Brincar com a ciência pode ser mais prazeroso do que se imagina. Principalmente se essa brincadeira ocorrer em plena praia, no verão! Nos finais de semana de março, o Museu de Astronomia vai levar às praias de Niterói e ao Piscinão de São Gonçalo atividades de popularização da ciência para os banhistas. Tudo gratuito
Fazer pipoca com energia solar e sentar em um banquinho de pregos serão outras atrações do projeto Museu vai à Praia, que tem a proposta de discutir com os visitantes as implicações da ciência e tecnologia com outros assuntos presentes na vida cotidiana. A atividade possibilita situações interativas significativas para crianças, adolescentes e adultos com diversos backgrounds educacionais, que poderão unir teoria e prática instantaneamente, enquanto curtem o mar e o sol.
“Levar uma atividade de divulgação científica para um local de entretenimento é muito bacana. O resultado de aproximação das pessoas em relação às questões científicas acaba sendo natural. Em se tratando de praia, então, o efeito é multiplicativo, já que as pessoas estão imersas em um ambiente de descontração e tendem a ter um tempo de interação muito maior. É diferente de levar uma atividade de divulgação científica ao metrô, por onde simplesmente passam, com tempo determinado” – explica Douglas Falcão, coordenador da área de Educação em Ciências do MAST e responsável pelo projeto.
Sustentabilidade
O Museu vai à Praia aproveita a oportunidade de estar ao livre e em contato com a natureza para explorar algumas questões importantes de sustentabilidade. Nos oito dias de realização do evento, os mediadores do projeto apresentarão ao público alguns aparatos de aproveitamento de energia solar e eólica.
Um material confeccionado manualmente, com uma placa foto voltaica, irá converter a energia do sol em energia elétrica capaz de acionar as hélices de um pequeno ventilador. Um conjunto de espelhos irá convergir a luz solar para um ponto central e possibilitará estourar os milhos para que todos possam comer uma deliciosa pipoca feita com energia natural.
Por outro lado, um projeto inédito de captação de energia eólica irá chamar a atenção dos banhistas. Um equipamento grande, construído com calha de chuva, madeira, cano de esgoto, rolamentos e motor gerador de energia, será capaz de acionar um rádio a pilha e uma lanterna.
O grande apelo dos aparatos de conversão de energia natural em energia elétrica é mostrar às pessoas que é possível que elas próprias gerem energia em suas casas, bastando um pouco de criatividade e interesse, de acordo com Joubert Poça, Técnico em Eletrônica do MAST e responsável pela construção dos aparatos científicos.
“Esses aparatos não têm intenção de substituir a energia elétrica da fornecedora oficial, mas podem entrar como um sistema de apoio, complementar. Podemos gerar energia elétrica para reduzir nossa conta de luz. O vento é gratuito, e a luz solar também. Eu analiso pelo lado inteligente da coisa: se eu posso poupar, por que não fazer?" – questiona Joubert.
fonte:
http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2013/02/25/niteroi-tera-museu-a-ceu-aberto-na-beira-da-praia/
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