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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Museu Casa Guimarães Rosa é reaberto oficialmente ao público - Instituição ganha nova exposição de longa duração e nova exposição temporária



Será aberta, oficialmente, nesta sexta-feira (06), o Museu Casa Guimarães, com a exposição de longa duração Rosa dos tempos, Rosa dos ventos e a exposição temporária A boiada: 60 anos de Travessia, além do lançamento do projeto Memória viva do sertão. O projeto foi concebido e realizado com patrocínio da Petrobras.

Instalado no município de Cordisburgo, na casa em que Guimarães Rosa nasceu e passou parte de sua infância, o museu que conta agora com a nova exposição de longa duração Rosa dos Tempos, Rosa dos Ventos, mostra sua antiga vocação original ou seja, a de ser um museu-casa, apresentando móveis originais da residência e objetos pessoais do escritor, de forma que o público ainda verá as gravatas borboletas usadas por ele, seu guarda-roupa, sua maleta de médico, suas condecorações, sua máquina de escrever, seus móveis de escritório, entre outros objetos. O processo de requalificação foi concebido de modo a tornar mais marcante a presença da vida e obra de João Guimarães Rosa dentro de sua antiga residência.

Em todos os cômodos da casa o visitante terá contato com a reprodução de trechos de obras, texto crítico, com o fac-símile das correções que o autor fazia nos textos e com a história editorial do livro.

Já a exposição temporária A boiada: 60 anos de travessia, outro projeto a ser apresentado no dia, traz fotos realizadas pelo fotógrafo Eugênio Silva, durante a famosa viagem de Guimarães Rosa pelo sertão mineiro. 
Memória viva do sertão é uma exposição que apresenta aos amantes de Rosa  o trecho percorrido pelo escritor em 1952, indo mais além e entrando definitivamente no sertão de João Guimarães Rosa. O projeto resultou em dois produtos: um documentário e no Manto do Vaqueiro. O documentário Conto o que vi, o que não vi, não conto, com roteiro e direção da pesquisadora Beth Ziani (USP) e direção de fotografia de Joacélio Batista, mostra a cultura sertaneja retratada nas obras de Guimarães Rosa, assim como sua transformação ao longo dos anos. 


Ação educativa 

O grupo de contadores de estórias Miguilim, constituído por jovens moradores de Cordisburgo, é a principal ação educativa do Museu Casa Guimarães Rosa. O grupo é responsável pelo atendimento do público que visita o museu, por meio de narração e encenação de trechos dos livros do escritor. Criado em 1995 pela Dra. Calina Guimarães, prima de Guimarães Rosa, o grupo é atualmente dirigido pelas educadoras Dôra Guimarães e Elisa Almeida. 

O processo de requalificação do museu criou novos instrumentos para trabalhar a obra de Guimarães Rosa com o público que visita o museu. Um quebra-cabeça com o léxico do escritor facilita aos estudantes o entendimento das palavras usadas pelos vaqueiros, além daquelas inventadas pelo próprio escritor. Um jogo de memórias com fotos dos locais por onde a boiada passou e com trechos da obra do escritor também poderá ser usado pelos educadores do museu.

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