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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Robô guia de museu se enrola com visitantes e pode perder emprego


TÓQUIO - Um robô interativo da Honda que fala e caminha está enfrentando problemas em seu novo emprego como guia de um museu no Japão.
O robô chamado Asimo tem problemas para detectar a diferença entre pessoas que levantam a mão para fazer uma pergunta e outras que levantam telefones celulares para tirar fotos dele dentro do Museu de Ciências Miraikan, em Tóquio. 

Diante da dúvida recorrente, o robô interrompe sua atuação e repete a pergunta programada: "Quem quer fazer uma pergunta para Asimo?"

O robô guia apresentado pela Honda à imprensa no museu nesta quarta-feira, 3, está conectado via wireless a seis sensores localizados no teto para identificar onde estão os grupos de visitantes.

O robô responde perguntas por escrito selecionadas em um dispositivo eletrônico. Isso dificulta a interação, mas não impede de atrair atenções para o simpático robô que vem sendo desenvolvido pela Honda.

A tecnologia de robôs Honda, apesar de ser uma das mais avançadas em termos de mobilidade, tem sido criticada por carecer de aplicações práticas e servir por enquanto apenas como um brinquedo caro.

O robô Asimo é muito sensível para trabalhar em zonas radioativas, onde seria mais útil depois do acidente nuclear de Fukushima, em 2011. Ele vem sendo aperfeiçoado desde 1986.

A Honda teve que esmerar-se e criar braços robóticos que puderam ser usados nos reatores da usina. 

Satoshi Shigemi, supervisor de tecnologia robótica da empresa, reconhecer ser necessário trabalhar muito para chegar a robôs mais eficientes para substituir humanos em trabalhos perigosos.

No caso de Asimo, o objetivo é fazer com que ele consiga reconhecer quem está falando com ele, e responder de forma adequada quando falar com adultos ou crianças.

 "Ele pode reconhecer uma criança que agita os braços, mas não consegue reconhecer o significado do gesto", afirmou Shigemi. 

Um possível emprego para o robô guia no futuro seria ajudar as pessoas que compram ingresso em máquinas automáticas nas estações ferroviárias, exemplificou o representante da Honda. Ele poderia ajudar as pessoas não familiarizadas com o sistema e acelerar o andamento das filas.

"A tarefa que qualquer criança pode fazer, como interpretar a linguagem, figura entre as mais desafiantes que um agente computadorizado, seja ou não um robô", disse Ingrid Zukerman, professora de tecnologia da informação da Universidad Monash, da Austrália. 

"O esforço é completo, incluindo distinguir a fala e conectá-la com o conhecimento para distinguir o significado, mesmo quando interpreta questões específicas como o horário de um ônibus ou a compra de passagens aéreas".
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