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segunda-feira, 27 de maio de 2013

ECOMUSEU ITINERANTE - Percurso Multimídia em Santa Cruz - RJ

Vivemos atualmente um momento de evidência e revalorização do patrimônio cultural. A dinamização do setor museológico ocorrida nos últimos anos faz parte deste processo. A efervescência deste campo pode ser constatada através da criação de novos museus e da revitalização de antigos espaços e práticas de memória. Estas ações integram também estratégias de desenvolvimento e consolidação de identidades sociais em múltiplas esferas, tanto no plano local como internacional.

A sociedade contemporânea tem se caracterizado pelo consumo cada vez maior de bens simbólicos, entre estes, o patrimônio cultural ocupa uma posição privilegiada por seu caráter educativo e estrutural na formação de valores e exercício da cidadania. É neste contexto que a Gerência de Museus da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro desenvolveu em parceria com a empresa Imagine Arte, Cultura e Paz o projeto Ecomuseu Itinerante – Percurso Multimídia em Santa Cruz. Este projeto é parte da proposta de requalificação do Ecomuseu do Quarteirão Cultural do Matadouro de Santa Cruz. Através dele busca-se aproximar, cada vez mais, o museu de seu público, contribuindo de maneira significativa para o desenvolvimento de processos que convertam o patrimônio, realmente, numa herança para todos, envolvendo ativamente a comunidade local na construção de sua própria identidade.

O projeto Ecomuseu Itinerante – Percurso Multimídia em Santa Cruz é composto por uma exposição, um jogo multimídia e atividades educativas especialmente desenhadas para dinamizar o processo pedagógico entre o público escolar e a comunidade local. A exposição é composta por 12 imagens criadas a partir de referências históricas, relatos e outras informações de fontes diversas. A telas são composições alegóricas, feitas com técnicas sofisticadas de computação gráfica e softwares de ilustração digitais que permitem recriar com grande riqueza de detalhes cenas e locais importantes para a memória, história e identidade dos moradores de Santa Cruz.

Na implementação do projeto a Coordenadoria de Museus e a Imagine Arte Cultura e Paz contam a parceria da E/SUBE/10ªCRE e o envolvimento de diversas outras instituições, como a Nave do Conhecimento de Santa Cruz, o Espaço Educarte, a Cidade das Crianças e o Espaço Ser Cidadão.

A exposição foi inaugurada ao público no dia 14 de maio na Nave do Conhecimento de Santa Cruz, integrando as atividades da Semana Nacional de Museus, seguindo uma agenda extensa por outras instituições no bairro:



Escola

Data de inicio
Data de fim

NAVE DO CONHECIMENTO DE SANTA CRUZ
13/05/2013
17/05/2013

10 CRE – Formação de professores
20/05/2013
21/05/2013

E. M. JOAQUIM DA SILVA GOMES
22/05/2013
24/05/2013

E.M. IPEG
27/05/2013
31/05/2013

E. M. GANDHI
03/06/2013
07/06/2013

E. M. EMILIANO GALDINO
10/06/2013
14/06/2013

ESPAÇO EDUCARTE
17/06/2013
21/06/2013

E.M. CORONEL BERTHIER
24/06/2012
28/06/2012

CIDADE DAS CRIANÇAS
01/07/2012
05/07/2012

ESPAÇO SER CIDADÃO
08/07/2013
12/07/2013






Ecomuseu itinerante montado. A exposição pode ser transportada e é bastante informativa e interativa.Um pouco mais sobre Ecomuseus
Conforme aponta grande parte dos historiadores do campo da museologia, o conceito “ecomuseu” surgiu em 1971, tendo sido cunhado por Hugues de Varine em colaboração com Georges Henri Rivière, dando origem a um movimento internacional ao qual se filiaram projetos museológicos muito diversificados. Longe do sentido que lhe atribui o senso comum, um ecomuseu não é um museu de ecologia ou meio ambiente, na acepção corrente do termo, ao contrário pensa-se antes de tudo como um museu comunitário, feito por e para as pessoas, de uma determinada localidade. De acordo com Rivière, o conceito de ecomuseu seria evolutivo e como tal não poderia ser definido de forma estática.
Vale destacar que a “ecomuseologia” desenvolvida nos anos 1970, pretendia transformar os paradigmas que sustentavam o museu tradicional baseado no modelo coleção / edifício / público, substituindo-o por um outro que privilegiava a relação território / patrimônio / população. Ou seja, visava alterar o enfoque centrado na exibição de objetos descontextualizados destinados a contemplação de um público “erudito”, defendendo uma abordagem que integrava o homem ao meio, conferindo destaque às transformações ocorridas em determinados territórios em função da ação humana. Esta abordagem propunha um envolvimento das comunidades e a apropriação por elas de certos locais como novos espaços museológicos. Esses por sua vez eram explorados como recurso de desenvolvimento local e “ferramenta” de construção e afirmação da identidade.
Atualmente, o termo perdeu força e prestígio. Assim como os paradigmas, as práticas defendidas pela “nova museologia” estão sendo revistas. Destacam-se, hoje, os conceitos de “museu de comunidade” e de “museu de território” em maior sintonia com as transformações e a realidade social contemporânea. Muitas coisas se transformaram nos últimos anos, principalmente no que diz respeito às formas de financiamento e à relação com o público. Tudo isso que requer dos gestores domínio conceitual mais amplo, maior competência administrativa e a implementação de modelos de gestão mais dinâmicos, envolvendo o domínio das novas tecnologias e linguagens informacionais, a interação digital, transparência e agilidade no trato com o público.



A Imagine Arte Cultura e Paz é uma produtora que desenvolve soluções audiovisuais e tecnologias sociais, utilizando ferramentas de comunicação multimídia. A equipe é formada por profissionais experientes nas áreas de jornalismo, cinema, publicidade, teatro, fotografia, música, artes visuais, internet, pesquisa, educação ambiental, literatura e projetos culturais. Atualmente, conta com mais de 80 produções com diferentes formatos e gêneros.




fonte:
http://eliassnogueira.blogspot.com.br/2013/05/ecomuseu-itinerante-percurso-multimidia.html

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