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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Ciclo de palestras "Memória Musical Brasileira: o ouro da década de 30" - 2º encontro Lamartine Babo

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CBEAL - Centro Brasileiro de Estudos da América Latina



DEPOIMENTO DE MARCELLY PEREIRA DO MUSEU DA MARÉ SOBRE O IV EIEMC


Os dias foram mágicos e de grande aprendizado.

Assistir as comunidades empoderadas, emocionou a todos nós que acreditamos na missão deste modelo conceitual de museu, uma tecnologia social, política e claro libertadora, espaço de identificação e valorização do saber tradicional popular. O museu também é o espaço de diálogo entre as gerações, de encontros, de despedidas e de muitas memórias e mudanças.

É gratificante participar deste processo de transformação, conhecer outras experiências e perceber que os pioneiros foram e ainda são multiplicadores da proposta libertadora.

Despeço-me com a poesia de Fernando Sabino, que evoca a essência do IV Encontro Internacional de Ecomuseus e Museus Comunitários, os laços fraternais foram atados...

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril".

Abraços,

Marcelly Pereira
Museóloga Museu da Maré

Moedas criativas

 
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), no Brasil, lança o projeto +20 Ideias para girar o mundo como contribuição para os debates no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. O projeto Moedas Criativas é um dos destaques na agenda. O projeto foi idealizado pelo professor Gilson Schwartz, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. e tem como proposta um fundo de moedas imaginárias, moedas cujo capital ou “lastro” é cultural. São as moedas da economia criativa. Podem ser vistas ainda como uma forma tecnologicamente avançada de “vale-cultura”.

O projeto Moedas Criativas recebeu dois prêmios do Ministério da Cultura (MinC): o “Interações Estéticas – Residências Artísticas em Pontos de Cultura”, em 2009, e o “Cultura e Pensamento”, em 2010. As moedas criativas apontam como uma excelente oportunidade para a inovação e o desenvolvimento de formas tecnologicamente avançadas de gestão nos pontos de cultura.

O objetivo é colocar em circulação moedas da cultura e do conhecimento, emitidas por pontos de cultura, ONGs, escolas e universidades com o apoio da Cidade do Conhecimento da USP. O espírito do projeto é inverter a determinação causal que sempre colocou a cultura a reboque dos “fatores econômicos” para levar a cabo, numa rede global de experimentação sociotécnica, o poder criativo contido na liberação do poder coletivo de criação monetária. Moedas Criativas tem duplo endosso do MinC: pela FUNARTE (Edital Interações Estéticas – Residências Artísticas em Pontos de Cultura – 2009-2010) e agraciado com o Selo Cultura e Pensamento – 2010.


Confira o vídeo neste link.
http://www.youtube.com/watch?v=9IqxdNnIfZQ&feature=player_embedded


Por Da Redação - agenusp@usp.br

Estatuto dos museus será discutido em Goiás




Desde março deste ano, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em parceria com o Ministério da Cultura, está percorrendo todos os Estados do País conectando os museus brasileiros às novas políticas e instrumentos de gestão da área. Nos próximos dias 21 e 22, o Ibram estará conectado a Goiás e levará diversos temas, como estratégias de fomento e financiamento aos museus, educação patrimonial, estatuto de museus, dentre outros, para serem discutidos diretamente em Goiás.

O evento será no Museu Zoroastro Artiaga, das 8h30 às 18 horas.

Os interessados podem se inscrever pelo e-mail
projetoconexoesgoias@gmail.com. 

Mais informações: (62) 3201-9890

Museu alemão escolhe a cortiça portuguesa para concurso de design



Depois de este ano ter sido escolhida por Ai Weiwei e Herzog & de Meuron para o projecto da Serpentine Gallery, a cortiça portuguesa volta a estar em destaque agora no Vitra Design Museum, em Weil am Rhein, no estado alemão de Baden-Württemberg. O museu de design reconhecido internacionalmente abriu um concurso que desafia os designers a conceberem novas aplicações de cortiça ou a melhorarem o actual portfolio de produtos da Corticeira Amorim (CA).

Designers têm de apresentar propostas que tenham por base o uso da cortiça
Designers têm de apresentar propostas que tenham por base o uso da cortiça (Daniel Rocha)

O concurso está aberto até 30 de Junho e, segundo disse ao PÚBLICO Carlos Jesus, director de Marketing e Comunicação da CA, a ideia não é “fazer design por design mas sim encontrar novos designers e novas linhas de produto ou melhorar alguns dos produtos já existentes”. 

“O resultado ideal seria encontrar uma ou mais propostas que melhorem ou criem novos produtos, que possam depois ser comercializados, caso tenhamos condições para o fazer”, explicou o responsável, adiantando que até agora foram submetidas a concurso “mais de uma centena de propostas”.

Depois de encerrado o período de candidaturas, o júri seleccionará as 20 melhores propostas e os designers escolhidos serão convidados a participar num workshop especializado em Domaine de Boisbuchet, localidade francesa considerada um dos mais importantes centros de experimentação em design e arquitectura a nível internacional. O objectivo é que neste workshop, a acontecer em Setembro, os candidatos desenvolvam os protótipos das suas ideias. No final, será escolhido um vencedor a quem será atribuído um prémio de dez mil euros. 

O júri será constituído por Alexander von Vegesack, em representação de Domaine de Boisbuchet e do Vitra Design Museum, Gabriele Pezzini, designer consultor da Hermès (Paris), Cathleen O'Rourke, directora para a Europa da Parsons The New School for Design (Paris), Luisa González-Portillo, coordenadora do Master IED e directora académica em Domaine de Boisbuchet, os designers Pedro Ferreira e Rita João, que compõe a dupla Pedrita, Carlos de Jesus e Raquel Castro, da Corticeira Amorim.

Em comunicado, Alexander von Vegesack, presidente do Vitra Design Museum, frisou que esta é uma grande oportunidade para os designers, uma vez que “Domaine de Boisbuchet é um lugar idílico, que atrai criativos de todo o mundo”. “Inspirados pela natureza, experimentam trabalhar com a madeira, o barro, tecidos, e outros materiais e, acima de tudo, com a sua fantasia”, continuou o responsável, para quem a “cortiça é o enriquecimento ideal desta paleta”.

Esta já não é a primeira vez que a Corticeira Amorim se associa ao Vitra Design Museum, depois de no ano passado ter patrocinado um workshop sobre cortiça em Domaine de Boisbuchet, coordenado por Rita João e Pedro Ferreira (Pedrita) e que propunha uma redescoberta da cortiça.

“Isto é óptimo para nós e para Portugal”, atestou Carlos Jesus, lembrando a recente inauguração do pavilhão de Verão da Serpentine Gallery. “Foi um sucesso e teve um grande impacto nos meios de comunicação social.” Segundo o director de Marketing e Comunicação da CA, o aumento do uso e da visibilidade da cortiça a nível internacional deve-se à “sua capacidade única física e mecânica, à sustentabilidade do material e ao factor premium que a cortiça dá quando é utilizada”. 

“Qualquer indústria que tenha uma destas características é boa, quando se junta as três então é um negócio de futuro”, explicou Carlos Jesus, realçando a questão da sustentabilidade, “tão presente nos dias de hoje”.


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