Ouvir o texto...

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O" Brilho das Cidades", o azulejo em exposição no Museu Gulbenkian



Comissariada por Alfonso Pleguezuelo, professor de História de Arte da Universidade de Sevilha e por João Castel-Branco, director do Museu Gulbenkian, foi apresentada à Comunicação Social “O Brilho das Cidades” uma Rota do Azulejo, que será aberta ao público a 25 de Outubro, permanecendo até 26 de Janeiro de 2014.

Como alertou o director do Museu Gulbenkian, João Castel-Branco esta é uma viagem que começa no Egipto passa pela Mesopotâmia, a Assíria e a Pérsia acabando na Europa ocidental e no norte de África.

É sem dúvida uma viagem fascinante pelo mundo do azulejo que junta quase duas centenas de peças, exactamente 171, desde a Ásia Central até à Europa Ocidental, vindas de museus e colecções nacionais e internacionais devidamente referenciados.

O objectivo desta mostra não é o de oferecer simplesmente uma panorâmica histórica no sentido académico, mas sobretudo o de evidenciar os atractivos de um património comum e partilhado que representa uma ponte cultural entre oriente e ocidente, o fascínio do fundador do Museu, Calouste Gulbenkian

Segundo João Castel-Branco a arte da azulejaria é antiga e acompanhá-la é um trabalho de grande interesse artístico e científico
Alfonso Plequezuelo foi um óptimo anfitrião explicando de forma clara, concreta e concisa a origem de muitos dos trabalhos expostos, diferenças e características de cada peça fazendo notar as identidades culturais de cada uma.
O magnífico núcleo de cerâmica Iznik, oriundo da Turquia, que integra a coleção do Museu Gulbenkian, um óbvio exemplo da reinvenção constante do azulejo em mil soluções decorativas, está nesta mostra, lado a lado com obras maiores de países como o Irão, Síria, Egito, Tunísia, França, Itália, Espanha, Bélgica, Holanda, Inglaterra, Alemanha e Portugal.

Os cinco núcleos temáticos, que compõem a mostra juntam obras de variada procedência geográfica, revelando, como acentuou a determinado passo o director do Museu , que apesar de diferenças de natureza social, política, religiosa e cultural, há muitas vezes confluências nas abordagens e nos resultados.

Estão patentes exemplos de peças que levantam o mito da cerâmica dourada, as conquistas da geometria, a importância da heráldica, o peso da cultura figurativa clássica, o valor da mitologia cristã, a mimese ou a estilização da Natureza, o reflexo dos géneros da grande pintura europeia, a influência dos tecidos, a sedução que o Ocidente sempre sentiu pelo Oriente ou a representação da utopia e do quotidiano.

Muitas foram as instituições internacionais que cederam obras para esta mostra como por exemplo o Museu do Louvre, o Museu d’Orsay, o Museu de Artes Decorativas; o Museu do Quay Branly e o Centro Pompidou, Paris; o Museu Nacional de Cerâmica, Sèvres; o Museu Nacional da Renascença, Écouen; o Instituto Valencia de Don Juan, Madrid; o Museu de Belas Artes, Sevilha; o Museu do Design de Barcelona e o Museu Nacional de Cerâmica González Martí, de Valência; os Museus Reais de Arte e de História, Bruxelas, o Museu Municipal da Haia e o Museu Boijmans-van Beuningen, Roterdão.

Por outro lado e para além das peças do Museu Gulbenkian, estão incluídas obras importantes de outros museus portugueses como Museu Nacional de Machado de Castro, Coimbra; Museu Nacional do Azulejo, Museu de Artes Decorativas Portuguesas - Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, Museu Bordalo Pinheiro e Museu da Cidade, Lisboa; Museu de Alberto Sampaio, Guimarães; Museu de Évora; Museu de Lamego; Museu Municipal de Faro; Coleção Berardo, Bacalhoa, Sangalhos e Funchal, e ainda peças de colecções particulares.

A exposição “O Brilho das Cidades”-Rota do Azulejo, está patente ao público a partir de 25 de Outubro no Museu Gulbenkian, até 24 de Janeiro 2014.

Fonte: http://www.hardmusica.pt/noticia_detalhe.php?cd_noticia=17476#sthash.ITAw1DEN.dpuf

Nenhum comentário:

Postar um comentário