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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Amsterdã reabre grandes museus e comemora aniversário dos canais

Depois de uma década de restauração, o Rijksmuseum é reinaugurado em abril




O resultado da longa reforma do Rijksmuseum será conhecido em abril Foto: Fernanda Dutra / O Globo
O resultado da longa reforma do Rijksmuseum será conhecido em abrilFERNANDA DUTRA / O GLOBO

AMSTERDÃ - A confluência de datas pode ser compreendida como acaso ou destino, mas indica que 2013 é o ano para visitar Amsterdã. Mesmo que você não acredite em nada disso, não faltarão festas e festivais para celebrar: o cinturão de canais da cidade, tombado patrimônio cultural pela Unesco em 2010, completa 400 anos; o zoológico Artis comemora 175 anos; a abolição da escravatura faz 150 anos; a Orquestra Real Concertgebouw festeja seus 125 anos, e, por último, o Museu Van Gogh chega ao 40º aniversário no mesmo ano em que se completam 160 anos do nascimento do pintor pós-impressionista.

Fechado há alguns meses, a instituição dedicada a Van Gogh está sendo reformada e reabrirá no dia 1º de maio. Enquanto isso, é possível observar as obras do holandês no Hermitage Museum.
A reabertura mais aguardada na Museumplein, no entanto, ocorre dia 13 de abril. Um dos maiores do país, o Rijksmuseum passou mais de uma década restaurando suas 80 galerias. Os administradores da instituição declararam: a única coisa que não deve mudar é a posição da obra mais famosa da casa, “A ronda noturna” (“De Nachtwacht”), de Rembrandt.

Oito séculos da arte holandesa, da Idade Média à atualidade, estão representados por oito mil peças, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografia e até joias e itens de vestuário, distribuídos por quatro andares. Os arquitetos espanhóis Antonio Cruz e Antonio Ortiz deram uma cara contemporânea à estrutura original, do holandês Pierre Cuypers. Um dos destaques da reforma é o iluminado átrio de entrada, formado pela junção de dois pátios internos. Os espanhóis também recuperaram um projeto original de 1901, de Cuypers, para criar um jardim. Os interiores ficaram a cargo do escritório de Jean-Michel Wilmotte, responsável pelo Museu do Louvre. Uma pequena área do museu, com “A ronda noturna”, está aberta atualmente.

Outra novidade na Museuseumplein — bem menos glamourosa em termos arquitetônicos — é o museu dedicado à arte contemporânea e moderna, Stedelijk. Reaberto em setembro de 2012 após oito anos de reformas, o prédio ganhou um anexo criticadíssimo que logo recebeu o apelido de “banheira” (a seu favor, tem o fato de não possuir colunas) pela forma e a cor branca. O prédio original é um dos marcos arquitetônicos da praça, com tijolos vermelhos e listras brancas. No acervo, há Kandinsky, Matisse e Mondrian, entre outros.

Vale ficar de olho no calendário de eventos: concertos da Orquestra Real ocorrem a partir de junho, e toda sorte de festivais, o ano todo, entre eles o primeiro Chambres des Canaux, em outubro, em que artistas convidados revelarão suas interferências nas icônicas casas centenárias à beira dos canais.
Artistas inpiram quartos na cidade
No charmoso bairro de Joordan, repleto das tradicionais casas estreitas à beira dos canais, abriram dois hotéis recentemente. Um deles, no Keizersgracht, é o Canal House (canalhouse.nl), ocupando três dessas casas do século XVII que abrigaram prósperos mercadores holandeses e foram transformadas em hotel na década de 1950 por um excêntrico americano colecionador de arte holandesa. O novo hotel butique manteve parte da estrutura do antigo, além de telas do dono anterior.

A decoração do Canal House foi inspirada nos tons de cores de mestres holandeses, como Rembrandt. Seda e veludo, referência aos mercadores, decoram os 23 quartos, com diárias a partir de € 265. Vale uma visita ao jardim, que mal se suspeita existir observando a fachada. No ano passado, o hotel participou do festival Open Garden Days, que convida donos de casas e estabelecimentos comerciais a abrir seus jardins ao público, sempre em junho.

Inaugurado no final de 2012 no mesmo bairro, o Andaz Prinsengracht (amsterdam. prinsengracht.andaz.hyatt.com), o primeiro hotel da rede Hyatt na Holanda, tem 122 quartos com diárias a partir de € 280 e ocupa o prédio de 1970 da antiga biblioteca pública à beira do famoso canal. Tem concepção do holandês Marcel Wanders, conhecido pela irreverência. O designer aplicou os símbolos nacionais de forma bem-humorada: acima da cabeceira, por exemplo, há um mural com um enorme peixe marcado com três X, uma das marcas de Amsterdã. Por toda parte, estão os tons laranja da Família Real holandesa e azul das porcelanas de Delft.

Perto da Museumplein, no bairro De Pijp, onde se concentram restaurantes e cafés moderninhos, o Sir Albert (siralberthotel. com) abriu no ano passado com 90 quartos decorados com móveis em tons escuros, iluminados pelas amplas janelas. Todos possuem televisão por satélite e Wi-Fi gratuito. Diárias a partir de € 188.

Para meados deste ano, a cidade ainda aguarda a abertura do art’otel (artotels. com), ao lado da estação central de trens. O hotel terá 107 quartos, além de galeria de arte e obras espalhadas pelos interiores.


fonte:

 http://oglobo.globo.com/boa-viagem/amsterda-reabre-grandes-museus-comemora-aniversario-dos-canais-7670366#ixzz2M0Z6iyrW

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