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domingo, 28 de abril de 2013

Patrimônio cultural é resgatado

Programa Rumo aos Museus visita municípios das região Sul do Estado resgatando valores

Crato. A terceira edição do Programa Rumo aos Museus continua a ser realizado na região do Cariri. O projeto que é feito pelo Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB), em parceria com Associação de Produtores Culturais da Oficina Casa do Alto, vai percorrer vários roteiros de visitação até fim deste ano.

Objetivo do projeto itinerante é trabalhar a desconstrução do conceito de museu enquanto depósito de coisas antigas, como é feito em Exu (PE) FOTO: YAÇANÃ NEPONUCENA
Ao todo, seis espaços de patrimônio cultural terão programação. No Ceará, os municípios de Juazeiro do Norte, Barbalha, Potengi e Crato irão receber a ação. Já no estado de Pernambuco, apenas a cidade de Exu vai ser agraciada. Outros locais de memória estão sendo mapeados para que possam ser incluídos nas dinâmicas.

Com o objetivo de incentivar a população a conhecer o patrimônio cultural existente na região do Cariri e instigar a valorização e a necessidade de preservá-lo, o Programa Rumo aos Museus visa elaborar e estruturar a educação patrimonial.

Cerca de dez profissionais das áreas de gestão, produção e educação cultural fazem as atividades de mediação. Inicialmente, o roteiro começou pela cidade de Potengi, onde foram abordados os espaços da Oficina dos Ferreiros, onde diversos trabalhadores desenvolvem ofício de ferreiro e produzem peças de forma completamente artesanal. A equipe também passou pelo Museu a Invenção do Sertão, que é um local onde está agregada a produção do mestre flandeiro, Francisco Dias de Oliveira, um agricultor, popularmente conhecido como seu Fraçuli, que em uma pequena oficina fez nascer uma frota de aeronaves.

O programa tem a intenção de sensibilizar as experiências individuais e coletivas de conhecimento do patrimônio local. A partir das vivências com o passado, desperta a compreensão do tempo presente e auxilia no desenvolvimento da identidade cultural da população regional.

Inscrições gratuitas

O público alvo da ação é formado, em grande maioria, por estudantes universitários que cursam história, jornalismo e artes visuais, além de jovens com idade média de 15 anos.

As inscrições para o projeto já estão abertas e podem ser feitas na recepção do CCBNB de Juazeiro do Norte, de forma completamente gratuita. Para o translado até o local de visitação haverá um ônibus especial disponível e suporte de material didático, que dará aos participantes informações prévias sobre a história e o contexto sociocultural do ponto escolhido.

Os roteiros iniciam-se sempre no turno da tarde. Já no próximo mês, outros locais como os engenhos de cana-de-açúcar, Colina do Horto, museus, memoriais e as fazendas Araripe e Caiçara deverão receber o programa. A meta é trabalhar a desconstrução do conceito de museu enquanto depósito de coisas antigas. Para isso, os mediadores do projeto irão gerar informações sobre os acervos e exposições, no sentido do abranger o contexto histórico e cultural.

Engajamento

A expectativa é que cada itinerário envolva cerca de 50 pessoas. No ano passado, a ação contemplou 350 participantes.

Para a idealizadora e curadora do projeto, Regivânia Rodrigues Belisário, a realidade cultural da região do Cariri é abrangente, contudo, falta educação patrimonial. "A educação patrimonial tem a capacidade de desenvolver a identidade cultural dos indivíduos e a de dar mais propriedade para a transformação de sua própria realidade. Apesar de termos vários equipamentos, a região necessita de investimento neste setor", revela.

Ela diz ainda que é preciso haver um olhar sensível ao trabalho de mediação. O projeto do Programa Rumo aos Museus nasceu a partir do edital de novas ideias do CCBNB ainda em 2011 e tomou proporções maiores. Depois de um ano, a instituição agregou a ação a sua programação cultural.

Mais informações
Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB)
Rua São Pedro, 337, Centro
Juazeiro do Norte
Telefone: (88) 3512-2855

YAÇANÃ NEPONUCENAREPÓRTER 

fonte:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1261132

Museu de Mineração atrai visitantes a Bochum


A era da extração de carvão na Alemanha deixou vestígios, entre eles o Museu da Mineração, o maior do mundo do gênero. Localizado em uma antiga mina, ele propicia ao visitante um percurso pela história do setor no país.
Já de longe o Museu Alemão de Mineração (DBM, na sigla original), localizado em Bochum, no oeste do país, destaca-se na paisagem por sua presença imponente. O prédio de tijolos à vista foi construído seguindo à risca o estilo dos anos 1930.
Sobre ele, há uma torre deextração: é o primeiro monumento à indústria do Vale do Ruhr, antiga região de exploração de carvão no país. A torre vem da mina Germania, na vizinha cidade de Dortmund, cujas atividades foram cessadas no início dos anos 1970.
O Museu da Mineração é, com seus 13 mil metros quadrados de espaço de exposição, o maior do gênero no mundo. Além disso, a instituição é, com seus aproximados 380 mil visitantes por ano, um dos museus mais procurados no país.
2,5 quilômetros de galerias subterrâneas
Uma das principais atrações do museu não é, de início, visível: a uma profundidade de 17 a 22 metros, está localizada uma mina completa, aberta à visitação. São mais de 2,5 quilômetros de galerias subterrâneas que podem ser percorridas. A extração do carvão começou já em 1936, explica Eva Koch, funcionária do museu.
Um elevador leva o visitante a esse mundo subterrâneo. "Uma coisa como essa não seria hoje financiável", completa Koch. Ou seja, o Museu da Mineração conserva, desta forma, um verdadeiro tesouro histórico, que faz dele único do gênero no mundo.
Ao chegar a seu destino debaixo do solo, o visitante já sente a queda da temperatura e a umidade do ar. A temperatura difere da de minas verdadeiras: nessas, a partir de 25 metros de profundidade, a temperatura sobe 3 graus Celsius a cada 100 metros. A mais de mil metros, os mineiros suavam consideravelmente.
Material proveniente de minas reais
Objetos utilizados em décadas passadas estão expostos ao público
A não ser a temperatura, tudo o mais na mina convence o visitante de que ele está numa mina real. A funcionária Eva Koch conduz os visitantes por um túnel. No chão, há trilhos para vagões de carga. As paredes do túnel têm tábuas de madeira, presas com vigas de metal. 
"Tudo o que você vê aqui vem de minas reais, em sua maioria desativadas", explica Koch. Toda função importante dentro de uma mina está ali representada. Uma das seções, por exemplo, é dedicada à extração de minério de ferro.
No setor seguinte, é possível tocar no maquinário de extração de carvão datado da década de 1930. "Somos um museu interativo", diz a funcionária. Muitas máquinas podem ser colocadas em atividade pelos visitantes, provocando um ruído estrondoso, o que mostra as dificuldades inerentes ao trabalho na mineração.
Referências a trabalho árduo
"Ex-mineiros que veem isso ficam geralmente sensibilizados", conta Koch. "Para a maioria deles, era um emprego sério, no qual investiam todas as forças e emoções. Quando eles chegam aqui embaixo, vão se lembrando das histórias vividas, o que os deixa comovidos", relata a funcionária. Os mineiros tinham até mesmo uma forma peculiar de se cumprimentarem, com a expressão Glück auf, um desejo de boa sorte. Pouco a pouco a mina, seus arredores e maquinário, vão se tornando cada vez mais modernas. Todas as máquinas podem ser tocadas e em parte acionadas pelos visitantes.
Museu é também centro de pesquisa
A visita guiada pelas galerias dura em torno de uma hora, sendo que alguns dos guias são ex-mineiros. O leque de visitantes, conta Koch, é variado. O museu, segundo ela, não recebe apenas pessoas habituadas a visitar museus convencionais, mas também ex-trabalhadores da mineração, grupos de escolares e visitantes dos mais diversos perfis. Aproximadamente 5% vêm de fora da Alemanha.
Galerias subterrâneas em Bochum
O Museu Alemão da Mineração é ao mesmo tempo um renomado centro de pesquisa sobre história da extração mineral e membro da comunidade de pesquisas Leibniz. Uma série de simpósios e palestras atrai um alto número de pesquisadores ao local.
Depois da visita aos subterrâneos, o visitante que não tem problemas de vertigem é convidado a visitar a torre de extração. O cavalete em metal de 60 metros de altura oferece uma ampla vista sobre Bochum – a "pérola" da região, como diz Eva Koch.
Exposição em 20 saguões
Até aí, os visitantes só conseguiram ver uma parcela mínima de tudo o que o museu oferece. Em 20 saguões, estão expostos os mais diversos objetos, desde os relacionados à construção das galerias até os usados na obtenção e utilização de matéria-prima. Em torno do tema mineração, há desde mostras de lâmpadas usadas nas minas até objetos de decoração e de porcelana, por exemplo.
Uma coleção mineralógica é composta de minerais, minério de ferro e fósseis. E uma coisa é certa: quem vai até o Museu Alemão de Mineração, deve levar muito tempo. "Os visitantes muitas vezes nos perguntam quanto tempo vai demorar para percorrer o museu. Respondemos sempre muito cordialmente: por volta de duas semanas", brinca a funcionária Eva Koch.
Autora: Sola Hülsewig (sv)
Revisão: Roselaine Wandscheer

DW.DE




fonte:
http://www.dw.de/museu-de-minera%C3%A7%C3%A3o-atrai-visitantes-a-bochum/a-16773373

Museu em Nurembergue é dedicado à cultura alemã


Os exemplares expostos no Museu Nacional Germânico vão de peças da Idade do Bronze até as contemporâneas. Arte, ciência e objetos cotidianos constituem o acervo do maior museu de história da cultura de toda a Alemanha.
A ideia de fundar o museu surgiu há aproximadamente 160 anos, quando o barão Hans von und zu Aufsess resolveu criar um espaço em Nurembergue que reunisse e expusesse testemunhos da cultura e história das "regiões alemãs". No século 19, compreendia-se como "alemães" os territórios nos quais se falava o idioma, como por exemplo a Silésia e a Pomerânia e a área próxima a Gdansk – hoje na Polônia.
O Museu Nacional Germânico tem atualmente características modernas, sendo que suas exposições de maior porte estão sempre ligadas a projetos de pesquisa. Ali estão expostos originais dos primórdios da história até os dias de hoje – desde um cone de ouro da Idade do Bronze até o terno de feltro feito pelo artista Joseph Beuys (1921-1986).
Mosteiro de cartuxos e fórum
O saguão de recepção do museu, aberto e moderno, possui áreas de serviço e uma livraria, que remetem o visitante ao século 21, para depois arrastá-lo com poucos passos de volta ao passado, mais precisamente até o século 14: uma igreja, um claustro e um mosteiro da ordem dos cartuxos constituem o cerne do museu, que abriga hoje grande parte das exposições.
No claustro, painéis afixados nas paredes expõem as regras da vida dos monges cartuxos; do outro lado, lápides lembram nobres e eclesiásticos da cidade. Pequenas plaquinhas apontam para o caminho às salas vizinhas de exposição.
Mostra de arte no Museu Nacional Germânico
Do mundo dos mosteiros da Idade Média, o visitante cai diretamente no século 20. Andrea Langer, diretora cultural do Museu Nacional Germânico, conta como o prédio foi sendo ampliado no decorrer dos séculos. O saguão de entrada foi construído por volta do ano de 1900, em estilo neogótico, sendo hoje usado como entrada secundária.
Em 1993, o grupo de arquitetos de Hamburgo ME DI UM projetou a atual entrada principal do museu – uma construção aberta, arejada, com uma fachada transparente, que harmoniza perfeitamente com a arquitetura do mosteiro medieval.
Também em 1993, o escultor israelense Dani Karavan inaugurou sua Rua dos Direitos Humanos – obra constituída de um portão e 27 pilares arredondados de concreto branco, nos quais estão incrustados os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos em diversas línguas. A rua liga o Kornmarkt ao muro que circunda a cidade. "Aqui também há uma arquitetura interessante de exposições para ver, que vai do século 14 até hoje", diz Langer.
Museu de enormes proporções
"É fácil se perder dentro deste complexo tão amplo", observa uma visitante, explicando que por isso escolheu previamente o que gostaria de visitar. As exposições possibilitam, de fato, uma visão dos quatro séculos de história e história da arte.
Área do museu: antigo mosteiro
Somente no andar térreo, há oito salas dedicadas aos primórdios da história, com objetos singulares, como por exemplo uma pedra de cerca de 120 mil anos e um cone de ouro suntuosamente ornamentado (usado para cobrir a cabeça de um padre na Idade do Bronze, datado do século 11 a.C.). Frente a esses objetos, um capacete romano usado por volta de 150 d.C. em paradas militares chega a parecer um objeto "recente".
Um andar acima, o visitante se depara com um dos destaques do museu: em 30 salas, há obras de arte e cultura do Renascimento até o Iluminismo. Deste acervo fazem parte pinturas de Dürer, Lucas Cranach, o Velho, e Rembrandt, além de peças artesanais, objetos domésticos, instrumentos musicais e tecidos, além de joias.
A pequena seção vizinha, dedicada à moda, inclui desde roupa de natação até vestidos de gala e chapéus extravagantes, que eram usados na Alemanha entre o séculos 18 e 20. E, no andar superior, encontramos arte, moda e objetos cotidianos do século 20.
Ali há bules de chá com design de Marianne Brandt; uma máquina de café do ano de 1935; modelos de bolsas de mão dos anos 1950 até as esculturas de bronze de Hans Arp – no mais tardar neste momento, o visitante terá chegado ao presente depois de ter conhecido apenas uma pequena parte do Museu Nacional Germânico. E muitos dos visitantes deixam o local pretendendo voltar, para ao menos verem mais uma parte do acervo.
Centro interdisciplinar de pesquisa
"O Museu Nacional Germânico tem por tarefa não apenas resguardar a arte a cultura dos países de língua alemã, mas também pesquisá-las e apresentá-las ao visitante", explica Langer. O museu reúne diversas disciplinas, com destaque para a Idade Média tardia e para o início da Idade Moderna. As exposições permanentes são dedicadas a Renascimento, Barroco e Iluminismo.
Saguão de entrada do museu
"A grande vantagem desta casa é que, em função da diversidade de disciplinas científicas, são desenvolvidos tópicos interdisciplinares de pesquisa. No momento, está sendo conduzido, por exemplo, um projeto intitulado 'Caminhos rumo à Modernidade'. Trata-se de todo século 19, que abarca disciplinas diversas como história da arte, história, etnologia, design, música. De cada uma delas há especialistas que têm algo a contribuir", completa Langer.
O Museu Nacional Germânico faz parte da Comunidade Leibnitz, na qual trabalham 86 instituições científicas, que realizam pesquisas de base. Entre elas estão os "museus voltados para a pesquisa", ou seja, o Museu Alemão (Deutsches Museum), em Munique; o Museu da Navegação, em Bremerhaven, e o único museu histórico-cultural da Alemanha: o Museu Nacional Germânico em Nurembergue.

DW.DE




fonte:
http://www.dw.de/museu-em-nurembergue-%C3%A9-dedicado-%C3%A0-cultura-alem%C3%A3/a-16770501