Foto: Henrique Tramontina / Arte ZH
Não é por acaso que chulé tem cheiro de queijo: ambos são resultado da ação de fungos e bactérias. Naquela pele morta sob os cantos das unhas dos pés, vivem micróbios semelhantes aos que produzem os queijos roquefort e gorgonzola.
Esse cheiro desagradável inspirou a cientista americana Christina Agapakis e o norueguês expert em aromas Sissel Tolaas a coletarem amostras de pele de personalidades da arte e da gastronomia para fabricar... queijo!
Micróbios do nariz, da axila, da boca e do dedão do pé deram origem a 11 queijos diferentes, com aromas semelhantes à parte do corpo doadora.
E o gosto? Ninguém ousou provar, mas dá para imaginar:
– Não surpreende que cheiros de queijo e de partes do corpo são semelhantes. Mas quando começamos a trabalhar juntos, nos surpreendeu o fato de que as populações microbianas também são semelhantes – explicou Christina.
– Apesar da semelhança química e biológica, é óbvio que existem diferentes respostas culturais e emocionais aos fedores de queijo e pé – completou.
Os cientistas-artistas esperam estimular a consciência corporal dos visitantes que conhecerem as peças de queijo, expostas na mostra Grow Your Grow Your Own – Life After Nature ("plante você mesmo – vida depois da natureza", em tradução livre), na Science Gallery, em Dublin.
Entenda por que você é mais bactéria do que humano:
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