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terça-feira, 11 de junho de 2013

Projeto quer decifrar Egito antigo na rede

Iniciativa de crowdsourcing envolve universidade de Oxford e criou ferramenta online para traduzir papiros





SÃO PAULO – Um projeto da Universidade de Oxford, na Inglaterra, e de entidades pesquisadoras do Egito antigo está convocando pela internet voluntários para traduzir papiros. Não é necessário conhecimento prévio do tema, apenas seguir um tutorial e usar uma ferramenta, ambos criados pelo projeto.

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A iniciativa de crowdsourcing se chama Ancient Lives (“vidas antigas”) e os documentos são do período greco-romano do Egito. Através da ferramenta, o usuário pode relacionar as letras de um papiro escaneado com as letras de um alfabeto greco-romano disposto logo abaixo da imagem. Uma vez finalizada a tradução, ela pode ser salva e enviada. A equipe do projeto irá revisar todas as traduções.

“Depois que todas as transcrições forem coletadas digitalmente, poderemos combinar inteligência humana e computacional para identificar os textos e documentos mais rapidamente do que antes.

Ferramenta de tradução do projeto Ancient Lives FOTOS: Reprodução

Os papiros fazem parte do maior acervo de documentos do Egito antigo existente, descoberto em 1897 na cidade de Oryrhynchus. A quantidade de material no local era tão grande que ajudou a fundar um estudo específico, a papirologia.

Desde então, acadêmicos têm se dedicado a decifrar o material. Passados quase 120 anos, só uma pequena parcela estaria traduzida. Com o projeto, a universidade espera acelerar o processo ao permitir que “profissionais processem grandes lotes de dados a qualquer momento”.

fonte:
http://blogs.estadao.com.br/link/projeto-de-papiros-egipcios/

Aprovado projeto que destina a museus bens de valor cultural apreendidos ou abandonados


A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (4) projeto que cria mecanismos para a destinação adequada de bens de valor cultural, artístico ou histórico apreendidos pela Receita Federal, cedidos à União como pagamento de dívidas ou que tenham sido abandonados. O objetivo é tornar esse acervo disponível à sociedade, por meio da rede de museus do país.
Com origem na Câmara dos Deputados, a proposta (PLC 97/2011) prevê que a guarda e a administração dos bens seja concedida a museus federais, estaduais ou municipais. Também admite a possibilidade de entrega de bens a museus privados, desde que não tenham fins lucrativos e integrem o Sistema Brasileiro de Museus.
A proposta recebeu decisão terminativa. Assim, deverá seguir agora para a fase de sanção presidencial, a menos que seja apresentado recurso para que a decisão final seja em Plenário.
Notificação
Apresentado à Câmara pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), o projeto ainda estabelece que a Administração Federal e a Justiça Federal devem notificar o órgão da União responsável pela gestão dos museus sobre a disponibilidade dos bens referidos, a cada novo ingresso.
Além de se manifestar sobre se há interesse na manutenção da obra como parte do patrimônio da União, esse órgão também deve se pronunciar sobre o museu que deverá ficará com a guarda da obra.
A relatora do projeto, senadora Lídice da Mata (PSB-BA), apresentou apenas emendas de redação ao texto. A seu ver, a proposta possui o mérito de criar uma sistemática de comunicação e deliberação sobre os bens, desde a notificação de sua disponibilidade, a cada ingresso, até a destinação final.


Senadora Lídice da Mata (PSB-BA) relatou o projeto


fonte:

Paraná apresenta projeto pioneiro para gestão de acervos museológicos





O Governo do Paraná vai ampliar o acesso aos acervos de museus, que poderão ser pesquisados pela internet. A Coordenação do Sistema Estadual de Museus, da Secretaria de Estado da Cultura, apresentou quinta-feira (6), no XII Encontro Nacional de Usuários da Rede Pergamum, a plataforma tecnológica Pergamum Museus, desenvolvida em parceria com a Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR).

O projeto, inédito no país, trata a gestão dos acervos museológicos do Estado de maneira sistêmica, integrada e padronizada. A nova base de dados unificada contempla diversas tipologias de acervos e permitirá a democratização do conhecimento e ampliação de pesquisas sobre o patrimônio museológico do Paraná.

Diretores e técnicos de universidades e museus participaram do encontro, que marcou a apresentação do projeto-piloto do software implantado no Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu Paranaense, Museu Alfredo Andersen, Museu do Expedicionário, Museu da Imagem e do Som, Museu Municipal de Arte, Museu da Fotografia Cidade de Curitiba e Museu da Gravura Cidade de Curitiba. Alguns espaços em São José dos Pinhais, Londrina, Maringá, Toledo, Cascavel e Irati também integram a rede-piloto.

O lançamento oficial do projeto será feito no Encontro Estadual de Museus, no segundo semestre. “Esta ação faz parte do projeto Museus Paraná, plano gestor museológico, elaborado com o objetivo de organizar e potencializar as instituições museológicas do Estado, fortalecer o Sistema Estadual de Museus e promover a descentralização da cultura”, explica a museóloga Karina Muniz Viana, da Secretaria do Estado da Cultura.

PROJETO – O Pergamum é um software criado há mais de 15 anos. O sistema possui as principais funções de atendimento de uma biblioteca, facilita a gestão dos centros de informação e é usado por diversas instituições nacionais e internacionais. A parceira entre Secretaria de Estado da Cultura, Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e Pontifícia Universidade Católica (PUC), há dois anos vem sendo desenvolvido o software para a gestão dos acervos museológicos.

O Paraná é o primeiro estado a ter esse sistema implantado. “A ideia é fazer com que os museus tenham um software que os possibilite gerenciar seu acervo. O Paraná será modelo para o país”, afirma o coordenador do Sistema Pergamum, Marcos Rogério de Souza.

Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em:


Museu terá verba para 'traduzir' obras para cegos e surdos


Os museus de São Paulo vão dispor de uma verba de R$ 1,2 milhão para tomarem medidas que possibilitem que visitantes com deficiência visual e auditiva consigam explorar seus acervos de maneira mais completa.
O dinheiro vai poder ser usado na implantação de recursos de comunicação em acervos temporários ou de longa duração.
Pessoas cegas, por exemplo, precisam de audiodescrição (recurso que narra com detalhes uma situação, objeto ou cena) ou imagens em relevo para terem uma melhor compreensão de uma obra.
Os surdos podem precisar de um intérprete de libras --língua brasileira de sinais-- ou de legendas para entenderem com mais desenvoltura determinada exibição.
A medida faz parte do programa de incentivo à cultura da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.
Jorge Araújo/Folhapress
O deficiente visual Olavo de Barros interpreta obra em relevo na Fundação Dorina Nowill
O deficiente visual Olavo de Barros interpreta obra em relevo na Fundação Dorina Nowill
Vão ser escolhidos 12 projetos que serão contemplados com verbas que variam de R$ 75 mil a R$ 137,5 mil. Pelo menos quatro deles devem ser do interior ou do litoral.
Os museus que tiverem suas iniciativas aprovadas vão ter de dar uma "contrapartida social" ao governo, como garantia de ingressos gratuitos para idosos ou ações específicas para esse público, entre outras iniciativas.
Para advogada Thays Martinez, a primeira pessoa cega a garantir acesso ao metrô de São Paulo com um cão-guia, a medida é importante, "desde que seja bem realizada".
"É preciso ter muito critério na seleção desses projetos para que eles sejam mesmo úteis. Há casos em que oportunistas pegam o dinheiro público e, em troca, oferecem um recurso precário que não ajuda ninguém."
De acordo com a secretaria, os projetos serão avaliados por um grupo de especialistas do segmento.
As inscrições podem ser feitas até 19 de julho pelo site www.cultura.sp.gov.br.
O Museu de História da USP concluiu anteontem, após dois meses, uma reforma de acessibilidade.

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Buenos Aires dedica museu ao Papa Francisco




A Catedral de Buenos Aires inaugurará em julho próximo o Museu “Cardeal Jorge M. Bergoglio”, com uma mostra em homenagem ao Papa Francisco.


A exposição terá objetos e ornamentos utilizados por Francisco durante os 15 anos de seu ministério pastoral na capital argentina, onde nasceu.


Um dos objetos mais apreciados que estarão na exibição é o anel que o distinguia como cardeal e que decidiu doar à Catedral Metropolitana como recordação.


O museu se encontra dentro do templo metropolitano, diante da Praça de Maio, em um dos salões à esquerda da nave central da principal Igreja Católica da Argentina.


Desde que Bergoglio foi eleito Papa, a Catedral Metropolitana de Buenos Aires se transformou em atração turística para os fiéis que chegam de diversas partes do mundo e que a partir de agora poderão visitar também o museu.


O setor do turismo em Buenos Aires teve um incremento com a eleição do Cardeal Jorge Bergoglio para o Pontificado. A prefeitura lançou no mês passado o chamado “Papatour”, uma turnê que inclui a casa de nascimento do Papa Francisco e paradas em nove bairros de Buenos Aires onde ele viveu e realizou seu trabalho pastoral como arcebispo e cardeal.

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Museu da Imagem e do Som do Amazonas recebe 116 novos títulos


'007 – Operação Skyfall' e 'As Aventuras de Pi' estão entre as aquisições.
Grandes clássicos do cinema também são inclusos na lista do museu.


Cena do filme 'A vida de Pi', de Ang Lee (Foto: Divulgação)'As aventuras de Pi', de Ang Lee, está entre as novas aquisições do Misam, em Manaus (Foto: Divulgação)
A cada três meses novos títulos são adquiridos pelo Museu da Imagem e do Som do Amazonas (Misam). Já com um vasto material museológico, iconográfico, histórico e multimídia que documenta a Amazônia, o acervo do museu recebeu no mês de junho mais 116 filmes em DVD e Blu-Ray.

Dentre os filmes, encontram-se obras nacionais e estrangeira bem sucedidas nas bilheterias mundiais, como Gonzaga de Pai Pra Filho, 007 – Operação Skyfall, Mercenários, Piratas do Caribe 4 – Navegando em Águas Misteriosas e As Aventuras de Pi, entre outros.

De acordo com a diretora de Museus da Secretaria de Estado de Cultura, Nazarene Maia, a cada três meses são adquiridos novos títulos para o Misam, o que ajuda a renovar e modernizar o acervo do espaço. Com a nova incorporação, o museu passa a contar com 2.916 filmes e documentários.
Daniel Craig e Judi Dench em '007 - Operação Skyfall' (Foto: Divulgação/United Artists)'007 - Operação Skyfall' também foi adquirido pelo Misam, em Manaus (Foto: Divulgação/United Artists)
Segundo ela, as compras acontecem de acordo com a demanda dos visitantes, que indicam em pesquisas os filmes que têm interesse. Clássicos do cinema também são incluídos na lista de compras do museu.

Para a diretora do museu, o local difere de outros museus, pois tem um trabalho sociopedagógico e voltado aos serviços de acervo de som e imagem. O espaço possui computadores conectados à Internet, que permitem aos usuários fazerem pesquisas institucionais e educacionais durante 30 minutos por dia cada um.
Espaço possui computadores conectados à Internet, que permitem pesquisas institucionais e educacionais (Foto: Divulgação/SEC)Espaço possui computadores conectados à Internet,
que permitem pesquisas (Foto: Divulgação/SEC)
No Museu também são desenvolvidas as atividades museológicas, que contam com três exposições permanentes sobre o Cineteatro Guarany, o cineasta Silvino Santos e as Máquinas Fotográficas ao longo do tempo.

Em 2012, o Misam recebeu 25.185 visitantes entre locais, turistas nacionais e estrangeiros e estudantes. Desses, 6.030 se interessam em fazer consulta e pesquisas no acervo de vídeo, DVD, blu-ray, CD-áudio,  CD-ROM, Internet, sala de TV, vinil, livros e cassete.

Histórico
Inaugurado no ano 2000, o objetivo do Misam é resgatar, pesquisar, coletar, conservar e divulgar acervos que documentam a região amazônica através da imagem, do áudio e do vídeo. 

O Museu tem um acervo que conta com material sobre cinema, fotografia, música, televisão, rádio e outros tipos que fazem parte da tecnologia de artes visuais. As visitas são totalmente gratuitas e podem ser feitas de terça-feira a domingo, em horários diferenciados (terça/quarta: 9h-17h, quinta a sábado:9h-19h e domingo: 16h-20h).

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Com o quarto maior acervo do país, museu curitibano ganhou mil novas espécies de plantas com frutas e flores, algumas ainda não catalogadas pela ciência


Expedição rende bons frutos ao Museu Botânico




O herbário do Museu Botâ­­nico Municipal conquistou um saldo positivo da última expedição, iniciada no dia 12 de abril e finalizada na semana do Dia Mundial do Meio Ambiente. Após 23 dias de viagem pelos estados de Goiás, Bahia e Minas Gerais, a equipe de técnicos coletou mais de 10 mil exemplares de plantas que passaram a integrar o acervo, considerado o quarto maior do país. Desse número, foram identificadas mil espécies novas, algumas ainda nem catalogadas pela Botânica – um prato cheio para pesquisadores da área de ciências biológicas.

Realizadas de quatro a seis vezes por ano, as expe­­dições percorrem todo o Brasil e compõem o esforço pela ampliação do conhecimento científico no campo da Botânica.

O curador do herbário do Museu Municipal, Osmar Ribas, é o responsável pela coleção. “Faço algumas expedições. Em outras tenho que mandar a equipe. O curador é como se fosse um gerente da coleção toda, na parte científica”, explica.

Primeiramente, o pesquisador vai a campo, localiza e coleta o material, procurando conservar as estruturas reprodutivas, como os cabinhos com flores – eles servirão de base para que um especialista possa identificar a espécie. Na sequência, a coleta é posta em estufa, desidratada e costurada em folhas de cartolina. Por fim, as plantas são enviadas ao especialista e é separado um exemplar de cada espécie nova para o herbário.

Fundador

Falecido no dia 16 de abril deste ano, Gerdt Guenther Hatschbach foi considerado o maior botânico de campo do Brasil e um dos maiores do mundo. Referência nacional e internacional no assunto, Gerdt nasceu em 22 de agosto de 1923, em Curitiba. Formou-se em Química Industrial, em 1945, pela Universidade Federal do Paraná. Doutor Honoris Causa em Botânica, coletou mais de 82 mil plantas, entre elas cerca de 500 espécies novas para a ciência.

Em 1965, a convite do então prefeito de Curitiba Ivo Arzua Pereira, organizou o Museu Botânico Municipal exercendo a função de chefia – cargo que sustentou até a morte.

O biólogo Osmar Ribas, atual curador do herbário do Museu Municipal, conviveu por mais de 20 anos com Gerdt. “Ele sempre vai fazer muita falta. Mas o seu legado foi uma equipe muito bem treinada. Deixou, inclusive, pré-programados os roteiros que a gente deveria fazer. O maior medo dele era de que não houvesse continuidade e o herbário perdesse a funcionalidade”, comenta Osmar. “A equipe que está aqui pegou todo esse jeito dele. É uma equipe que tem brilho nos olhos e faz as coisas com amor”, completa o curador.





Tecnologia

Armazenamento eletrônico de dados facilita o trabalho de curadores

A modernização no gerenciamento dos museus herbários tem sido cada vez mais difundida, principalmente com a difusão das novas tecnologias. É o caso do Brahms – Botanical Research and Herbarium Management Systems –, um software de banco de dados para a pesquisa botânica. Curador do Parque da Ciência Newton Freire-Maia, em Pinhais, Rony Ristow explica que o sistema é uma ferramenta fundamental para o gerenciamento de coleções, e que existe uma equipe de pessoas fora do país atualizando a plataforma e criando novas versões.

“É um software específico para pesquisadores da área. Se você tem a planta seca, com a informação na etiqueta, sem o formato digital, o especialista é quem vai levar a informação ao público geral. E a partir do momento que esse processo é digital, isso é agilizado”, aponta Rony. O Parque da Ciência recebeu, nos últimos dias 3 e 4, uma oficina chamada destinada a curadores e técnicos de herbários sobre a ferramenta.

Para Silvia Venturi, bióloga funcionária do Herbário Flor, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o processo de transposição digital das informações é recente e está ocorrendo no mundo inteiro. “Nós tínhamos bibliotecas que funcionavam pelo sistema de fichinhas. Atualmente, todas têm sistemas digitais. O número de coletas pode ser uma informação extremamente rara, de uma espécie que foi extinta ou muito difícil de ver e coletar.”

A professora de Botânica da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Ana Odete Santos Vieira ressalta a relevância da disponibilização pública dos dados. “As pessoas passam a saber que determinadas áreas são de preservação. E o banco de dados pode ajudar na tomada de decisões em diferentes níveis de governo”, observa. Para ela, os políticos podem, por exemplo, ser influenciados a não iniciarem obras em locais onde há plantas raras. “Divulgar esses dados, o nome correto, é bastante importante”, completa Ana.