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segunda-feira, 25 de março de 2013

Índios recusam proposta da Justiça sobre Museu do Índio



Grupo rejeita oferta de ficar hospedado em albergue e parte para local desconhecido




Terminou sem acordo a audiência de conciliação deste domingo entre indígenas que invadiram o Museu do Índio, em Botafogo, no Rio de Janeiro, e o juiz federal Wilson José Witzel. A audiência foi realizada na sede da Justiça Federal do Rio e durou cerca de dez horas. Os 21 indígenas presentes no local recusaram a proposta feita pela Fundação Nacional do Índio (Funai), que havia proposto que eles ficassem hospedados em um albergue no bairro da Glória, na zona sul da cidade, durante quatro dias. De acordo com a assessoria de imprensa da Justiça Federal, o grupo não quis informar onde passará a noite.
Os indígenas reivindicam a reintegração de posse do terreno localizado ao lado do estádio do Maracanã, na zona norte da cidade, onde funciononou o Museu do Índio entre 1973 e 1978. O casarão foi construído em 1866 e está em ruínas. O governo discute como utilizar a área, enquanto os indígenas querem que o imóvel seja restaurado. "A nossa pauta é única. Queremos de volta a Aldeia Maracanã", afirmou Urutau Guajajara, de 53 anos.
Na última sexta-feira, depois de um cerco policial e de pelo menos cinco detenções, os indígenas que ocupavam o antigo museu concordaram em deixar o local. Na tarde do sábado, no entanto, eles invadiram o novo museu, em Botafogo, tentando forçar um acordo com o presidente da instituição, José Carlos Levinha. Sem sucesso, ficaram no local até a madrugada deste domingo.
O grupo se nega a aceitar a proposta do governo estadual de encaminhá-los a um terreno no bairro de Jacarepaguá. No local, foi construído um alojamento temporário com camas, cozinha e banheiros. Os indígenas criticam as condições da área, onde funcionava a Colônia Curupaiti, destinada a hansenianos. Eles afirmaram também que repudiam a hospedagem oferecida pela Prefeitura do Rio, no Hotel Acolhedor, destinado ao pernoite de população de rua.
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