A instituição, subvencionada com 1,7 milhão de euros
pelo Estado austríaco, expõe os horrores vividos pelas cerca de 200 mil
pessoas que viveram no local entre 1938 e 1945. Mais de 90 mil destes
indivíduos morreram após serem presos em Mauthausen ou em um de seus 52
campos satélites por sua origem judaica ou por seus ideais políticos e
sociais. As vítimas procediam de dezenas de países, entre elas cerca de 7
mil republicanos espanhóis, que morreram nas câmaras de gás ou pelos
maus-tratos sofridos nas mãos dos nazistas.
A inauguração do novo museu foi liderada pelo presidente
da Áustria, Heinz Fischer, que estava acompanhado da cúpula do governo
austríaco. Além disso, participaram da cerimônia os presidentes da
Polônia, Hungria e Sérvia, assim como a ministra da Justiça de Israel,
Tzipi Livni, que esteve acompanhado de seu sogro, um sobrevivente de
Mauthausen.
O novo museu inclui a Sala dos Nomes, com os dados
pessoais de 81 mil das 90 mil vítimas do campo, reunidos por vários
pesquisadores em quinze anos de trabalho. A instituição também apresenta
uma explicação histórica sobre o dia a dia no campo, 130 objetos
originais e trinta entrevistas gravadas em vídeo com sobreviventes do
horror nazista.
Aproximadamente 200 mil pessoas visitam todos os anos o
campo de Mauthausen para aprender e conhecer o que ocorreu no lugar, que
funcionou entre agosto de 1938 e 5 de maio de 1945, quando foi
libertado por tropas americanas.