Instituições como o Louvre reclamam de sua possível inclusão no cálculo de fortunas
As principais galerias e museus de arte de Paris fizeram apelo contra a tentativa do governo de incluir obras de arte avaliadas em mais de € 50 mil (R$ 132 mil) no cálculo do imposto sobre a fortuna, alegando que a medida poderia mandar coleções históricas para fora do país.
O jornal "Libération" publicou um trecho de carta que foi assinada por chefes de museus como Louvre, d'Orsay e Centro Pompidou.
"A França contribuirá para o desaparecimento das coleções de arte passadas através das gerações", diz documento enviado à ministra da Cultura, Aurélie Filippetti, e ao presidente François Hollande, reforçando que uma tributação como essa esmagaria o mundo da arte.
O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, tentou amenizar e negou em entrevista à rádio Europe 1 que as obras de arte entrarão no cálculo do imposto.
Já o ministro do Orçamento, Jerome Cahuzac, alertou para o fato de que a proposta ainda não foi votada. "Nós vamos ter uma conversa franca com o grupo socialista. É possível que o governo seja derrotado por sua maioria parlamentar", afirmou à rádio France Inter.
Em julho deste ano, a França anunciou medidas de austeridade para conter a crise econômica e minimizar o deficit público, que chega a 4,5% do PIB do país.
Hoje, apenas ativos como imóveis ou poupança entram no imposto sobre fortunas.
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