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domingo, 4 de novembro de 2012

Museu a céu aberto é o retrato do descaso

De férias no Recife, a família do comerciante mineiro Marco Antônio Andrade não passou nem dois minutos no Museu a Céu Aberto, que guarda achados arqueológicos dos séculos 17 e 19, na Rua Barão Rodrigues Mendes, Bairro do Recife. O abandono do espaço decepciona visitantes como ele. “Está muito sujo”, queixa-se o turista. A lista de problemas não para por aí: há vidraças quebradas no guarda-corpo, só restou uma lâmpada do sistema de iluminação e até a chapa de aço que emoldurava o painel informativo foi roubada.

Apesar da importância histórica, a deterioração avançou nos últimos anos. Piorou quando a prefeitura retirou o vigilante que zelava pelo espaço, opina o marmorista Luciano Alves, que trabalha há dois anos na obra de um prédio ao lado. “Todo visitante que vem aqui balança a cabeça quando vê essa lixarada aí dentro. Isso suja a imagem da cidade, um verdadeiro abandono”, lamenta. Na água da maré que se acumula num dos cantos da escavação, há peixes nadando entre copos plásticos, roupas e restos de construção.

Questionada sobre o caso, a Prefeitura do Recife mandou apenas nota na qual informa que a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) está levantando os danos para programar o reparo dos vidros de proteção, porém não fixou data para o serviço. Acrescentou que “já resolveu o problema na iluminação do local com o reparo do circuito elétrico”. No entanto, na última quinta havia fios desconectados e faltavam lâmpadas.

 / Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem



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