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domingo, 30 de setembro de 2012

Governo vai acabar com as borlas nos Museus - Portugal


A Secretaria de Estado da Cultura prepara uma revisão do actual sistema de gratuitidade nas entradas nos museus, disse à Lusa fonte do gabinete de Francisco José Viegas. O adjunto para a comunicação do secretário de Estado esclarecia deste modo as declarações tornadas públicas do director-geral do Património Cultural, Elísio Semmavielle, segundo as quais se está a trabalhar na nova tabela de preços, que deverá entrar em vigor na Primavera de 2013.




"O que a Direcção-Geral do Património Cultural está preparar, e que já tinha sido anunciado pelo secretário de Estado, é uma proposta de revisão do sistema de gratuitidade actualmente existente, o qual não beneficia, por um lado, as necessidades do turismo interno e, por outro, não contribui, tal como é desejado, para a resolução das necessidades dos museus", disse a mesma fonte.
Segundo o adjunto do secretário de Estado da Cultura, "esta proposta será analisada pela tutela tendo como garantia que, na aplicação do seu formato final, garantirá sempre uma lógica de equidade e de acesso à fruição dos bens culturais, de acordo com os diferentes tipos de público".
A secretaria de Estado pretende "permitir aos museus beneficiarem de um reforço para a sua manutenção e para a melhoria dos serviços que prestam", rematou.
Na passada quinta-feira, em declarações à Lusa, Elísio Summavielle, reconhecia o constrangimento financeiro que se vive na área da cultura e afirmava: "Temos de fazer omeletes com pouco ovos, mas ovos de excelência".
O presidente da Associação Portuguesa de Museologia, João Neto, em declarações à Lusa considerou imprescindível o aumento do preço das entradas nos museus para fazer face aos custos inerentes.
"Existem custos muito grandes nos museus, uns que têm a ver com a dignidade dos profissionais especializados que trabalham nos museus, outros que têm a ver com a própria conservação das peças e do edifício", defendeu.
Para este representante dos museus portugueses, os descontos que são feitos no preço das entradas - "que chegam a ser de 50 e 60 por cento" - tornam o valor "numa gorjeta" dada aos museus.
"Não consigo conceber que se paguem ninharias, como se fossem esmolas, porque os museus têm uma riqueza patrimonial e fundamental em termos de conhecimento e de integração das pessoas na sociedade", salientou.

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