Ouvir o texto...

domingo, 6 de maio de 2012

USP apoiará projetos com “moedas criativas”



Os trabalhos selecionados nas áreas de inclusão digital e audiovisual receberão consultoria gratuita de especialistas da USP e parceiros para desenvolver seus projetos. Esse apoio será dado a roteiros de cinema, jogos sobre folclore brasileiro, ações de intervenção urbana e uma rede de educação móvel
O “Fundo de Moedas Imaginárias” (“FMI”), lançado pelo grupo de pesquisa Cidade do Conhecimento da USP – Universidade de São Paulo, realizou no dia 1 de maio o seu primeiro processo de seleção de projetos em várias áreas de inclusão digital e audiovisual. Entre os selecionados estão roteiros de cinema, games sobre história e folclore brasileiro, ações de intervenção urbana e uma nova rede com foco em educação móvel.

“Os três primeiros colocados serão beneficiados imediatamente com o equivalente a R$ 3 mil em horas de consultoria com especialistas da USP e convidados”, informa o curador do projeto e coordenador do “FMI”, o economista e sociólogo Gilson Schwartz.

A Comissão Julgadora avaliou os projetos por meio de um pitching, apresentações que foram transmitidas ao vivo pela internet em evento realizado no Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo. O júri foi composto por Marcelo Tas (apresentador do programa CQC, da TV Bandeirantes), Jorge Forbes (psicanalista), Fernando Dias (CEO da empresa Pure Bros), Cláudio Sassaki (da empresa Geeky) e Esteban Clua (presidente da SBGames), além de uma participação especial da “Dona Coroquinha”, interpretada pela comediante Cileia Biaggioli (da companhia de teatro Rokokoz).

A classificação dos nove finalistas e seus respectivos projetos foi:
Rodrigo de Araújo – o Barão do Pirapora: Games de História e Folclore do Brasil
Solania Horti Néri dos Santos – Game de Simulação do Congresso Nacional
Vanessa Aires Gomes – Intervenção urbana “Local Jam”
Martin Restrepo – Mobile Education Lab (MEL)
Cláudio Cavallari – Mathema: Game de História da Matemática
Alan Fresnot – roteiro de longa em preto e branco
Luiz Bicchioni, Joe Trip e Ricardo Joseph – roteiro de longa sobre motoboys
Pedro Rubim – Almanaque Urupês: documentários sobre o Vale do Paraíba
Claudio Cesar Helvecio de Freitas – Beira do Rancho: sobre a memória caipira

“O objetivo da seleção é abrir espaço para a convergência entre novas mídias e infra-estruturas no mercado audiovisual para projetos de forte apelo educacional e cultural. O resultado será levado ainda ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que patrocinou o evento”, completa Schwartz.

Informações para a imprensa:
Ex-Libris Comunicação Integrada
(11) 3266-6088
ramais 223 e 201 // 7682-4686
Marco Berringer // Ana Carolina Esmeraldo


fonte:
http://www.iconomia.org/moedascriativas/2012/05/03/cidade-do-conhecimento-da-usp-apoiara-projetos-com-moedas-criativas/

Visitantes tiram a roupa durante tour por museu da Austrália



Artista australiano Stuart Ringholt guia pessoas comuns durante 'visita naturista' ao Museu de Arte Contemporânea de Sydney

As pessoas reunidas para uma visita ao Museu de Arte Contemporânea da Austrália na noite de sexta-feira (27) sorriam sem jeito em meio a estranhos diante dos quais tiveram de se despir. Mas era exatamente para isso que estavam ali.

Stuart Ringholt, o artista que serviria de guia durante a visita, deu início aos procedimentos. "Quem é da comunidade naturista?", perguntou.

Alguns homens mais velhos e mais redondos ergueram as mãos.
"Quem está nervoso?"
Uma dúzia de outros mal conseguiram erguer o braço.

Foto: NYT O artista Stuart Ringholt guia tour naturista pelo Museu de Arte Contemporânea da Austrália
O Museu de Arte Contemporânea da Austrália tem desfrutado de um grande aumento no número de visitas desde a sua reinauguração em 29 de março - a instituição permaneceu fechada por 18 meses para uma renovação que custou cerca de US$ 56 milhões.

Estes visitantes teriam o local apenas para si. Eles chegaram ao museu depois do horário de fechamento para uma visita que poderia ser considerada uma instalação de arte. O convite alertava: "A visita será guiada pelo artista Stuart Ringholt. O artista estará nu. Aqueles que desejam participar também deverão estar nus. Apenas para adultos".
Ringholt, 40, é um artista conceitual e foi recentemente escolhido um dos dez artistas mais importantes da Austrália pelo jornal The Age. 

Ele guiou excursões deste tipo em três outras cidades australianas no ano passado e sabia o que esperar.

"É muito bonito", ele explicou à plateia. "Somos sexualizados com nossas roupas, mas sem elas somos naturais".

Nem todos tiram a roupa durante a visita, explicou. "Alguns funcionários do museu acompanham o grupo por razões de segurança e precisam estar vestidos", disse ele.

Ele pediu desculpas pela presença de câmeras que iriam gravar a visita do grupo, brincando que "o filme vai ser conservado durante três meses, para a diversão do pessoal da segurança”.
Ringholt levou o grupo formado por 32 homens e 16 mulheres a uma sala de conferências, onde as roupas foram retiradas.

Foto: NYT Visitantes participam de visita naturista ao Museu de Arte Contemporânea de Sydney, na Austrália
"Todos pareciam se concentrar muito no que estavam fazendo", disse Lance Barton, 57, que estreou como nudista naquela noite. "Fantasiava sobre isso, mas nunca tinha tido coragem de fazer algo semelhante", acrescentou.

A primeira parada foi diante de uma obra da artista escocesa Katie Paterson, "Terra-Lua-Terra", de 2007. Diante do quadro, Ringholt apontou para arquitetura minimalista do museu, o revestimento dos pisos, as janelas e os adornos, quase sempre pretos para destacar a arte.

"Há um certo processo de redução acontecendo", explicou. "Me questiono o motivo de a comunidade da arte contemporânea ter parado ali, usando preto. Por que não reduzir ainda mais e extrair a roupa do visitante?"

Este passeio terminou com um copo de espumante no terraço aberto com vista para a Ópera de Sydney. Questionado se tinha o plano de realizar excursões nudistas em museus no exterior, como o Metropolitan, em Nova York, Ringholt ficou animado.

"Imagine andar por aqueles corredores cheios de armaduras sem roupas", ele disse.
Quanto aos visitantes, eles pareciam divididos sobre a questão de a arte ter ou não sido reforçada pela ausência de roupas. "Acho que não", disse Barton.

Mas outra participante, Tracey, que preferiu não informar seu sobrenome porque trabalha para "uma organização cristã", disse que "houve mais foco na arte”.
"Achava que seria difícil evitar os corpos dos outros, já que estávamos todos nus, mas vi apenas a arte", disse ela.

Depois, quando os visitantes voltavam para o vestiário, uma multidão na rua em frente parecia observar curiosa o desfile de pessoas nuas pelas vidraças da escadaria do museu. Mas ninguém no grupo pareceu se importar.

Por Mark Whittaker
fonte:
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/2012-05-05/visitantes-tiram-a-roupa-durante-tour-por-museu-da-australia.html