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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Fechamento de museus, parques nacionais e pontos turísticos como a Estátua da Liberdade.

Com fechamento do Estado americano, a Estátua da Liberdade poderá ser fechada para visitação Foto: Spencer Platt / GETTY IMAGES NORTH AMERICA




À meia-noite desta terça-feira (1h de Brasília), o ano fiscal americano termina e começa um período de incerteza: após um impasse entre deputados e senadores quanto ao orçamento para 2014, os Estados Unidos paralisarão a maior parte das agências federais.

O shutdown do serviço público, como é chamado, afeta funcionários públicos, serviços básicos como coleta de lixo, emissão de vistos e passaportes, entre outros. Parques nacionais, museus e até a Estátua da Liberdade devem fechar para visitação. A paralisação de serviços ocorre pela primeira vez desde 1996.

Também há o risco de que a paralisação atinja outros mercados financeiros, já que, sem a votação do orçamento, não será possível elevar o teto da dívida pública e evitar o calote do governo. O secretário do Tesouro, Jack Lew, projetou que, sem nova votação, a moratória pode ser decretada em 17 de outubro. Até lá, a secretaria tem margem para lidar com novos recursos.


Com a paralisação, mais de 800 mil servidores terão de ficar em casa, provocando o fechamento de museus, parques nacionais e pontos turísticos como a Estátua da Liberdade.

Na noite de segunda-feira, a uma hora do fim do prazo, a imprensa americana noticiava que a Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, deveria anunciar sua intenção de não votar novos projetos na próxima hora, diminuindo a chance de um acordo com o Senado, de maioria democrata, que esperava formar uma comissão de negociadores para ganhar mais tempo.


Deputados republicanos, instigados pelas alas mais conservadoras do partido, emperraram a aprovação de uma permissão para gastos federais, e incluíram uma condição à prorrogação dessa permissão até 15 de dezembro: atrasar em um ano o início da vigência do Obamacare, a nova Lei de Bases da Saúde, que começaria nesta segunda-feira. Quando faltavam 10 horas para o prazo expirar, os senadores rejeitaram a condição elaborada pela Câmara, e as negociações voltaram à estaca zero.

Em um apelo final, quando faltavam menos de sete horas para iniciar a paralisação, o presidente Barack Obama fez um pronunciamento na sala de imprensa da Casa Branca afirmando que os republicanos falharam em cumprir seu papel perante o povo, e descartou modificar a lei de saúde para negociar com o Congresso:


— A ideia de arriscar o progresso do povo americano, obtido a duras penas, é o cúmulo da irresponsabilidade e não precisa acontecer. Deixe-me repetir: não precisa acontecer. Tudo isso é inteiramente evitável.

Com a incerteza americana, as bolsas de valores registraram baixas. Wall Street encerrou com queda de 0,81% e a Bolsa de São Paulo (Bovespa) recuou 2,61%.


fonte:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2013/09/pela-primeira-vez-em-17-anos-eua-vao-paralisar-setor-publico-4286631.html

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