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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Museu expõe animais empalhados mortos na guerra da palestina

Eles viviam no zoológico da cidade Qalqilya, na Cisjordânia


Editora Globo
Leão empalhado é um dos principais atrativos do local (Foto: Divulgação/Daniel Tepper)
As guerras sempre fizeram vítimas e apenas os humanos são lembrados para homenagens. Mas um médico veterinário que vive na Cisjordânia, região conflituosa da palestina, decidiu empalhar os animais que morreram no zoológico da cidade de Qalqilya.
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Dr. Khader é o responsável pelo acervo do museu (Foto: Divulgação/Daniel Tepper)

O espaço reúne várias espécies e virou museu, funcionando no zoológico onde também estão os bichos sobreviventes da guerra. A ideia foi do veterinário do local, o Dr. Sami Khader, que também é autodidada em taxodermia, técnica de preservação dos corpos para fins de estudos e exibições.
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Os bichos empalhados morreram durante a guerra da Cisjordânia (Foto: Divulgação/Daniel Tepper)

Durante a Segunda Intifada (2000-2005), que vitimou mais de cinco mil pessoas entre palestinos e israeleses, Dr. Khader teve que cuidar do zoológico sozinho. Na época, muitos animais morreram de fome ou doenças, sufocados por gás lacrimogêneo e atingidos por bombas e balas.
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Macacos estão entre as espécies expostas (Foto: Divulgação/Daniel Tepper)

São quase 100 peças no acervo, entre elas exemplares exóticos em vários níveis de decomposição. Todas ficam em salas abafadas e quentes, mas incrivelmente sem odor. A iluminação ajuda a separar o amontoado de espécies misturadas, oscilando em feixes luminosos com ares macabros nas cores azul, laranja e amarelo.
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Alguns animais ficaram desfigurados após serem empalhados (Foto: Divulgação/Daniel Tepper)

Os visitantes se deparam com exemplares de leões, girafas e macacos, entre outros, com olhos vidrados e feições animadas, como se estivessem emitindo sons ou interagindo. Em alguns bichos faltam pedaços dos corpos ou têm ossos desajustados.
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Algumas cabeças estão penduradas nas paredes do museu, dando um clima macabro ao ambiente (Foto: Divulgação/Daniel Tepper)

Com o fim dos conflitos, o zoológico virou um dos poucos ambientes abertos da região isentos de tensão política. Por lá famílias inteiras usufurem de miniparque de diversões, um lago e animais vivos, como ursos e macacos.
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A girafa morta foi mantida em pé no museu (Foto: Divulgação/Daniel Tepper)
 
fonte:
http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI343077-18071,00-MUSEU+EXPOE+ANIMAIS+EMPALHADOS+MORTOS+NA+GUERRA+DA+PALESTINA.html

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