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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Maior São João do Mundo será incorporado ao Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP)

Há 30 anos Campina Grande é conhecida nacionalmente por realizar o Maior São João do Mundo.  Ao som da sanfona, do triângulo e da zabumba, a festa acontece no mês de junho durante ininterruptos 30 dias. Nos demais meses do ano, a sanfona se cala, o Parque do Povo fica vazio e a alegria dos festejos juninos só ressurge no ano seguinte.
Só que se depender da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), o Maior São João do Mundo estará materializado na vida dos campinenses e turistas ao longo de todo o ano. Para isso, o Museu de Arte Popular da Paraíba, conhecido como Museu dos Três Pandeiros, monumento projetado por Oscar Niemeyer, será incorporado aos festejos juninos da Rainha da Borborema.
A ideia, conforme explicou Chico Pereira, coordenador executivo das ações de implantação do MAPP, é levar o São João de Campina Grande para dentro do Museu o ano todo. O público que comparecer ao Museu irá assistir vídeos com apresentação de quadrilhas juninas, trios de forró e shows com artistas nordestinos. A música, a dança, a culinária e todos os costumes e tradições da maior festa de Campina estarão presentes no Museu.
“O São João de Campina Grande tomou uma grande dimensão e o Museu terá esse papel de manter viva essa festa por todo o ano”, explicou o coordenador. Chico Pereira destacou que Campina Grande recuperou e restaurou o São João que se transformou em uma festa de grande dimensão na região. A cidade fez uma releitura da festa para o mundo contemporâneo sem perder a sua originalidade. Por conta disso, a história dos festejos juninos campinense será incorporada às exposições museológicas do Museu de Arte Popular da Paraíba.
Devido a esta novidade, a abertura do Museu, que estava programada para acontecer durante o São João deste ano, foi adiada para que os elementos sobre o evento possam vir se integrar ao museu. Para tanto, as equipes dos escritórios de Mário Borsoi, do Rio de Janeiro, e de Camila Toledo, de São Paulo, responsáveis pelos projetos, estiveram em Campina Grande para discutir com a UEPB essa proposta, que resultou na necessidade de uma complementação visual e acústica ao projeto, sem modificar a estrutura original das exposições e o conjunto dos elementos já produzidos e instalados.
O Museu está sendo readaptado para receber os novos elementos culturais, que contemplem a música, a dança, o artesanato e a culinária da região. A decisão partiu de vários segmentos da sociedade e da própria UEPB, que reconheceu o São João local como a mais expressiva manifestação da nossa cultura imaterial, hoje considerada uma das mais importantes festas do calendário turístico do país, que além de divulgar as tradições nordestinas gera emprego, renda e novas vocações sociais econômicas.
Projetado por Oscar Niemeyer, grande gênio da arquitetura mundial, o Museu dos Três Pandeiros está ancorado às margens do Açude Velho, cartão postal da cidade.  O instigante monumento de concreto e vidro adorna, através da sua beleza, a paisagem campinense. Pelos programas que nele serão desenvolvidos, homenageará compositores e intérpretes, os artesões e os artistas populares, o cancioneiro, repentistas, cordelistas e todas as demais expressões da cultura popular paraibana e nordestina que agora terão um espaço à altura do seu talento.

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