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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Museu de Salto passa por processo de regularização

Até o final de 2014, o museu Ettore Liberalesso terá um inventário de todas as suas duas mil peças

Até o final de 2014, o museu Ettore Liberalesso, da cidade de Salto, terá um inventário de todas as suas duas mil peças. A medida - uma exigência de órgãos museológicos como o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) -, para segurança e levantamento histórico, é uma das ações que começaram a ser desenvolvidas este ano, quando o museu passou a existir legalmente, a partir da aprovação de uma lei específica para sua criação, aprovada pelo legislativo da cidade no mês de outubro.

Implantado em 1991, o museu existia na prática, mas não em forma de lei, o que inviabilizava a instituição de receber recursos dos governos estadual e federal. "Em 2009 o Governo Federal tentou organizar toda essa questão dos museus do Brasil, e criou o Estatuto dos museus. Este ano, a presidente baixou um decreto homologando esse estatuto, e reafirmando a importância do Ibram. O estatuto pede para que os museus funcionem da forma mais correta possível, e dentro dessas recomendações está a necessidade da criação institucional do museu, enquanto lei, a formulação de um plano museológico e um inventário das peças, importante para recuperar bens roubados", explica o coordenador do museu, Rafael Barbi.

Tanto a criação em forma de lei, quanto inventário e um plano museológico não existiam no museu de Salto. Por isso, desde meados deste ano até o término de 2014, o foco de trabalho será a regularização da situação do local. "Começamos do zero. E além dessas recomendações também vamos fazer a estruturação do setor educativo, para aproximar o museu dos cidadãos", emenda Rafael.

Além do cumprimento das exigências, a legalização do museu é fundamental para a sua manutenção, pois com uma lei específica é muito mais fácil criar mecanismos de preservação do patrimônio museológico e histórico da cidade e de fiscalização da população sobre o uso e decisões tomadas pelo poder público em relação ao seu patrimônio histórico e cultural.

Na lei aprovada, consta todos os objetivos, e ainda a retomada da ideia de estender as ações de preservação de memória para núcleos externos, como o museu da Memória Operária, museu de Lavras, museu da Estação Ferroviária, painéis do roteiro histórico da cidade e o Circuito da Memória.

Essa concepção permite que as ações não se concentrem apenas na sede do museu, que funciona como uma espécie de introdução à história da cidade, mas que ela se estenda para esses outros pontos históricos. "Esses pontos são prédios, espaços como cemitérios, o grupo escolar mais antigo da cidade... No museu temos cerca de duas mil peças, que falam sobre a importância do rio, as questões geográficas, indígena, a industrialização, os imigrantes, a religião... Para cada assunto, tem peças que remetem a esse período da cidade", defende o coordenador.



O museu de Salto fica na rua José Galvão, 104, Centro. A visitação é gratuita e pode ser feita de terça a domingo, das 9h às 17h.

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