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domingo, 31 de março de 2013

Ângelo Oswaldo já esteve à frente do Iphan e foi ministro interino da Cultura na gestão de Celso Furtado


RIO - O ex-prefeito de Ouro Preto Ângelo Oswaldo aceitou o convite da ministra da Cultura Marta Suplicy para assumir o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) no lugar de José do Nascimento Júnior. Ele se mostrou surpreso com a indicação, embora tenha afinidade com a área, já que foi presidente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) numa época em que os museus estavam vinculados ao órgão. Ele criou ainda uma iniciativa pioneira no país, o sistema municipal de museus de Ouro Preto, congregando as 14 insitituições locais.
Ex-ministro interino da Cultura na gestão de Celso Furtado, Ângelo viajou nesta sexta-feira para o Laos, a convite do prefeito de Paris, para participar de um seminário da associação internacional de prefeitos francófonos. Vai falar sobre patrimônio e espaço urbano e volta dia 13. A viagem já estava marcada antes do convite de Marta, feito numa reunião na quinta-feira, como noticiou com exclusividade o blog do colunista Ancelmo Gois.
Ângelo acha que é o momento de deslanchar uma grande política pública de museologia, com base nas conquistas recentes do setor — como os 84 museus em fase de implantação no país e a Primavera dos Museus. Um dos tópicos abordados com Marta foi a questão de déficit de pessoal. Sabe-se que vai ser preciso um trabalho intenso para que se criem cargos e se aumentem salários. É necessária a renovação e a ampliação dos quadros — muitos funcionários saem por aposentadoria ou atraídos pelo mercado. Outro assunto foi a questão orçamentária, com a necessidade de buscar mais recursos para os museus. Mas ele acha que Marta tem demonstrado conhecimento e entusiasmo pelo setor.
O mineiro Ângelo, de 65 anos, por três vezes prefeito de Outro Preto, sempre atuou como gestor público e está acostumado com desafios administrativos, políticos e econômicos. Ex-secretário estadual de Cultura de Minas, acredita que museu não é apenas lugar de contemplação e guarda de objetos. Tem que se tornar um centro cultural dinâmico, com um relevante papel cultural, reunindo também atividades pedagógicas e comunitárias.

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