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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Pesquisa acrescenta novas peças ao ‘quebra-cabeça’ da evolução das espécies



Por Noêmia Lopes

Agência FAPESP – O maior episódio de extinção em massa da história da Terra ocorreu na passagem do Permiano (o período situado entre 290 e 245 milhões de anos atrás) para o Triássico (entre 245 e 200 milhões de anos). A hipótese mais aceita é a de que eventos vulcânicos ocorridos na Sibéria tenham alterado a composição química da atmosfera, resultando em mudanças climáticas, alterações na circulação das correntes marinhas e, por fim, a extinção em massa. 




 
Vestígios fósseis coletados nos estados do Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul ampliam conhecimentos a respeito das espécies que habitaram essas regiões entre 290 e 200 milhões de anos atrás (divulgação)








Em busca de pistas para entender melhor esse momento-chave da história geológica, Max Cardoso Langer, professor do Departamento de Biologia da Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão Preto, foi a campo nos estados que guardam os principais depósitos do período Permo-Triássico brasileiro – Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul.

Fósseis de vertebrados, invertebrados e até mesmo vegetais desse período foram encontrados ao longo dos dois anos da pesquisa apoiada pela FAPESP entre 2010 e 2012.

Em rochas do período Permiano da Bacia do Parnaíba, no Maranhão, foi localizada uma flora até então desconhecida. “Ela guarda uma semelhança muito grande com as floras permianas da Europa, dos Estados Unidos e do Sudeste Asiático. É um detalhe técnico, mas muito interessante, pois mostra que o norte do Brasil, naquela época, tinha uma biota mais parecida com regiões ao norte do planeta do que com o restante da América do Sul”, disse Langer.

Outra descoberta feita na Bacia do Parnaíba extrapolou o período de abrangência da pesquisa: acima das rochas do Permiano, sedimentos de idade jurássica (de 200 a 145 milhões de anos) escondiam um crânio de um crocodiliforme (parente fóssil dos jacarés atuais). Em terras brasileiras, todos os tetrápodes (animais com quatro patas) do Jurássico eram conhecidos somente a partir de pegadas, tornando esse achado o primeiro com base em esqueleto, segundo Langer.

A terceira entre as coletas mais significativas do Maranhão foi a de vestígios de peixes do grupo dos semionotiformes do período Permiano, animais que tinham por volta de 25 centímetros de comprimento e tegumento áspero por conta de escamas bastante robustas. Eles eram conhecidos somente do Triássico em diante.

“Acreditava-se que tais peixes tinham surgido após a grande extinção. Com o achado, vimos que, na verdade, eles pertencem a uma linhagem que, por algum motivo, resistiu ao evento de crise e irradiou-se depois dela”, disse Langer. O material está na USP de Ribeirão Preto, em análise por uma professora parceira, Martha Richter, do Natural History Museum de Londres.

Descendo o território nacional, Langer e sua equipe foram para a Serra do Cadeado, no norte do Paraná, onde também existem rochas do período Permiano. Lá, encontraram peixes e anfíbios fósseis, agora em vias de serem descritos.

“Achamos ainda vestígios de trilobitas, que são artrópodes – animais com apêndices articulados e exoesqueleto – de ambiente sempre marinho. Não se imaginava que houvesse influência do mar naquela região no período em que viveram esses animais. Mas esta é uma evidência de que tal conexão existiu”, disse o pesquisador.

Na origem dos dinossauros

As investigações em rochas triássicas na depressão central do Rio Grande do Sul ajudaram a descrever três espécies de dinossauros: uma delas, o Pampadromeu (Pampadromaeus barberenai), pela primeira vez; e as outras duas, o Guaibassauro (Guaibasaurus candelariensis) e o Sacissauro (Sacisaurus agudoensis), ganharam descrições mais completas e detalhadas do que as existentes.

“Um dos aspectos que tornam essas descobertas tão interessantes é que as rochas do Triássico do Rio Grande do Sul – assim como as do noroeste argentino – reúnem os dinossauros fósseis mais antigos de que se tem notícia em todo o mundo. Ou seja, estudá-los é olhar para a origem desses animais, para seus primeiros momentos sobre a Terra”, disse Langer.

A irradiação biótica no período do surgimento dos dinossauros, após a extinção entre o Permiano e o Triássico, moldou os padrões de biodiversidade atual. Foi o momento em que também apareceram sapos, tartarugas, mamíferos e as linhagens das aves, crocodilos e lagartos. “Novas descobertas sobre os dinossauros sempre ajudam, portanto, a explicar melhor como se estruturou a fauna que conhecemos hoje em dia”, afirmou Langer.

As buscas em solo gaúcho renderam ainda descrições de novos exemplares de tetrápodes do Triássico, como um rincossauro (Teyumbaita sulcognathus) e um rauisúquio (Decuriasuchus quartacolonia). O primeiro foi um quadrúpede baixo, alongado, que passava dos dois metros de comprimento na idade adulta e contava com uma estrutura dentária própria para mastigar vegetais, provavelmente sementes.

Já os rauisúquios eram os predadores de topo da época, comparáveis, em termos de papel na cadeia alimentar, com os leões e os tigres atuais. “Alguns passavam de cinco metros de comprimento. Pertenciam à linhagem dos crocodilos e conviveram com os dinossauros – que no início não eram tão grandes e provavelmente serviram de presas para os rauisúquios”, explicou Langer.

Hiato de Olson

O projeto envolveu outros cinco docentes e ao menos 15 alunos de instituições parceiras: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e Universidade Federal do Piauí (UFPI). Os esforços investigativos seguem em frente, com o estudo do material coletado. Ao longo dos próximos anos, isso permitirá traçar novas relações de parentesco e preencher lacunas no registro fóssil das espécies.

Os conhecimentos obtidos a partir de então podem contribuir, de modo especial, com o preenchimento do chamado Hiato de Olson, o período que se estende de 270 a 265 milhões de anos atrás (dentro do Permiano), em que registros fósseis são mais escassos.

“Não existe um motivo conhecido e aceito de forma consensual para tal escassez. Pode ser somente pela escassez de rochas dessa idade”, disse Langer. Todos os dados recuperados ao longo da pesquisa são inseridos no Sistema Lund (www.lund.fc.unesp.br/lund), banco de dados on-line para a catalogação de fósseis, o primeiro do tipo no Brasil. Langer já havia se debruçado sobre fósseis do período Triássico no Rio Grande do Sul em seus projetos de mestrado (1996) e doutorado (2001). Nos anos seguintes, passou a estudar também os depósitos do período Permiano nos estados de São Paulo e Paraná. Com o estudo sobre o Permo-Triássico concluído, o próximo passo do pesquisador será seguir acrescentando peças ao quebra-cabeça evolutivo, agora a partir do estudo de fósseis específicos do Triássico-Jurássico. 



fonte:
http://agencia.fapesp.br/17103

Museu de Inhotim é destaque no Jornal Nacional



Um dos mais importantes centros de arte contemporânea do mundo e que tem o patrocínio master da Vale foi destaque do Jornal Nacional, da Rede Globo, na segunda-feira, dia 1º. Inhotim, que fica em Minas Gerais (Brasil), oferece um grande conjunto de obras de arte, expostas a céu aberto ou em galerias temporárias e permanentes, situadas em um Jardim Botânico.

O paisagismo teve a influência inicial de Roberto Burle Marx (1909-1994) e em toda a área são encontradas espécies vegetais raras, dispostas de forma estética, em terreno que conta com cinco lagos e reserva de mata preservada.

O acervo artístico abriga mais de 500 obras de artistas de renome nacional e internacional, como Adriana Varejão, Helio Oiticica, Cildo Meireles, Chris Burden, Matthew Barney, Doug Aitken, Janet Cardiff, entre outros. O Inhotim se diferencia de outros museus por oferecer ao artista condições para a realização de obras que apenas em seu parque poderiam ser construídas.

Em uma área de 97 hectares, o Jardim Botânico conta com diversas coleções botânicas entre as quais se destacam a de Aráceas, uma coleção de orquídeas da espécie Vanda, com 350 indivíduos de diferentes espécies. Há também uma das maiores coleções de palmeiras do mundo com mais de 1.400 espécies.
Visitação

Inhotim fica no município de Brumadinho (Rua B, 20). O funcionamento é de terça a sexta das 9h30 às 16h30. Sábado, domingo e feriado é de 9h30 às 17h30. A entrada é gratuita na terça-feira. Quarta e quinta custa R$ 20. O ingresso para visitas sexta, sábado, domingo e feriados custa R$ 28. O telefone para informações é (31) 3571-9700. O e-mail é info@inhotim.org.br

Sapatos de Bento XVI são expostos em museu de Granada



O papa emérito Bento XVI doou seus famosos sapatos vermelhos à Ordem Hospitaleira São João de Deus e agora o par está exposto no museu da instituição, conhecido como Casa de los Pisa, em Granada, na Espanha.

O diretor do museu, Francisco Benavides, explicou à Agência Efe que dessa maneira a instituição exibe um dos símbolos papais mais emblemáticos, os sapatos cor cereja usados por Bento XVI durante seu pontificado.

O calçado chegou a Granada depois que o papa emérito o presenteou ao diretor de Farmácia do Vaticano, Rafael Cinzento, da Ordem Hospitaleira São João de Deus, como forma de agradecimento.

"Ofereceu os sapatos antes de abandonar o Vaticano, mas não chegaram a Granada até sexta-feira passada porque ninguém queria se arriscar a enviá-los pelo correio", disse Benavides.

Bento XVI escolheu os sapatos vermelhos para representar o poder papal, já que o vermelho era reservado a imperadores e simbolizavam além disso a cor do sangue que derramaram os mártires da fé.

"Junto aos sapatos de Bento XVI estão também os dados por Bento XV em 1912, um símbolo que João Paulo II e o atual papa não adotaram", afirmou Benavides.

Os sapatos vermelhos foram feitos artesanalmente pelo sapateiro romano Adriano Stefanelli e dentro está gravado o nome de seu pai, Antonio.

O presente do papa emérito ficará na Casa de los Pisa e será exposto junto a várias peças de outros papas em uma coleção permanente.

O museu Casa de los Pisa tem um acervo bibliográfico e documental de grande valor, além de coleções artísticas, a maioria dos séculos XVI ao XX. O espaço recebeu no ano passado mais de 38.800 visitantes.

O centro pertence à Ordem Hospitaleira de São João de Deus, instituição com 500 anos de história, com presença nos cinco continentes e dedicada a obras sociais. 


fonte:
http://diversao.terra.com.br/arte-e-cultura/sapatos-de-bento-xvi-sao-expostos-em-museu-de-granada,ecaa358b04fed310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

Museu dedicado aos Abba abre em maio



Em maio inaugura em Estocolmo um museu integralmente dedicado ao legado do grupo sueco que vai apresentar objetos pessoais, recriar espaços míticos e propor experiências.







O projeto do museu dedicado aos Abba, em Estocolmo







Imagine-se numa sala de museu com um piano pela sua frente. Se a luz vermelha a seu lado desatar a piscar e o piano começar a tocar quer isso dizer que, nesse mesmo instante, no estúdio que tem em sua casa, Benny Andersson, um dos quatro ex-elementos dos Abba , está sentado ao seu próprio piano, tocando as mesmas notas que ali o visitante estará a escutar em simultâneo.



Este é um dos vários exemplos de interatividade que vão habitar a exposição permanente que, a partir do dia 7 de maio, abre as portas no Abba : The Museum, um espaço em Djurgaden, na zona este de Estocolmo que promete ser um dos novos polos turísticos da capital sueca.



Neste momento em plena contagem decrescente para a abertura do museu, com o edifício ainda em obras de montagens do espaço expositivo, o museu é já centro de atenções no aeroporto da cidade onde (como relatou uma recente reportagem da BBC) estão expostos alguns dos objetos que integrarão a coleção permanente do museu. Abba : The Museum (o próprio nome do espaço é uma alusão a Abba : The Album, título do disco que o grupo editou em 1977) promete - segundo o texto promocional cedido pelo museu - "fazer o visitante sentir que é o quinto elemento dos Abba ", simulando o que seria estar em palco com a banda, passar pelos Polar Studios onde gravaram os seus discos ou até mesmo ver como seria o seu aspeto se vestisse algumas das mais célebres roupas usadas pelos quatro músicos suecos.



As vozes dos quatro Abba - ou seja, Anni-Frid Lyngstad, Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Agnetha Fältskog - acompanharão o percurso pelas salas, recordando memórias nos audioguias que cada visitante levará consigo. "Vai ser como uma experiência documental baseada na música que convidará o visitante a ir ao palco e aos bastidores", diz num press release de Abba : The Museum o próprio Björn Ulvaeus, que tem acompanhado pessoalmente a preparação do museu e a montagem da exposição.



À entrada, o visitante será recebido por um filme criado por Jonas Akerlund (cineasta sueco que assinou telediscos para nomes como os de Madonna, Lady Gaga ou Smashing Pumpkins). Segue-se uma recriação do Gambley Folkets Park (que evoca o início da carreira dos quatro músicos em finais dos anos 60) e, logo depois, um módulo dedicado à participação (e triunfo) dos Abba no Festival da Eurovisão de 1974, quando fizeram de Waterloo o seu primeiro êxito à escala global. O museu recria a cabana na ilha de Viggsö onde muitas das canções foram compostas, o escritório do manager Stig Andersson, a oficina de alfaiataria de Owe Sanstörm, a cozinha da casa de Björn e Agnetha e os míticos estúdios Polar.


fonte:
http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=3157243&seccao=M%FAsica

Em imagens: Tradicional museu holandês prepara reabertura

O museu estatal holandês Rijksmuseum, em Amsterdã, prepara sua reabertura após uma década de restaurações. O museu fechou as portas em 2003, como parte de um projeto de restauração e modernização que custará 375 milhões de euros.
Após a gala de abertura, o primeiro dia de visitação será gratuito. Depois, os diretores preveem a vinda de mais de 2 milhões de visitantes anuais ao local, que deve voltar a ser um dos museus mais importantes da Europa.

Os olhos dos visitantes são atraídos tanto pelas obras dos grandes mestres quanto pelos tetos e pilares decorados da galeria, que abriga mestres como Rembrandt, Vermeer, Jan Steen e Frans Hals.

Um dos destaques do museu é Ronda Noturna, de Rembrandt. A gigantesca pintura barroca é o único trabalho a ser mantido em seu local original no Rijksmuseum.

fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2013/04/130409_galeria_rijksmuseum_pai.shtml