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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

MAE promove Ciclo de Debates em Arqueologia Histórica

O “Ciclo de Debates em Arqueologia Histórica”, coordenado pela professora Fabíola Andrea Silva, do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), será realizado entre os dias 22 e 25 de outubro, das 9h às 14h30, no auditório do Instituto Oceanográfico (IO).

Com o objetivo de fomentar discussões sobre a Arqueologia Histórica e a forma como ela está sendo trabalhada no Brasil, o ciclo de debates reunirá quatro professores convidados, além de alunos e ex-alunos que apresentarão seus respectivos trabalhos e abordarão temas como a interdisciplinaridade e a divulgação das pesquisas.

Os debates são abertos e gratuitos. Os interessados podem solicitar informações ou fazer a inscrição pelo e-mail arqueologiahistorica.maeusp@gmail.com
O Instituto Oceanográfico está localizado na Praça do Oceanográfico, 191, Cidade Universitária, em São Paulo. Mais informações no site do evento.

fonte:
http://www.usp.br/imprensa/?p=25478


 

Na internet, um projeto genoma para o mundo da arte

Qualquer fã de música sabe que há mil maneiras de encontrar novas canções online: é só rolar as listas digitais e serviços de rádio online como o Pandora, que servem também como mecanismos de indicação de músicas. Do mesmo modo, os inscritos no Netflix são normalmente cobertos de sugestões que vão de comédias românticas a filmes de terror, baseadas nos filmes já vistos.

Mas, até agora, não havia nenhum tipo de orientação automática para amantes da arte que buscassem descobertas online – nada do tipo "se você gostou de 'Número 1', de Jackson Pollock, poderá também gostar de 'Número 18', de Mark Rothko".

É aí que entra o Art.sy, uma startup cuja versão pública acaba de ser aberta na rede. Esse grande repositório gratuito de imagens de arte e guia de apreciação de arte online se baseia na ideia de que os públicos que se sentem à vontade com sites centrados em imagens como o Tumblr e o Pinterest estão agora habituados a passar horas navegando por entre telas e esculturas em seus monitores e tablets, especialmente se tiverem ajuda a um clique de distância.

Depois de dois anos de testes reservados e com milhões de dólares de investidores, incluindo algumas celebridades dos mundos da arte e da tecnologia, o site pretende fazer pela arte visual aquilo que o Pandora fez pela música, e o Netflix, pelos filmes: tornar-se uma fonte de descoberta, prazer e educação.

Tendo como parceiros 275 galerias e 50 museus e instituições, o Art.sy já digitalizou vinte mil imagens no seu sistema de referência, chamado de Art Genome Project (Projeto Genoma da Arte). Mas, conforme estende o alcance de sua plataforma, o Art.sy também levanta questões sobre como (ou se) a análise digital deve ser aplicada à arte visual. Algoritmos conseguem explicar a arte?
Robert Storr, decano da Escola de Arte da Universidade de Yale, tem suas dúvidas.

"Depende muito da informação, de quem está fazendo a seleção, de quais são os critérios, e de quais os pressupostos culturais por trás desses critérios", diz Storr, que já foi curador de pintura e escultura do Museu de Arte Moderna de Nova York. Em termos de compreensão da arte, ele acrescentou: "Tenho certeza de que será redutor".

A tecnologia é, ao menos, expansiva. Para conseguir fazer sugestões, os computadores devem aprender um julgamento humano especializado, processo iniciado com a rotulação: dê à máquina códigos que digam a diferença entre um retrato renascentista e uma pintura modernista feita com gotejo de tinta, e então ele poderá selecionar entre infinitas obras, fazendo comparações e estabelecendo conexões entre elas.

Para o Art Genome Project, Matthew Israel, 34, doutorado em arte e arqueologia pelo Instituto de Belas Artes da Universidade de Nova York, lidera uma equipe de doze historiadores da arte que decidem o que são e como devem ser aplicados tais códigos. Alguns rótulos (que o Art.sy chama de "genes", e entre os quais reconhece cerca de 800, com novos sendo acrescentados a cada dia), denotam qualidades razoavelmente objetivas, como o período histórico e a região de onde vem o trabalho, ou se ele é figurativo ou abstrato, ou se pertence a alguma categoria bem estabelecida como o cubismo, o retrato flamengo, ou a fotografia.

Conforme as categorias são aplicadas, a cada uma delas é atribuída um valor entre 1 e 100: um Andy Warhol pode receber uma nota alta na escala da pop art, enquanto uma obra pós-Warhol pode ser ranqueada de outro modo, a depender de suas influências. O software pode ajudar a filtrar imagens em busca de qualidades visuais básicas como a cor, mas a alma do juízo emitido é humana.
"Literalmente, uma pessoa entra e insere ela mesma um número em todos os campos relevantes", diz Israel.

A complexidade técnica é sobrepujada pelos desafios curatoriais.
"Vimos que os dados são muito mais importantes que a matemática", diz Daniel Doubrovkine, 35 anos, encarregado da engenharia do Art.sy. "Como você vai escolher algo 'caloroso' com uma máquina? Não é o nosso caso."

Do mesmo modo, o Pandora tem a sua salinha cheia de musicólogos desconstruindo cada música; cada análise é então inserida num algoritmo, chamado de Music Genome Project, que recomenda canções em seu tocador com base no gosto dos usuários e das avaliações que eles fazem de cada faixa. (Joe Kennedy, diretor executivo do Pandora, foi consultor do Art.sy).

Mas o Art.sy pretende fazer conexões entre obras de arte que pertencem a mundos aparentemente diferentes, com um catálogo que abrange peças do British Museum de Londres, da National Gallery de Washington e do Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles, entre outros. Um parceiro que entrou no projeto recentemente, o Museu Nacional de Design Cooper-Hewitt, de Manhattan, que é um braço da Smithsonian Institution, adicionou objetos ao cardápio, o que será um teste da tecnologia do site e dos paralelos que é capaz de traçar, diz Seb Chan, diretor de mídia digital e emergente do Cooper-Hewitt.

Culturalmente, "o que significa recomendar uma pintura a partir de uma colher do século VII, por exemplo?", pergunta ele. Antecipando tais questões, a equipe do Art.sy tem um blog explicando como funciona esse processo.
O diretor executivo e fundador do site, Carter Cleveland, 25 anos, imaginou o Art.sy quando concluía sua graduação na Universidade de Princeton e não conseguia encontrar uma obra de arte de que gostasse para decorar seu quarto no dormitório. Ajudado por sua família – seu pai escreve livros sobre arte; sua mãe é financista – depois da graduação ele conseguiu atrair parceiros como o galerista Larry Gagosian e investidores como Dasha Zhukova, figurinha do mundo da arte, e Wendi Murdoch, a esposa de Rupert Murdoch, que tem colaborado nos contatos. Eric Schmidt, do Google, e Jack Dorsey, do Twitter, também são investidores, e John Elderfield, que já foi curador chefe de pintura e escultura do Museu de Arte Moderna, é conselheiro.

Com seu apoio, Cleveland ficou livre para empreender sua ambiciosa visão para o site.
"Toda a arte do mundo será aberta a qualquer um que disponha de uma conexão à internet", diz ele, articulando um lema da companhia, senão um plano de negócios. Espera-se que os rendimentos venham de comissões de vendas e de parcerias com instituições.

Mas o Art.sy ainda está longe de ter toda a arte do mundo – o Google Art Project, outro repositório de imagens, já tem quase o dobro do seu tamanho – e o genoma só é robusto na medida de sua própria coleção. Um aficionado por antiguidades gregas ou romanas veria pouco uso nele agora, o que constitui uma omissão cultural semelhante a não se encontrar filmes de Hitchcock no Netflix. Storr, de Yale, também se preocupa com a possibilidade de os buracos na base de dados serem preenchidos com as coisas erradas.

"Esse lugar está cheio de arte ruim, à qual ninguém deveria ser direcionado", diz ele, após examinar o site.

Os fundadores do Art.sy respondem que, uma vez que a compreensão da arte está em constante evolução, o site não tem como ser um guia definitivo.

"É melhor olhar para ele considerando a seleção como bons pontos de partida", diz Sebastian Cwilich, chefe de operações do site.

The New York Times News Service/Syndicate – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

fonte:
http://entretenimento.r7.com/famosos-e-tv/noticias/na-internet-um-projeto-genoma-para-o-mundo-da-arte-20121018.html

Museu Benjamin Constant completa 30 anos


Quatro circuitos formam o museu, localizado no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro
  O Museu-Casa de Benjamin Constant completa 30 anos de fundação nesta quinta-feira (18). A instituição, que reúne memórias do personagem histórico Benjamin Constant, considerado um dos fundadores da República, receberá familiares do patrono para as comemorações. O museu fica no Rio de Janeiro e é de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura.
Inserido em um parque com área verde de 10,5 mil metros quadrados, em Santa Teresa, o museu foi concebido como um museu-casa, com exposição de objetos, obras de arte, mobiliário que reconstituem ambientes, hábitos e costumes do final do século XIX e o início do século XX. Foi nessa época que viveu Benjamin Constant, militar, engenheiro e professor que se destacou pela ativa participação no movimento republicano, passando a ser considerado “fundador” da República.
Nesta quinta-feira, haverá na parte da manhã uma visita mediada ao museu com uma das turmas da Escola Municipal Guatemala, localizada próxima à instituição. À tarde, a equipe técnica da instituição receberá alguns descendentes de Benjamin Constant, como seu tataraneto, Adozindo Neto, um dos entusiastas e guardião da memória da família. Para ele, “o museu casa é um espaço a ser visitado, para se respirar e sentir o clima da história verdadeira da formação da nossa República”.
O museu está inserido em um parque com área verde de 10,5 mil metros quadrados, no RJ
A diretora do museu, Elaine de Souza Carrilho, conta que outra ação no âmbito das comemorações será o sorteio de mini-catálogos com informações sobre Benjamin Constant, sua família e o museu-casa.  Serão três catálogos sorteados entre os seguidores do perfil do museu no Twitter e outros três para os fãs da página da  instituição no Facebook.
O Museu
Benjamin Constant se mudou para o casarão, onde hoje funciona o museu, em 1890, tendo morado no local por apenas um ano. Ele faleceu no dia 22 de janeiro de 1891, um mês antes da promulgação da Constituição da República. O texto constitucional, no artigo oitavo das Disposições Transitórias, determinava que a propriedade fosse comprada pela União e, a partir de proposta do deputado Demétrio Ribeiro, uma lei foi aprovada para transformar a casa em museu, após o usufruto da família.
A propriedade permaneceu com os descendentes de Benjamin Constant até 1961, quando foi devolvida ao poder público. Em 1982 o museu foi inaugurado, após ações de recuperação da casa e do parque.
Atualmente o museu tem quatro circuitos. O circuito ‘Família’ é voltado para as raízes de Constant e seus familiares, já o ‘República’, mostra o engajamento dele na mudança do Império para a República. A área externa e o parque fazem parte do circuito ‘Meio Ambiente’ e o circuito ‘Cidadania’ aborda a temática da acessibilidade. Benjamin Constant trabalhou no Instituto Imperial dos Meninos Cegos como professor e diretor.
Conheça o Museu Casa de Benjamin Constant
(Texto: Lara Aliano, Ascom/MinC)
(Fotos: Divulgação/Museu)

fonte:
http://www.cultura.gov.br/site/2012/10/18/museu-benjamin-constant-completa-30-anos/

Seminário Internacional Isaac Julien: Geopoéticas

No dia 20 de outubro de 2012 acontece o Seminário Internacional Isaac Julien: Geopoéticas no Teatro do Sesc Pompéia com a presença dos pesquisadores Vinicius Spricigo, Lisa E. Bloom e Rania Gaafar analisando aspectos da obra de Isaac Julien que constituem temas centrais para a produção contemporânea: o papel das exposições na circulação da arte, questões étnicas e de gênero, deslocamentos geográficos, fluxos migratórios. As três mesas estão concentradas em um dia de atividade. Leia mais...
 
 
 
Para aqueles que não puderem acompanhar as palestras de modo presencial, o evento será transmitido ao vivo no site do Fórum Permanente; museus de arte: entre o público e o privado - Disponível para Windows, Mac, Linux, iOS (Iphone, Ipod e Ipad) e Android.
 
Ingressos gratuitos
Data: dia 20/10, às 10h30
Local: Teatro do SESC Pompeia
Obs: Os ingressos devem ser retirados na bilheteria do teatro a partir das 9h30 no dia do evento.