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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Onde encontrar informações atualizadas sobre os museus de BH em um só lugar? Museus podem ser locais de diversão, aprendizado e interação?


Lançamento Mutz BH
Guia Colaborativo de Museus + Debate Museu e Web
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Onde encontrar informações atualizadas sobre os museus de BH em um só lugar?
Museus podem ser locais de diversão, aprendizado e interação?


Pensando em questões como estas, Ana Paula Gaspar, historiadora e especialista em Mídias Sociais, criou o Mutz - Guia Colaborativo de Museus, plataforma web que visa conectar museus e pessoas numa experiência de prazer, aprendizado e interatividade. Ela explica: “o objetivo do Guia na internet é tornar a experiência de visitação a museus algo mais divertido, democrático e moderno”. 

Mas por que compartilhar informações sobre museus na internet? Após 6 anos atuando na área de museus, realizando estudos, testes e diálogos com gestores e o público dos museus, Ana Paula percebeu a oportunidade :

Crescimento do interesse e do consumo de entretenimento no Brasil + novas possibilidades de interação trazidas pelas novas tecnologias + visão ampliada sobre museus e web no setor

Segundo o The Art Newspaper, a procura dos brasileiros por museus vêm crescendo. Em 2011, exposições realizadas no Brasil estiveram entre as “top 10” desta publicação, em pé de igualdade com exibições de grandes centros culturais dos EUA, Europa e Japão. A pesquisa ainda cita casos como o Inhotim, que já acumula cerca de 770 mil visitas e o Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro, que atrai 6.930 visitantes/dia.

Soma-se a isto o fato de que as redes sociais são uma das principais fontes de informação sobre entretenimento. A Boo Box realizou pesquisa no 1º trimestre de 2012, com 80 milhões de usuários de internet de segmentos diversos e revelou que o tema mais procurado em acessos a blogs é Entretenimento (69%). Na questão dos interesses da audiência em blogs, Entretenimento é o 2º colocado - com 15% das respostas, atrás apenas de Humor - com 17%.

Outra pesquisa sobre o perfil dos usuários de mídia social no Brasil, realizada pela eCMetrics em 2010, com mais de 190 mil consumidores brasileiros ativos, mostra que quando se trata de compartilhamento de conteúdos, os temas Viagens e Museus e galerias estão entre os primeiros, representando 18% e 11% das respostas respectivamente.

A própria Ana Paula, empreendedora do Mutz, conversou com 28 dirigentes de museus e a maioria afirma que o desenvolvimento econômico dos últimos anos ampliou as oportunidades de mercado e que há condições para desenvolver práticas inovadoras no setor.  Quando perguntados sobre quais os maiores desejos para o setor, os gestores responderam: ampliação no espectro de atuação dos museus junto à comunidade, que novos parceiros enxerguem o potencial dos museus, e o aumento de visitantes.
O que é que o Guia tem? Nesta primeira fase, o Mutz - Guia Colaborativo de Museus oferece:

§         Site: por onde o público terá acesso a banco de dados robusto com informações sobre os 40 museus da capital mineira, além dos museus da região metropolitana como Ouro Preto, Codisburgo e Brumadinho (apenas para começar);

§         Oportunidade de colaboração: no qual o usuário poderá compartilhar experiências sobre os locais que visitou, postando fotos, vídeos, recomendando eventos, postando críticas, opiniões, além de compartilhar sua participação com outros amigos no Facebook;

§         Revista Eletrônica: com atualizações em tempo real sobre a programação dos museus, artigos sobre o tema Museus e Web e muito mais!
Perspectivas de Ampliação
Ana Paula Gaspar explica que em breve o Mutz será lançado como aplicativo para celular e a intenção é ampliar a abrangência do Guia para outras cidades: “vamos estender a plataforma para toda Minas Gerais, o que soma cerca de 300 museus. Até o final de 2012, chegaremos a São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, com a ajuda de parceiros locais. E para 2013, vamos ampliar o Mutz para todo o Brasil”. Além do objetivo de ampliar e modernizar o fluxo de visitação, o Mutz vai gerar novos negócios para economia criativa dos locais onde os museus estão localizados. “O museus são centros de memória, de encontros humanos, entretenimento e fruição. Sabemos que novos empreendimentos podem ser gerados a partir disso, é um valor de mercado”, explica Ana Paula Gaspar. Por se tratar de negócios criativos, inovadores e sem precedentes, o grande desafio do Mutz, que já nasceu à frente do seu tempo, é a modelagem de negócios e a sua validação entre clientes e mercados de forma geral. “Estamos em fase de testes no mercado, acreditamos que os problemas que o Mutz realmente resolve são aqueles referentes à fraca comunicação dos museus e a baixa taxa de monetização de ações, serviços e produtos. Portanto, vamos gerar valor econômico para os próprios museus e outros participantes do ecossistema da Economia Criativa do qual fazem parte, oferecendo serviços de qualidades para os visitantes locais, turistas e a comunidade em geral por meio das novas tecnologias de informação e comunicação. Essa é nossa grande obsessão hoje”, revela Ana Paula Gaspar.  

Lançamento e Debate
Neste momento tão especial, o Mutz conta com o apoio da Superintendência de Museus e Artes Visuais, da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais.   O Lançamento do Mutz está programado para dia 19 de julho, das 16h às 19h, no Museu Mineiro, em Belo Horizonte. Junto ao Lançamento será realizado o Debate Museu e Web, onde serão discutidas as relações, tensões e oportunidades entre os dois setores e serão apresentadas as experiências de museus que utilizam plataformas web pelo Brasil e pelo mundo. A imprensa está convidada a trazer suas questões e contribuir na discussão deste tema.

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Mais Informações no Lançamento e a partir de 19 de julho no site: www.mutz.com.br

Assessoria de Comunicação: Marina Queiroz Comunicação
Contatos: comunicacao@marinaqueiroz.com.br - (31) 8811-6130

Museus de comida



Cup Noodles, salame, batata frita e outras delícias têm um cantinho para chamar de seu. Conheça esses e outros museus de comida pelo mundo


Conhecer a gastronomia de uma cidade é entrar em contato com a cultura do local da maneira mais direta. E existe um jeito engraçado de fazer isso. É que certas comidinhas são tão idolatradas que ganharam museus dedicados somente a elas. Tem o museu da batata frita, o do Cup Noodles e até o 

da comida queimada. Conheça alguns para abrir (ou não) o apetite e incluir no roteiro de suas próximas viagens.

6ª Primavera dos Museus: inscrições podem ser feitas até 10 de agosto



Entre os dias 10 de julho e 10 de agosto estarão abertas as inscrições para a 6ª Primavera dos Museus, que, em 2012, será realizada entre 24 e 30 de setembro e tem como tema A Função Social dos Museus – em homenagem aos 40 anos da Declaração da Mesa Redonda de Santiago do Chile, realizada em 1972, e na qual o conceito de museu foi ampliado.

Desde a assinatura da declaração, os museus passaram a ser entendidos como instituições a serviço da sociedade com importante papel na formação da consciência das comunidades.

Coordenada pelo Ibram/MinC, a Primavera dos Museus é evento anual e tem por objetivo chamar a atenção de museus e sociedade para o debate em torno de assuntos da atualidade. A partir do tema sugerido, os museus preparam atividades como seminários, exposições, oficinas e outras atividades. Acesse a área de inscrição aqui.

Em 2011, quando teve como tema Mulheres, Museus e Memórias, a 5ª Primavera dos Museus contou com a participação de 500 instituições, localizadas em 310 municípios brasileiros.

Texto: Ascom/Ibram
Última atualização: 10.7.2012

“O Grito” foi comprado por um milionário nova-iorquino


Desde que em Maio “O Grito” (1895), de Edvard Munch, foi comprado pelo preço recorde de 91 milhões de euros, que se tentava descobrir quem é que tinha sido o comprador anónimo a dar tanto dinheiro pela obra de arte. Esta quarta-feira o mistério foi resolvido. Leon Black, um milionário nova-iorquino, é actualmente o proprietário do quadro.


 "O Grito" foi leiloado em 12 minutos
"O Grito" foi leiloado em 12 minutos (AFP)
O nome foi avançado pelo Wall Street Journal, que falou com várias pessoas próximas de Leon Black e que garantiram que o homem de negócios tem “O Grito” em sua casa. 

Mas como se não bastasse e depois das esperanças de muitos que ambicionavam que a obra-prima de Munch fosse comprada por um museu, para que pudesse ser partilhada por todos, Leon Black integra a direcção de dois dos principais museus de arte moderna e contemporânea, nomeadamente o Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque (Met) e o MoMA. Será que alguma das instituições vai receber a obra? Foi a pergunta que o Wall Street Journal fez ao porta-voz de Leon Black, que se negou a fazer quaisquer comentários. 

A obra de Munch, que é uma das mais importantes obras da modernidade e se tornou num dos ícones do expressionismo – tendo sido amplamente reproduzida em posters, t-shirts, referências em filmes e séries de animação –, foi à praça no início de Maio por 40 milhões de dólares (30,2 milhões de euros) e em apenas 12 minutos foi arrematada por um comprador ao telefone que elevou a compra aos 119,9 milhões de dólares (91 milhões de euros), um recorde absoluto de venda de uma obra de arte em leilão. 

Sobre o licitador nada se sabia, tendo surgido até rumores de que o quadro poderia ter sido adquirido pela família real do Qatar que, no final do ano passado, comprou “Os jogadores de cartas” de Paul Cézanne por 190 milhões de euros, numa compra privada.

Agora sabe-se que quem estava do outro lado do telefone era Leon Black, cuja fortuna está avaliada em 3400 milhões de dólares (3090 milhões de euros) e que há muito que é também conhecido como um grande coleccionador de arte. Segundo as fontes próximas do nova-iorquino, a sua predilecção são mesmo as obras dos grandes mestres. 

Wall Street Journal escreve que a colecção do homem de negócios está já avaliada em 750 milhões de dólares (cerca de 609 milhões de euros) e inclui trabalhos de Vincent van Gogh, Rafael, J.M.W. Turner e Pablo Picasso. 

Munch, que nasceu em 1863 na Noruega, pintou quatro versões de “O Grito”. Três delas estão em museus na Noruega, enquanto a quarta, a única em mãos privadas, pertencia a Petter Olsen, um empresário norueguês cujo pai foi amigo e patrono de Munch, tendo adquirido inúmeros quadros ao artista.

Nesta versão que foi à venda, as cores são mais fortes do que nas outras três e é a única em que a moldura foi pintada pelo artista com o poema que descreve uma caminhada ao pôr-do-sol e que inspirou a pintura. Outra particularidade desta versão é que uma das figuras que está em segundo plano está a olhar para baixo, para a cidade.


fonte:




http://www.publico.pt/Cultura/o-grito-foi-comprado-por-um-milionario-novaiorquino-1554583

Museu da Gente Sergipana mostra história do cangaço




O Museu da Gente Sergipana, administrado pelo Instituto Banese, do Banco do Estado de Sergipe (Banese), inaugurou na noite da última terça-feira, 10, a exposição ‘Bonita Maria do Capitão’, alusiva ao centenário de nascimento de Maria Bonita, mulher do famoso cangaceiro nordestino Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. A mostra, segundo seus organizadores, visa despertar o interesse sobre a história do Cangaço pela perspectiva da biografia de Maria Bonita.
 
A exposição apresenta painéis ilustrados com textos e fotografias que contam a história de Lampião e Maria Bonita, do início do namoro até a morte do casal, por uma força volante comandada pelo tenente alagoano João Bezerra da Silva, na Grota do Angico, em Sergipe. Ela conta, ainda, com réplicas de objetos e objetos pessoais usados pelos cangaceiros, tais como armamentos, lenços, bolsas e bornais, alpercatas de couro e bonecas de pano, revelando o universo feminino no Cangaço.
A mostra tem como curadoras a neta de Maria Bonita e Lampião, Vera Ferreira, e a professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Germana Gonçalves de Araújo, autoras do livro ‘Bonita Maria do Capitão’, lançado no ano passado com o apoio do Instituto Banese, e que deu origem à exposição.
 
“O nosso objetivo com a exposição é levar a história de Maria Bonita e do Cangaço para o maior número de pessoas possível”, disse Vera Ferreira. Segundo ela, após o encerramento da exposição no Museu da Gente Sergipana, no dia 5 de agosto, a mostra será levada para Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, entre outros Estados, com o apoio do BNB Cultural.
 
Lançamentos culturais
 
Entre as pessoas que participaram da inauguração da exposição, o superintendente do Instituto Banese, Ézio Déda, e o escritor Murilo Mellins, autor do livro ‘Aracaju romântica que vi e vivi’, destacaram o apoio que o Museu da Gente Sergipana tem dado aos lançamentos culturais que vêm acontecendo no Estado.
 
“O Museu foi construído para abrigar o patrimônio do acervo cultural do Estado e também para criar ações que fortaleçam a cultura sergipana” disse Ézio, enquanto Mellins declarou: “O Museu da Gente Sergipana é hoje um dos pontos turísticos mais visitados de Aracaju. Tenho levado muita gente de fora para conhecer o nosso Museu e todos elogiam. Está de parabéns o Banese, pelo incentivo que tem dado à cultura sergipana, e que esta iniciativa do Museu seja mantida ao longo dos tempos”.

fonte:

Museu de Cera de Gramado chega a Curitiba

Exposição com 49 personagens reproduz celebridades de todas os setores, como cinema



Quem já se imaginou visitando uma exposição que é uma verdadeira terra de sonhos e fantasias? Um mundo mágico onde é possível ir ao encontro de ídolos famosos, ficar “cara a cara” com cada um deles. O Dreamland - Museu de Cera com sede em Gramado desembarca em Curitiba no dia 12 de julho, quinta-feira, para temporada de três meses no Shopping Palladium. Assim como os famosos museus europeus e americanos, o Dreamland apresenta personagens reproduzidos com fidelidade. As peças são confeccionadas fielmente nos mesmos ateliês que reproduzem para os grandes museus. 

Com sede em Gramado, Rio Grande do Sul, o Dreamland é o primeiro Museu do gênero na América Latina. Atualmente o empreendimento conta com a exposição itinerante que já passou por cidades como Balneário Camboriú e Joinville, onde atraiu mais de 90 mil pessoas. Para cada exposição serão criadas áreas especiais, com cenários temáticos, visando reconstruir os ambientes do museu de Gramado. 

A exposição em Curitiba deve receber cerca de 49 personagens, entre eles grandes nomes como Marilyn Monroe, Angelina Jolie, Elvis, Justin Bieber, Homem Aranha, Fiona, Harry Potter, Michael Jackson, Leonardo Di Caprio, Amy Winehouse, Madonna, John Wayne, Jack Sparrow, entre outros. 

O Dreamland - Museu de Cera é a atração turística mais visitada da cidade gaúcha de Gramado. Inaugurado em 2009, é o primeiro Museu de Cera da América Latina, conta com mais de 20 cenários temáticos todos com ambiente climatizado em uma área de 1.000 m2. 

É o primeiro projeto do gênero a apresentar ícones do cinema e da cultura pop em toda América Latina. Aproximadamente 90 personagens de cera entre eles astros do cinema, desenho animado, esporte, história, música, política e seriados de televisão. Entre as celebridades que podem ser vistas no museu estão Justin Bieber, Brad Pitt, Michael Jackson, Madonna, Shrek, Harry Potter, Ayrton Senna, Elton John, Elvis Presley, Homem Aranha, Barack Obama, Angelina Jolie, Albert Einstein, Will Smith, entre outros. 

Serviço
Dreamland - Museu de Cera Curitiba
Abertura da exposição: 12 de julho, quinta-feira
Local: Piso L3 - Shopping Palladium - Av. Presidente Kennedy, 4121 - Portão - Curitiba/PR
Horários: Segunda a sexta-feira das 11 as 23 horas, Sábado das 10 as 23 horas, Domingo das 13 as 21 horas.
Ingressos: R$20,00 inteira e R$10,00 meia - segunda a sexta; R$30,00 inteira e R$15,00 meia - sábado e domingo

Exposições celebram 80 anos do Movimento Constitucionalista


Em celebração ao Movimento Constitucionalista de 1932 foi inaugurado, no dia 9 de julho, o projeto “SP, 1932: 80 anos do Movimento Constitucionalista”, composto por uma exposição museológica e duas mostras virtuais. 

A exposição sediada no novo edifício do Arquivo Público do Estado de São Paulo contextualiza como a insatisfação paulista pela perda de sua autonomia se transformou em um dos maiores movimentos armados da história do Brasil.
Por meio de documentos, fotografias e objetos, a mostra percorre um período de quatro anos, iniciado ainda em 1930 com a formação do Governo Provisório e as medidas intervencionistas de Getúlio Vargas.


Em cartaz até 2 de outubro, a exposição pode ser visitada gratuitamente de terça-feira a sábado, das 10h às 17h, na Rua Voluntários da Pátria, 576, em São Paulo.


Já no site do Museu da imigração, www.museudaimigracao.org.br, está disponível a mostra virtual “1932, acervos e memórias”.


Mais do que a ambientação do conflito, o trabalho se dedica a reunir imagens e informações dos acervos ligados ao tema e que estão sob a guarda de instituições de preservação – museus, arquivos e bibliotecas – do estado de São Paulo.


O material é o primeiro produto da “São Paulo História em Rede”, iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura que visa construir um grande banco de dados virtual com as referências dos acervos dos museus históricos paulistas.


Por último, a exposição virtual “1932: a guerra paulista”, com curadoria do Arquivo Público do Estado de São Paulo, está disponível no site www.arquivoestado.sp.gov.br/exposicao_1932.


Organizada em sete ambientes, a mostra passeia pelos principais acontecimentos do conflito, desde o panorama da política paulista à época, passando pelo cotidiano da batalha, as propagandas de guerra, até chegar à herança e ao legado deixado pelo moviment
o.

Mais informações: (11) 2089-8124. 

Agência FAPESP 

Devolução de obras de arte aos países de origem é tema de encontro internacional sobre proteção de museus


Rio de Janeiro- A devolução de obras de arte aos países de onde as peças são originárias é um dos temas do encontro internacional sobre proteção e promoção de museus e coleções, que começou hoje (11) no Rio. O evento é organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e se estende até sexta-feira (13).
A repatriação de peças de arte é assunto frequente entre museólogos de todo mundo, principalmente entre os de países colonizados, que possuem obras importantes expostas no exterior. É o caso do México e da Guatemala, que têm peças indígenas de ouro e de prata sendo agora devolvidas pelos Estados Unidos, disse o coordenador de Patrimônio Museológico do Ibram, Cícero Almeida.
'A repatriação é uma questão que tem que ser analisada caso a caso, mas nós somos a favor', afirmou Almeida. 'É preciso levar em conta que países colonizados já têm condições de cuidar de suas peças e a repatriação tem o lado positivo de estimular a sociedade a reconhecer sua produção, embora, de outro, esbarre no campo jurídico, do direito do museu que tem a peça há anos de ficar com ela'.
No caso do Brasil, o coordenador do Ibram revela que há interesse de resgatar o Manto Tupinambá, que está no Museu Nacional de Arte da Dinamarca. A peça, de cerca de 1,2 metro, foi confeccionada de fibras naturais e penas vermelhas do pássaro guará para rituais religiosos indígenas. Estudos apontam que foi retirada do Brasil no século 17.
Por outo lado, o Brasil avalia a devolução ao Paraguai do canhão El Cristiano. Símbolo da Guerra do Paraguai, no século 19, a peça, feita com sinos de igrejas do pais vizinho representa 'uma conquista no âmbito de uma guerra'.
'De um lado, há um desejo do Museu Histórico Nacional de permanecer com a peça, a manifestação de autoridades militares que relacionam o canhão ao sacrifício dos brasileiros. Por outro, o desejo do governo do Paraguai de reaver a peça', disse Almeida.
O coordenador do Ibram não deu detalhes sobre como o governo brasileiro resolverá o impasse.
Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil - Todos os direitos reservados.

Segurança de obras de arte é discutida em encontro no Rio de Janeiro


Formas de incentivar museus e colecionadores a exibirem peças que ficam protegidas nos acervos e de enfrentar o tráfico de obras de arte roubadas deram o tom a abertura nesta quarta-feira (11) do primeiro encontro internacional sobre Proteção e Promoção de Museus e Coleções. Até a próxima sexta-feira (13) especialistas de 50 países discutem o assunto na capital fluminense. 


Organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a ideia é adotar normas internacionais que diminuam a vulnerabilidade dos acervos de arte e inibir o tráfico de peças, segundo a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, que abriu o evento.


No Brasil, a maioria do que é roubado é de arte sacra e moedas de ouro ou prata, informou o coordenador de Patrimônio Museológico do Ibram, Cícero Almeida. O órgão é responsável por um catálogo que lista cerca de 200 peças furtadas ou roubadas de museus.


Segundo Almeida, boa parte das obras sé usada na lavagem de dinheiro ou derretidas para facilitar a venda, como ocorreu com a Taça Jules Rimet, conquistada no tricampeonato mundial pela Seleção Brasileira de Futebol, na Copa do Mundo de 1970, que foi roubada da sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).


"O comércio ilegal de ouro e prata é forte, mas geralmente esses objetos [de arte] são entregues a pessoas que encomendaram o roubo ou que participam da lavagem de dinheiro", disse Almeida.


Por causa disso, obras de arte sem valor intrínseco, como pinturas não estão totalmente seguras. Para protegê-las o encontro no Rio deve propor soluções que assegurem o cumprimento de leis internacionais, que já condenam o tráfico.


O Ibram pretende incluir a Receita Federal em acordo semelhante ao que mantém com a Polícia Federal.


Colecionadores privados também citam a necessidade de apoio dos governos ao financiamento de sistemas modernos de segurança. Os equipamentos ajudam a inibir roubos, na avaliação administradora do Museu da Chácara do Céu, no Rio. De lá, ladrões levaram, em 2006, Os Dois Balcões, de Salvador Dali; A Dança, de Picasso; Marine, de Monet e Jardim de Luxemburgo, de Matisse.


"O roubo aconteceria de qualquer jeito porque ninguém resiste a cinco homens armados, sendo um com uma granada", disse Vera. "Mas depois foi feita uma atualização do projeto de segurança com financiamento do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e ficamos mais seguros", completou.


As pinturas, parte do legado do industrial Raimundo Ottoni de Castro Maya, nunca foram encontradas. O roubo é considerado um dos maiores de obras de arte do mundo.

Fonte: Agência Brasil