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domingo, 1 de dezembro de 2013

Museu da Tolerância recria vida da família de Anne Frank

Mostra é considerada uma das mais completas sobre a moça que morreu nas mãos dos nazistas, em um campo de concentração.

O Museu da Tolerância, em Los Angeles, no estado americano da Califórnia, abriu uma exposição permanente da história de Anne Frank, a moça que morreu nas mãos dos nazistas, em um campo de concentração na Alemanha. A mostra é considerada uma das mais completas, como mostra o correspondente Jorge Pontual.

A exposição é um mergulho no mundo da jovem Anne Frank. Começa por Frankfurt, na Alemanha, onde ela nasceu, em 1929. O pai, Otto, oficial alemão na Primeira Guerra, se tornou um homem de negócios bem sucedido. Com a subida de Adolf Hitler ao poder, em 1933, tudo mudou. Os nazistas passaram a perseguir os judeus. A família Frank fugiu para a Holanda, e Otto abriu uma fábrica em Amsterdã.

Em 1940, o exército nazista invadiu o país. Muitos judeus passaram a viver em esconderijos, com a ajuda de amigos holandeses. Com mais quatro judeus, a família de Anne Frank se escondeu nos fundos do prédio onde ficava a empresa do pai dela em Amsterdã. A entrada era atrás de uma estante. A exposição nos convida a entrar e experimentar o que eles viveram nesse esconderijo, por dois anos, até serem capturados pelos nazistas.

A recriação da vida da família - pai, mãe e duas filhas - com atores é dramática. O pai dera a Anne um pequeno diário onde ela passou a anotar tudo o que lhe vinha à cabeça. A exposição inclui uma cópia fiel do diário de Anne Frank. O original, considerado um dos documentos mais importantes do século XX, está sob a guarda do governo holandês.

Anne Frank revela um talento extraordinário para registrar o cotidiano e refletir sobre a tragédia vivida por sua família. Um documento com alcance universal.

Com a captura da família, Anne morreu de tifo num campo de concentração aos 15 anos, depois de perder a mãe e a irmã.

Anne Frank foi uma entre um milhão e meio de crianças judias mortas pelos nazistas, num total de seis milhões de vítimas do holocausto.

O diário guardado por uma amiga holandesa foi publicado depois da guerra por Otto Frank - o único sobrevivente da família. Tornou-se um dos livros mais lidos do mundo, superando 25 milhões de exemplares vendidos.

A diretora do Museu da Tolerância, Liebe Geft, diz que a história de Anne Frank nos ensina a sermos responsáveis a cada dia na luta contra a injustiça e o anti-semitismo, para impedir que tragédias como esta se repitam.


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