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sábado, 9 de março de 2013

MinC troca comando de autarquia dos museus


Nascimento Júnior deixa direção do Ibram

O antropólogo José do Nascimento Júnior foi exonerado anteontem da presidência do Instituto Brasileiro de Museus. Ele criou há quatro anos o órgão do Ministério da Cultura responsável pela gestão de museus e estava na pasta há dez anos, desde a gestão de Gilberto Gil (2003-08).

Nascimento Júnior é mais um a cair na onda de trocas levada a cabo pela ministra Marta Suplicy desde que assumiu o MinC há seis meses.

Deixaram o ministério o secretário de políticas culturais, Sergio Mamberti, o presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira Araújo, e o titular da Fundação Casa de Rui Barbosa, Wanderley Guilherme dos Santos.

"Não há nenhuma crise com a ministra", disse Nascimento Júnior à Folha. "Há um ciclo de mudanças no ministério. Era uma vontade minha. O Mamberti está saindo, outros estão saindo, e eu estava buscando uma saída."

À frente do Ibram, Nascimento Júnior teve como bandeiras a aquisição de obras para acervos federais -75 mil itens foram incorporados a coleções públicas- e a desoneração da importação e exportação de obras de arte, projeto que não avançou.

Até o fechamento desta edição, o MinC não havia anunciado o substituto de Nascimento Júnior.

fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/97384-minc-troca-comando-de-autarquia-dos-museus.shtml

Seminário sobre museu na universidade reúne mais de 250 pessoas na Ufes a partir desta terça (05)


Mais de 250 pessoas participarão nesta terça (05) e quarta-feira (06), a partir das 9 horas, do seminário O Museu na Universidade, que será realizado pela Superintendência de Cultura e Comunicação da Ufes. O evento acontece no Cine Metrópolis.
O seminário será o primeiro a abrir uma discussão sobre museus no Estado e contará com a presença de 20 palestrantes do Brasil e do exterior, além de representantes dos governos federal, estadual e municipal. A proposta é contribuir para a reflexão sobre os museus universitários no Brasil e iniciar o processo de concepção, definição e constituição de um museu universitário de arte no Espírito Santo.
Serão dois dias de trabalho com conferências e palestras que vão abordar três eixos temáticos "Arte: criação e pesquisa", "Academia: pesquisa e memória" e "Cidade: memória e liberdade". Também serão apresentadas e discutidas diversas concepções de museus e suas formas de gestão, aspectos conceituais e funcionais, além das relações entre cultura, arte educação e cidade.
O evento recebe o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) e será transmitido simultaneamente, via webconferência, aos 26 polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB) do Espírito Santo, podendo ser acompanhado por alunos e ex-alunos dos cursos de Educação à Distância da Ufes.
A superintendente de Cultura e Comunicação da Ufes, Ruth Reis, destaca que o seminário tem a proposta de iniciar um debate sobre a criação de um museu na Ufes dedicado às artes visuais e a revitalização de seus espaços dedicados ao apoio ao ensino, à pesquisa e à difusão das artes e da cultura, envolvendo professores, estudantes, pesquisadores, técnicos-administrativos, produtores culturais, empresários e profissionais da área.
Confira a programação completa do seminário no blog http://culturaufeses.wix.com/smu2013

Museu de Santana do Cariri já registra 300 mil visitantes

As comemorações de aniversário do local, que é referência mundial em Paleontologia, já estão sendo definidas
Santana do Cariri Uma parte considerável da história da vida no planeta está contida nas páginas dos fósseis da Chapada do Araripe. O Museu de Paleontologia de Santana do Cariri é o espaço mais importante no mundo de salvaguarda de mais de 10 mil peças fósseis da era cretácea. São registros de cerca de 110 milhões de anos pretéritos, que podem ser fonte de pesquisa para descobertas científicas. O equipamento completa 25 anos em julho deste ano e as comemorações já estão sendo planejadas, inclusive com uma repaginação da área de exposição, que está sendo projetada por meio da Universidade, para expor o material de reserva.

Entre os principais instrumentos de fortalecimento do turismo científico na região, o museu é um dos equipamentos mais visitados no Cariri FOTO: ELIZÂNGELA SANTOS


O museu fortalece o turismo científico na região e é um dos equipamentos mais visitados. Desde que foi inaugurado, já recebeu cerca de 300 mil pessoas.

Também está sendo planejada uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado, a ser requisitada pela Comissão de Educação, presidida pelo deputado estadual, Teodoro Soares, que na época da inauguração do Museu era reitor da Universidade Regional do Cariri (Urca), atual gestora do equipamento. O espaço fortaleceu a ideia de inserção da cidade de Santana do Cariri como a Capital da Paleontologia, por meio de projeto de lei.

Natural de Santana do Cariri e ex-superintendente do museu, João de Aquino Limaverde, está articulando um seminário internacional da Rede Mundial de Geoparks, com destaque para a paleofauna e paleoflora do Araripe, com a presença de grandes nomes da Paleontologia, em Santana do Cariri, para marcar a data. As conversações já estão sendo mantidas entre a prefeitura local, a direção do Museu, atualmente com o idealizador do equipamento, professor Plácido Cidade Nuvens e a Urca, por meio da reitora Otonite Cortez.

Pela presença do Geopark Araripe no Cariri nos municípios de Crato, Nova Olinda, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha e Santana do Cariri, Aquino Limaverde defende que seja dada uma dimensão regional às comemorações, mas com sede em Santana, onde se encontra o Museu, que recebe, a cada mês, mais de 4 mil visitantes. Em outubro do ano passado, houve uma comemoração pelo visitante de número 300 mil.

Nas articulações para a comemoração da data, Aquino Limaverde já contatou o deputado Dedé Teixeira, geólogo, e o deputado Teodoro Soares, ex-reitor da Urca e da UVA, com os quais encaminha o projeto de realização de audiência pública na Assembleia Legislativa sobre o Museu de Paleontologia e o Geopark Araripe. Vão ser contatados também, no plano estadual, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), Secretaria das Cidades, a Região Metropolitana do Cariri, ministérios do Meio Ambiente, Integração Regional e da Ciência, Tecnologia e Inovação, além do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Banco do Nordeste.

"A história de evolução da vida no planeta está registrada no Cariri cearense de um modo sem similar em nenhuma outra parte da Terra", disse Aquino Limaverde. Ele destaca que já passaram pelo museu visitantes de todos os continentes e observa que o dado demonstra o interesse mundial pelo acervo e pela Paleontologia de Santana, pelos sítios do Geopark nos municípios do Cariri, pelo Ceará e Brasil.

O vice-reitor da Urca, professor Patrício Melo, afirma que o trabalho para o redimensionamento do material exposto no museu, está tendo um planejamento arquitetônico, com pesquisas do doutor em Paleontologia, Álamo Feitosa.

O Museu é a principal referência do potencial fossilífero da região do Cariri e foi reinaugurado, com modernização e ampliação do espaço, em julho de 2010, com investimentos de mais de R$ 800mil. Segundo os pesquisadores, o equipamento valorizou, com maior propriedade, os fósseis e se intensificou uma luta pela preservação do material na região.

O contrabando era um dos principais vilões, hoje combatido, por meio de uma vigilância mais determinada e do trabalho de conscientização da população local.

O equipamento foi criado em meados dos anos 1980, pelo então prefeito de Santana do Cariri, Plácido Cidade Nuvens, ex-reitor da Universidade Regional do Cariri (Urca), instituição que detém hoje a salvaguarda do Museu. A iniciativa de repassar para a Universidade teve o intuito de dispor o material para a pesquisa e preservação. Santana do Cariri hoje é reconhecida por decreto como a Capital da Paleontologia do Estado.

O professor e pesquisador Álamo afirma que, com a duplicação, foi possível expor os fósseis de uma maneira evolutiva, ao longo do tempo, e também em nível de complexidade das espécies. E o trajeto começa pelas plantas, passando pelos insetos, com o grupo de invertebrados e moluscos, até os peixes, anfíbios, tartarugas, lagartos, pterossauros e dinossauros.

"Existe toda uma sequência lógica em termos de evolução", explica. De acordo com ele, a modernização do museu acompanha atualmente a realidade dos equipamentos no País, com a reserva técnica e os laboratórios. Não se limita apenas a expor peças, mas tem um caráter didático, educativo e, principalmente científico. O criador do museu, Plácido Cidade Nuvens, inaugurou a reabertura da casa.

Mais informações
Museu de Paleontologia de Santana do Cariri
Rua José Augusto, S/N
Centro
Telefone: (88) 3545.1212

fonte:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1240006