Com apoio dos amigos do artista e dos parceiros da Babel das Artes e da Secretaria de Cultura do Estado da Paraíba, o artista paraibano José Altino foi conferir em São Paulo a exposição de suas obras premiadas na Bienal Naïfs do Brasil 2012, realizada pelo SESC Piracicaba.
Duas gravuras do artista — produzidas com a técnica de xilogravura — receberam menção honrosa na bienal realizada pelo SESC em Piracicaba, São Paulo. São elasMacunaíma e Canário da Terra e Rainha do Miramar.
O prêmio deve gerar ainda mais valor para o trabalho do artista, até porque esta edição da Bienal já é considerada a de maior repercussão no mercado das artes. O destaque para o naïf foi provocado pela mostra coletiva de arte primitiva Histoires de Voir, que está sendo realizada na França.
A exposição na Fundação Cartier, em Paris, gerou demanda pela arte ingênua. As principais galerias da Europa já começaram a garimpar. A Bienal Naïf teve uma novidade: além dos selecionados, convidou artistas para produzir obras de arte contemporânea para dialogar com a também chamada arte naive, o que chamou a atenção de especialistas, da mídia e do mercado.
“A informação compartilhada nesta Bienal Naïf foi bastante animadora. Segundo os estudiosos, este é o segmento que mais cresce no mercado de arte, principalmente após a mostra coletiva de arte primitiva na França. A arte Naïf vem ganhando espaço, sobretudo, nas galerias de arte contemporânea”, comenta Altino com entusiasmo.
Com curadoria de Kiki Mazzuchelli a Bienal teve debates em sua programação de abertura. Além de discutir os rígidos critérios para a premiação, o tema Além da Vanguarda: Brutos, Ingênuos, Loucos, Populares, Primitivos teve como objetivo provocar reflexões entre especialistas e artistas sobre o papel da arte popular no presente contexto cultural e sua relação com a arte contemporânea.
Esta é a segunda participação de Altino na Bienal Naïf. Em 2006 participou da Bienal Naïfs do Brasil [entre culturas] a convite da curadora Ana Mae Barbosa, em uma sala especial de artistas com produção inspirada na arte popular.
Além do mestre da xilogravura, nesta edição a paraibana Joana Baraúna, de Santa Rita, radicada há mais de 10 anos em São Paulo, também recebeu menção em seus dois desenhos selecionados. Isa Galindo, de Caruaru/PE, radicada há décadas na Paraíba, foi selecionada para a Bienal com uma pintura.
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