Museu instalado em Lens abriga 205 obras.
Investimento para o projeto foi de 150 milhões de euros.
O Louvre, o museu dos museus, é uma das maiores atrações de Paris. O velho palácio real abriga uma extraordinária coleção do melhor que o ser humano já produziu em termos de arte. Mas agora o Louvre oferece ao público um espaço em Lens, ao norte da França, onde estão 205 obras.
Numa das regiões mais pobres da França, um investimento de 150 milhões de euros fez brotar uma joia da cultura francesa e mundial. O projeto e de arquitetos japoneses e fica em cima do que era uma mina de carvão. A região em volta de Lens, no norte da França, era cheia de minas. Dentro do local, no hall de entrada, telões exibem imagens dessa época, quando o carvão alimentava a indústria francesa. A cultura hoje pode ser um novo combustível para substituir o carvão e virar um motor do comercio, do turismo.
O museu é uma tentativa de ressuscitar um pouco um lugar onde as taxas de desemprego são altas. É como se a vida econômica da região tivesse se petrificado nos últimos 30 anos, cabeças não foram cortadas, mas postos de trabalho sim, e muitos.
Talvez para ilustrar um pouco esse sentimento, dentro do museu, uma das exposições é intitulada: Renascença. O novo espaço do Louvre não é a raspa do tacho. Nada disso. O Louvre de Paris cedeu obras famosas, das melhores.
Duzentas e cinco obras de arte, que englobam 53 séculos, 5.300 mil anos da humanidade. O Louvre de Lens está para o Louvre de Paris como um livro de bolso para uma enciclopédia. Um aperitivo que abre o apetite para se conhecer o talento e o trabalho de tantos artistas ao longo da história.
O Egito antigo nos dá boas-vindas, com um exército de figurinhas que ficava nos túmulos dos nobres. Depois da morte, cada uma delas trabalhava um dia para que o morto aproveitasse o paraíso sem se cansar.
Um poema em escrita cuneiforme, a primeira do ser humano, veio da Mesopotâmia, atual Iraque e um guerreiro persa, primeira super potência do mundo, o atual Iran. Ânforas com dois atletas lutando. Estátuas gregas, romanas. A visita ao local não pode ter pressa, a cada passo se pula um século. A cruz com o peixe, símbolos iniciais do cristianismo. O mundo avança, a técnica muda, os quadros ganham cores e sofisticação.
Centenas de anos numa profusão de cores e de ideias. A tela se ilumina, ainda que a luz de vela e tanta coisa para se ver e se deliciar. Uma galeria do tempo mostra através das obras a nossa evolução.
Um dos quadros mais famosos é o de Eugene Delacroix: intitulado "A liberdade guiando o povo". É uma mulher, símbolo da vida, e armada porque liberdade não é dada, mas conquistada. Liberdade e evolução, dois conceitos importantes para a arte e que podem transformar a vida de muita gente.
fonte:
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2013/02/louvre-de-paris-abre-anexo-do-museu-em-cidade-do-norte-da-franca.html