda (serviços de segurança), que lá trabalham.

Aliás, se os serviços e departamentos regressarem a este prédio, deverá ser por pouco tempo já que, de acordo com o plano aprovado de ampliação do território da capital, uma série de entidades públicas, entre as quais a Administração Presidencial, deverão ser instaladas nos arredores de Moscou.

Há quem considere mais adequado desenvolver vertente museológica do Kremlin. Esta ideia é defendida pelo ministro da Cultura, Aleksandr Avdeev, que propõe organizar um novo museu no referido prédio administrativo agora em obras. Esta proposta tem os seus fundamentos. Os museus do Kremlin precisam urgentemente de novas áreas, precisam de locais para guardar as obras, como muitas vezes já disse a sua diretora, Elena Gagarina.

– A nossa tarefa principal é libertar os monumentos do Kremlin de funções que não lhes são próprias, retirar daqui todos os armazéns, as oficinas de restauro, os escritórios que ainda continuam a existir e mudá-los para fora das muralhas do Kremlin.

No entanto, a proposta mais radical partiu do conhecido galerista Marat Gelman. Segundo ele, todo o Kremlin deve ser transformado numa zona museológica, ou seja, “fazer do centro histórico da Rússia um local verdadeiramente histórico”. Na verdade, Marat Gelman tem bastantes apoiantes. Entre eles, está, por exemplo, o coordenador do movimento cívico Arkhitecturni Nadzor, Konstantin Mikhailov, que aliás é membro da Câmara Social da Federação Russa. Ele considera que o Kremlin deve ser um espaço público, ou seja, uma zona de acesso livre. No entanto, é preciso bastante cautela no que se refere a dar livre acesso aos vários edifícios do Kremlin, de maneira a não alterar o estado de conservação deste extraordinário conjunto arquitetónico que, atualmente, podemos considerar como praticamente ideal.

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