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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Museu de Ciências da Unicamp abre novas exposições

Agência FAPESP – O Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) inaugurou nesta terça-feira (09/10) duas novas atrações: a exposição permanente Pátio Clima Tempo e a mostra temporária Matemateca.

A primeira é composta por instrumentos que exploram conceitos relacionados às medições de fenômenos atmosféricos e as diferenças entre tempo e clima. A segunda conta com objetos interativos que ajudam a explicar os conceitos matemáticos que são aplicados no cotidiano das pessoas.

A cerimônia de inauguração, presidida pelo reitor Fernando Ferreira Costa, contou com a participação de professores, estudantes e funcionários. O diretor do Museu, professor Marcelo Firer, destacou que a exposição Pátio Clima Tempo foi montada com o apoio da FAPESP e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Localizada ao ar livre, a mostra é constituída por instrumentos como pluviômetro (registra a quantidade de chuva) e heliógrafo (mede o período e a intensidade da incidência solar), entre outros aparelhos.

O grande destaque é um globo que dispõe de uma tela de projeção esférica que mostra a Terra a partir de diferentes aspectos. Através de imagens reais geradas por satélites é possível visualizar, por exemplo, a passagem de um furacão por determinadas regiões do planeta ou o comportamento das ondas dos oceanos.

“O Pátio Clima Tempo dialoga muito diretamente com outra exposição permanente do Museu, a Praça Espaço-Tempo, que aborda conceitos relacionados com a passagem do tempo e de localização geográfica”, disse Firer ao portal da Unicamp.

Além das visitas agendadas, que ocorrem durante toda a semana, o Museu Exploratório também passará a receber, a partir desta semana, visitas espontâneas, sempre às quintas e sextas-feiras, das 9h às 17h.

“Nesses dias, qualquer pessoa pode visitar os nossos espaços e interagir com os instrumentos e objetos de nossas exposições”, disse Laura Leticia Ramos Rifo, diretora-associada do Museu.

A mostra Matemateca, concebida por professores do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP), tem caráter itinerante e permanecerá instalada no Museu Exploratório até 15 de dezembro. São mais de 30 objetos que demonstram vários conceitos matemáticos, entre os quais o cone ascendente, o tabuleiro de Galton e poliedros.

Ao falar sobre a inauguração das duas exposições, o reitor Fernando Costa destacou que o Museu Exploratório de Ciências é um projeto estratégico para a Unicamp. Segundo ele, trata-se de uma unidade dedicada a divulgar a ciência, promovendo a aproximação desta com comunidade.

“Em um país em que o governo e a sociedade não dão a devida importância à ciência, esse trabalho se reveste de fundamental importância. Não por outra razão, o Museu tem servido de referência para outras universidades brasileiras”, disse.

As escolas interessadas em agendar uma visita às duas novas exposições podem fazer contato com o Setor Educativo do Museu pelo telefone (19) 3521-1810 ou pelo e-mail setoreducativo@reitoria.unicamp.br.

Mais informações: www.museudeciencias.com.br

Museus brasileiros ficam de fora dos roteiros de turistas


Estudo realizado pela Feambra mostra que as instituições não gostam de ser classificadas como atrações turísticas.


Comunicação no  Museu da Casa Brasileira costuma ser eficiente
Comunicação no Museu da Casa Brasileira costuma ser eficiente

Um roteiro de viagem se preze sempre vai incluir visitas a museus. Afinal, como passar por Paris sem ver (ou rever) pelo menos parte do acervo do Louvre. E uma viagem a Nova York não será a mesma sem uma esticadinha ao Metropolitan ou ao Guggenheim.
Mas será que os estrangeiros que visitam o Brasil pensam em conhecer importantes instituições brasileiras como o Museu de Arte de São Paulo (Masp) ou o Museu da Casa Brasileira?
Ao contrário das instituições estrangeiras, os museus brasileiros não gostam de ser classificados como atrações turísticas.
Por esta razão acabam não se preocupando em divulgar suas atividades para o público de outros países. Esta é uma das conclusões de um estudo coordenado pela diretora da Federação de Amigos de Museus no Brasil (Feambra), Camila Leoni, que analisou o trabalho de promoção de marketing de três instituições: Masp, Museu da Casa Brasileira e Pinacoteca do Estado de São Paulo.
"Ter parcerias com órgãos de turismo para divulgação internacional é uma saída para os museus, mas eles não se interessam por esta estratégia", diz Camila. 
Outra conclusão: os departamentos destas instituições atuam de forma independente as quais, muitas vezes, não conversam entre si. "É comum que o curador organize o material de divulgação de uma exposição sem ao menos informar o departamento de comunicação do museu", afirma. 
Os três museus analisados ficam em São Paulo, mas segundo a especialista, o Brasil conta com um total de 2,5 mil instituições e há casos em que a falta de estrutura é total.
"Tem museu no Brasil que é gerenciado por apenas uma pessoa. Quando ela precisar sair para almoçar, por exemplo, tem que trancar o prédio e levar a chave", diz.
Outro problema verificado é a falta de verba, o que dificulta um bom trabalho de divulgação das atividades dos museus. "O Moma, de Nova York, envia aos seus associados do mundo inteiro correspondências solicitando doações. Aqui não existe esta preocupação", diz Camila.

fonte:
Cintia Esteves   cesteves@brasileconomico.com.br
11/10/12 15:59

Museu de Arte Naïf fará ‘leilão silencioso’ para custear obras

Instituição também tem projeto para escolas adotarem quadros

 Acervo precioso. O espaço de exposição do museu, reformulado antes de sua reabertura com verba de um edital
 
RIO — Um “leilão silencioso” de obras de arte é uma das apostas do Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil, no Cosme Velho, para manter o barulho do público que está voltando a frequentar seu casarão centenário. Reaberta em abril, após cinco anos fechada, a instituição, que abriga o maior acervo naïf do mundo, toca diferentes projetos para movimentar sua retomada e garantir recursos para o seu funcionamento.

No próximo dia 20, o museu começa a expor 30 telas da coleção particular de Lucien Finkelstein, fundador da instituição, que serão leiloadas sem gritos de “quem dá mais?”. Ao lado de cada obra, de artistas como Aparecida Azedo e Lia Mittarakis, o valor do lance mínimo estará acompanhado por uma urna, em que se poderá depositar uma proposta de compra. No dia 27, no fim do evento “Cosme Velho de portas abertas”, as urnas serão abertas, e os novos donos das peças serão conhecidos.

O leilão é o primeiro passo para viabilizar as obras que a gerente executiva do museu, a pedagoga Tatiana Levy, considera mais urgentes: o restauro da fachada, a reforma do telhado e a limpeza das calhas. Vista da Rua Cosme Velho, a fachada destruída não faz jus às seis mil peças de arte que guarda e não ajuda a atrair visitantes.

— Temos que cuidar do cartão de visita do museu. A obra foi orçada em R$ 93 mil. O leilão será o pontapé inicial para conseguirmos os recursos. No leilão, os quadros mais caros terão lance mínimo de R$ 2 mil. Mas pelo menos três obras começarão em R$ 30. Depois, vamos fazer um crowdfunding (financiamento coletivo obtido pela internet). E há uma iniciativa para criar uma associação de amigos, que pode nos ajudar na preservação. Tudo para assegurar que o museu continue aberto — diz Tatiana, também coordenadora educacional da instituição.

Compra de móveis é urgente

Menina dos olhos da pedagoga, o projeto “Adote um quadro” busca firmar parcerias de um ano com dez escolas particulares da cidade, que passam a ter o museu como uma extensão de seu espaço. O apoio, simbolizado pela adoção de um quadro pela instituição de ensino, se dá com um contribuição mensal entre R$ 300 e mil reais, dependendo do número de estudantes. Em troca, a escola ganha passe livre, uma visita guiada por mês e a possibilidade de usar as dependências do museu para fazer um evento por ano. A primeira parceira é a vizinha Escola Curiosa Idade, que adotou uma tela de Fabio Sombra.

Na lista de projetos, a maior urgência, junto com a reforma da fachada, é a compra do mobiliário para a reserva técnica, recuperada este ano com verba da organização holandesa Prince Claus Fund. No espaço, destruído nas chuvas de 2010, o acervo está guardado em condições inadequadas.

Em busca de verba

Em busca de dinheiro para a compra, o museu está inscrito em dois editais de cultura. Foi vencendo o edital Pró Artes Visuais 2011, da Secretaria municipal de Cultura, e obtendo a verba de R$ 400 mil que a instituição conseguiu fazer as melhorias necessárias para sua reabertura, além de pagar à equipe de funcionários.

— Esperamos outras parcerias para continuar de portas abertas — resume Tatiana.


Jorge William / O Globo
fonte:
http://oglobo.globo.com/rio/museu-de-arte-naif-fara-leilao-silencioso-para-custear-obras-6369768

Exposição no IEB mostra o processo de criação de escritores, artistas plásticos e músicos



Está em exibição, no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), a exposição “O avesso do avesso: o processo de criação de escritores, artistas plásticos e músicos”, na qual pretende-se explorar, através de uma perspectiva multidisciplinar, a rica documentação conservada no Instituto, dando maior visibilidade ao acervo salvaguardado na instituição.

É uma oportunidade para os visitantes conhecerem os processos de criação que inspiraram os artistas, já que na maioria das vezes as obras só são vistas pelo público quando prontas.

A exposição pode ser conferida até o dia 1º de fevereiro de 2013, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, na Sala Marta Rossetti Batista do Instituto, que está localizado na Av. Prof. Mello Morais, travessa 8, nº 140, na Cidade Universitária, em São Paulo.


Mais informações pelo telefone: (11) 3091-5247, por e-mail: colecieb@usp.br ou pelo site do IEB.