Site disponibiliza áudios, vídeos, fotos e documentos de afro descendentes. Projeto foi criado há cinco meses e já possui mais de dois mil acessos.
Criado há cinco meses pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o
Museu Afro Digital disponibiliza para consulta um acervo on-line de
quase mil fotografias sobre a presença dos negros no Estado. De qualquer
lugar do mundo é possível também acessar vídeos, áudios e documentários
feitos por pesquisadores do programa de pós-graduação em Ciências
Sociais da UFMA.
O museu está há cinco meses no ar e já possui mais de dois mil acessos.
Nas páginas virtuais um acervo bem particular. Documentos, fotos,
vídeos e músicas. Muito desse material só pode ser encontrado site.
“É uma forma dessas pessoas, que são afro descentes, irem à internet,
olharem seus ancestrais fotografados, as pessoas que estão representadas
ali e terem contato com os pesquisadores que foram coletar material nas
comunidades”, explicou o professor Sérgio Ferreti, coordenador do
projeto.
O museu afro digital revela o cotidiano dos negros maranhenses desde a
época da escravidão, das fugas para as áreas de quilombo. E a história é
contada através da cultura popular, da religiosidade e das danças.
São cerca de mil fotografias que mostram as organizações das festas nos
terreiros de umbanda, nas brincadeiras de bumba meu boi e em outras
manifestações folclóricas. A maioria das fotos foi adquirida em pesquisa
pelos professores da universidade. “Pessoas que fizeram pesquisa sobre a
Festa do Divino, sobre quilombos e que cedem este material. Há também
um grande acervo de fotografias reunidas, documentos antigos de 1940,
de1930. Na medida do possível a gente consegue”, acrescentou Ferreti.
O acervo também é composto de vídeos documentários sobre os costumes
trazidos pelos negros africanos. No acervo de áudio são cerca de 90
músicas, gravações dos cânticos entoados nos terreiros e a cantoria das
caixeiras nos festejos do Divino Espírito Santo.
O museu afro digital promove também um intercâmbio cultural entre
pesquisadores acadêmicos e a comunidade remanescente de quilombos. “É
uma forma de democratizar, porque é um museu sem donos, as pessoas cedem
esse material. Então é uma forma de democratizar cultura e as
tradições.
Clique aqui para acessar o museu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário