Ouvir o texto...

domingo, 17 de março de 2013

Dois novos museus ajudam a contar a história de Fortaleza



Museus mantidos de maneira independente são opções para quem deseja conhecer a história da evolução da escrita e parte da história de Fortaleza. O Museu da Escrita já está funcionandoFortaleza tem dois novos museus. Um deles, o Museu da Escrita, foi idealizado por José Luís Gomes. O museu conta a evolução da escrita, desde pinturas rupestres até canetas e máquinas de escrever do final do século passado. Já o Museu Amalgâmico Solar da Sapiranga tem a finalidade de contar parte da história de Fortaleza por meio de objetos diversos. O Museu da Escrita já está funcionando desde o início do ano. O Museu da Sapiranga será inaugurado no dia 10 de abril e foi concebido por Luís Antônio Albuquerque.
José Luís conta que resolveu criar o Museu da Escrita para se dedicar à coleção de objetos voltados para o assunto. “Pensei nisso há uns dez anos”, afirma. Ele convive com a satisfação de manter um acervo rico ao alcance das pessoas. “Isso podia ficar guardado lá em casa, mas para que ter isso tudo e não dividir com as pessoas?”, pontua.

A manutenção não é fácil. “São gastos em torno de R$ 8 mil por mês com despesas. Cobramos entrada para ajudar na arrecadação desse valor”, explica José Luís, que tenta firmar parcerias com a iniciativa privada e instituições públicas para manter o espaço.
Dezesseis salas contam, de forma progressiva, os diversos estágios da escrita. A primeira sala abriga, em tamanho real, uma família contemporânea às pinturas rupestres encontradas na Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no Piauí. Registros da Idade Média, como três pergaminhos escritos há mais de 600 anos por monges copistas, podem ser apreciados numa outra sala, além de canetas das mais diversas épocas. Entre os itens, um estojo com canetas fabricadas na época da Guerra Civil americana, no século XIX. “Eram meios de arrecadar fundos para financiar as tropas do Norte”, explica José Luís.

História de Fortaleza
Luís Antônio Albuquerque é um ávido colecionador de artigos da história local. “Temos parte importante da história de Fortaleza sendo contada neste lugar”, afirma. O acervo contém desde ornamentos de casarões antigos da Capital a objetos pessoais de figuras históricas da cidade. 

Um dos destaques é o mobiliário de Luíz Severiano Ribeiro, o cearense precursor do cinema no Nordeste, cuja empresa veio a se tornar um dos grandes grupos empresariais na exibição de filmes no Brasil. Um brasão antigo da Câmara Municipal de Fortaleza, ainda do século XIX, ornamentos antigos de praças da cidade e até um fóssil, supostamente humano, achado em terras cearenses, estarão expostos no museu.

O acervo dos dois museus foi formado ao longo dos anos graças ao garimpo feito pelos dois pesquisadores à frente das instituições. “Tenho peças compradas em feiras de antiguidade em Madrid, Berlim e Paris”, afirma José Luís. Ele diz que, graças à internet, adquiriu outras peças raras do seu acervo.

Já Luís Antônio contou com a ajuda de amigos. “Sempre que um monumento antigo, como praça ou prédio, estava sendo derrubado ou reformado, eu era avisado e ia até o local em busca do que tivesse valor histórico”, diz Luís Antônio. (Aflaudisio Dantas/ Especial para O POVO)

O Museu da Escrita conta a história da atividade por meio de canetas, penas, máquinas de escrever e documentos antigos e raros. O Museu Solar da Sapiranga faz um resgate histórico de Fortaleza a partir de objetos pessoais de personalidades locais ou elementos da paisagem.
Museu da Escrita
Quando: terça a domingo, das 9h às 17 horas
Onde: rua Dr. Walter Studart, 56, Dionísio Torres.
Entrada: R$ 5 
Mais informações: 3244 7729 

Museu Amalgâmico Solar da Sapiranga
Quando: terça a domingo, das 8h às 17h
Onde: rua José Carvalho, 50, Sapiranga
Outras informações: 3476 8363

O Museu da Escrita conta a evolução da escrita desde pinturas rupestres até canetas e máquinas de escrever do final do século XX
 



Nenhum comentário:

Postar um comentário