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domingo, 28 de abril de 2013

Museu de Mineração atrai visitantes a Bochum


A era da extração de carvão na Alemanha deixou vestígios, entre eles o Museu da Mineração, o maior do mundo do gênero. Localizado em uma antiga mina, ele propicia ao visitante um percurso pela história do setor no país.
Já de longe o Museu Alemão de Mineração (DBM, na sigla original), localizado em Bochum, no oeste do país, destaca-se na paisagem por sua presença imponente. O prédio de tijolos à vista foi construído seguindo à risca o estilo dos anos 1930.
Sobre ele, há uma torre deextração: é o primeiro monumento à indústria do Vale do Ruhr, antiga região de exploração de carvão no país. A torre vem da mina Germania, na vizinha cidade de Dortmund, cujas atividades foram cessadas no início dos anos 1970.
O Museu da Mineração é, com seus 13 mil metros quadrados de espaço de exposição, o maior do gênero no mundo. Além disso, a instituição é, com seus aproximados 380 mil visitantes por ano, um dos museus mais procurados no país.
2,5 quilômetros de galerias subterrâneas
Uma das principais atrações do museu não é, de início, visível: a uma profundidade de 17 a 22 metros, está localizada uma mina completa, aberta à visitação. São mais de 2,5 quilômetros de galerias subterrâneas que podem ser percorridas. A extração do carvão começou já em 1936, explica Eva Koch, funcionária do museu.
Um elevador leva o visitante a esse mundo subterrâneo. "Uma coisa como essa não seria hoje financiável", completa Koch. Ou seja, o Museu da Mineração conserva, desta forma, um verdadeiro tesouro histórico, que faz dele único do gênero no mundo.
Ao chegar a seu destino debaixo do solo, o visitante já sente a queda da temperatura e a umidade do ar. A temperatura difere da de minas verdadeiras: nessas, a partir de 25 metros de profundidade, a temperatura sobe 3 graus Celsius a cada 100 metros. A mais de mil metros, os mineiros suavam consideravelmente.
Material proveniente de minas reais
Objetos utilizados em décadas passadas estão expostos ao público
A não ser a temperatura, tudo o mais na mina convence o visitante de que ele está numa mina real. A funcionária Eva Koch conduz os visitantes por um túnel. No chão, há trilhos para vagões de carga. As paredes do túnel têm tábuas de madeira, presas com vigas de metal. 
"Tudo o que você vê aqui vem de minas reais, em sua maioria desativadas", explica Koch. Toda função importante dentro de uma mina está ali representada. Uma das seções, por exemplo, é dedicada à extração de minério de ferro.
No setor seguinte, é possível tocar no maquinário de extração de carvão datado da década de 1930. "Somos um museu interativo", diz a funcionária. Muitas máquinas podem ser colocadas em atividade pelos visitantes, provocando um ruído estrondoso, o que mostra as dificuldades inerentes ao trabalho na mineração.
Referências a trabalho árduo
"Ex-mineiros que veem isso ficam geralmente sensibilizados", conta Koch. "Para a maioria deles, era um emprego sério, no qual investiam todas as forças e emoções. Quando eles chegam aqui embaixo, vão se lembrando das histórias vividas, o que os deixa comovidos", relata a funcionária. Os mineiros tinham até mesmo uma forma peculiar de se cumprimentarem, com a expressão Glück auf, um desejo de boa sorte. Pouco a pouco a mina, seus arredores e maquinário, vão se tornando cada vez mais modernas. Todas as máquinas podem ser tocadas e em parte acionadas pelos visitantes.
Museu é também centro de pesquisa
A visita guiada pelas galerias dura em torno de uma hora, sendo que alguns dos guias são ex-mineiros. O leque de visitantes, conta Koch, é variado. O museu, segundo ela, não recebe apenas pessoas habituadas a visitar museus convencionais, mas também ex-trabalhadores da mineração, grupos de escolares e visitantes dos mais diversos perfis. Aproximadamente 5% vêm de fora da Alemanha.
Galerias subterrâneas em Bochum
O Museu Alemão da Mineração é ao mesmo tempo um renomado centro de pesquisa sobre história da extração mineral e membro da comunidade de pesquisas Leibniz. Uma série de simpósios e palestras atrai um alto número de pesquisadores ao local.
Depois da visita aos subterrâneos, o visitante que não tem problemas de vertigem é convidado a visitar a torre de extração. O cavalete em metal de 60 metros de altura oferece uma ampla vista sobre Bochum – a "pérola" da região, como diz Eva Koch.
Exposição em 20 saguões
Até aí, os visitantes só conseguiram ver uma parcela mínima de tudo o que o museu oferece. Em 20 saguões, estão expostos os mais diversos objetos, desde os relacionados à construção das galerias até os usados na obtenção e utilização de matéria-prima. Em torno do tema mineração, há desde mostras de lâmpadas usadas nas minas até objetos de decoração e de porcelana, por exemplo.
Uma coleção mineralógica é composta de minerais, minério de ferro e fósseis. E uma coisa é certa: quem vai até o Museu Alemão de Mineração, deve levar muito tempo. "Os visitantes muitas vezes nos perguntam quanto tempo vai demorar para percorrer o museu. Respondemos sempre muito cordialmente: por volta de duas semanas", brinca a funcionária Eva Koch.
Autora: Sola Hülsewig (sv)
Revisão: Roselaine Wandscheer

DW.DE




fonte:
http://www.dw.de/museu-de-minera%C3%A7%C3%A3o-atrai-visitantes-a-bochum/a-16773373

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