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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Museus brasileiros ficam de fora dos roteiros de turistas


Estudo realizado pela Feambra mostra que as instituições não gostam de ser classificadas como atrações turísticas.


Comunicação no  Museu da Casa Brasileira costuma ser eficiente
Comunicação no Museu da Casa Brasileira costuma ser eficiente

Um roteiro de viagem se preze sempre vai incluir visitas a museus. Afinal, como passar por Paris sem ver (ou rever) pelo menos parte do acervo do Louvre. E uma viagem a Nova York não será a mesma sem uma esticadinha ao Metropolitan ou ao Guggenheim.
Mas será que os estrangeiros que visitam o Brasil pensam em conhecer importantes instituições brasileiras como o Museu de Arte de São Paulo (Masp) ou o Museu da Casa Brasileira?
Ao contrário das instituições estrangeiras, os museus brasileiros não gostam de ser classificados como atrações turísticas.
Por esta razão acabam não se preocupando em divulgar suas atividades para o público de outros países. Esta é uma das conclusões de um estudo coordenado pela diretora da Federação de Amigos de Museus no Brasil (Feambra), Camila Leoni, que analisou o trabalho de promoção de marketing de três instituições: Masp, Museu da Casa Brasileira e Pinacoteca do Estado de São Paulo.
"Ter parcerias com órgãos de turismo para divulgação internacional é uma saída para os museus, mas eles não se interessam por esta estratégia", diz Camila. 
Outra conclusão: os departamentos destas instituições atuam de forma independente as quais, muitas vezes, não conversam entre si. "É comum que o curador organize o material de divulgação de uma exposição sem ao menos informar o departamento de comunicação do museu", afirma. 
Os três museus analisados ficam em São Paulo, mas segundo a especialista, o Brasil conta com um total de 2,5 mil instituições e há casos em que a falta de estrutura é total.
"Tem museu no Brasil que é gerenciado por apenas uma pessoa. Quando ela precisar sair para almoçar, por exemplo, tem que trancar o prédio e levar a chave", diz.
Outro problema verificado é a falta de verba, o que dificulta um bom trabalho de divulgação das atividades dos museus. "O Moma, de Nova York, envia aos seus associados do mundo inteiro correspondências solicitando doações. Aqui não existe esta preocupação", diz Camila.

fonte:
Cintia Esteves   cesteves@brasileconomico.com.br
11/10/12 15:59

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