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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O negócio dos museus corporativos



Para uma cidade que se orgulha de ter superado o seu passado, Atlanta conta uma vários museus de primeira classe. A Biblioteca e Museu Jimmy Carter celebram o maior presidente da Georgia. O Centro (Martin Luther) King santifica o maior líder dos direitos civis americanos. E o World of Coca-Cola celebra o maior refrigerante do mundo.
Os viajantes mais experientes do mundo sempre incluíram museus corporativos em seus itinerários. O museu SPAM em Austin, Minnesota, é o Guggenheim dos produtos suínos. O Kohler Design Center em Kohler, Wisconsin, é o ápice dos objetos de banheiro. O museu da Cumberland Pencil Company em Keswick, na Inglaterra, é o British Museum dos lápis antigos. Agora, no entanto, os museus empresariais querem entrar na primeira classe.
Um museu corporativo é uma maneira inteligente de promover uma marca. Caso seja bom, as pessoas podem chegar a pagar para ouvir sua história, de modo que as empresas têm transformado museus sisudos e antiquados – acervos de artefatos e documentos da empresa – em parques temáticos corporativos. E as empresas começaram a usar suas histórias para enriquecer suas marcas e aprofundar seu relacionamento com os consumidores.
Entre as empresas que usam seus museus de modo mais eficiente como uma ferramenta de marketing estão as montadoras alemãs. A BMW tem um museu em formato de caldeirão gigante logo ao lado de sua sede em Munich. A Mercedes-Bensz tem uma atração semelhante em Stuttgart e também ergueu um Mercedes-Benz World em Weybridge, Surrey, que exibe modelos antigos e atuais e oferece cursos em um antigo circuito de corrida.
Historiadores sérios desdenham os museus corporativos. Estes raramente são objetivos: mesmo antes de os diretores de marketing terem se apossado desses museus, eles tinham uma tendência a glorificar os seus objetos. No entanto, a ascensão dos museus corporativos expressa um fato interessantes sobre a memória coletiva. Pessoas comuns perceberam muito antes dos historiadores profissionais que grandes empresas e seus produtos em geral afetam suas vidas de uma maneira muito mais íntima que os políticos que são celebrados em museus mais convencionais.


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