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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Museu do Holocausto homenageia primeiro árabe que salvou judeus

O museu do Holocausto de Jerusalém declarou, pela primeira vez, "justo entre as nações" um cidadão árabe, um médico que ajudou a salvar judeus durante o regime nazi de Adolf Hitler, informou hoje a entidade em comunicado.




Mohamed Helmy era um médico egípcio que viveu em Berlim durante a Segunda Guerra Mundial e que, com a ajuda de uma mulher alemã que também recebeu o mesmo título, ajudou a salvar uma família judaica do Holocausto.

Nasceu em Cartum em 1901 e morreu em Berlim em 1982 e é o primeiro árabe a receber o título com o qual o povo judeu homenageia pessoas de outras nacionalidades que prestaram auxílio aos judeus durante esse período de perseguição e genocídio.

De acordo com o comunicado, Helmy chegou à Alemanha em 1922 para estudar medicina, e depois trabalhou num instituto médico berlinense até 1937, ano em que foi despedido por ser árabe.

Perseguido pelo regime nazi e discriminado - não pode trabalhar no serviço médico alemão -, Helmy levantou a voz contra as políticas racistas nazis e acolheu uma família de judeus desde que começaram as perseguições em Berlim até ao fim da guerra.

"Era um bom amigo da família e escondeu-me numa cabana que tinha no bairro de Buch, em Berlim (...) a [polícia política] Gestapo sabia que Helmy era nosso médico (...) ele conseguiu eludir todos os interrogatórios e quando era preciso levava-me para a casa de amigos, onde podia ficar, apresentando-me como uma prima de Dresden", escreveu depois da guerra Ana Gutman, uma das pessoas que beneficiou da ajuda.

O médico também contribuiu para salvar outras três pessoas da família de Gutman, oferecendo assistência médica e proteção de vários amigos.

Em 1944, um dos três judeus foi capturado pelos nazis e no interrogatório contou que Helmy era quem os ajudava e escondia Ana Gutman. Nesta ocasião, o médico conseguiu também escapar à polícia nazi.

O caso de Helmy e de Frieda Szturmann, a alemã que o ajudava, chegou ao museu do Holocausto através de umas cartas encontradas recentemente no Senado de Berlim, ao qual a família Gutman tinha escrito nos anos 1950 e 1960 para dar a conhecer os seus salvadores.

O museu vai expor a medalha e o diploma de reconhecimento de Helmy, até encontrar descendentes do médico.

O título de "Justo entre as Nações" foi concedido, até agora, a cerca de 25.000 pessoas, incluindo aos portugueses Aristides de Sousa Mendes, cônsul de Portugal em Bordéus quando a Alemanha invadiu França, e a Carlos Sampaio Garrido, embaixador de Portugal em Budapeste entre 1939 e 1944.



fonte:
http://www.noticiasaominuto.com/cultura/111377/museu-do-holocausto-homenageia-primeiro-%C3%A1rabe-que-salvou-judeus#.UksnwPKrMtk

Fechamento de museus, parques nacionais e pontos turísticos como a Estátua da Liberdade.

Com fechamento do Estado americano, a Estátua da Liberdade poderá ser fechada para visitação Foto: Spencer Platt / GETTY IMAGES NORTH AMERICA




À meia-noite desta terça-feira (1h de Brasília), o ano fiscal americano termina e começa um período de incerteza: após um impasse entre deputados e senadores quanto ao orçamento para 2014, os Estados Unidos paralisarão a maior parte das agências federais.

O shutdown do serviço público, como é chamado, afeta funcionários públicos, serviços básicos como coleta de lixo, emissão de vistos e passaportes, entre outros. Parques nacionais, museus e até a Estátua da Liberdade devem fechar para visitação. A paralisação de serviços ocorre pela primeira vez desde 1996.

Também há o risco de que a paralisação atinja outros mercados financeiros, já que, sem a votação do orçamento, não será possível elevar o teto da dívida pública e evitar o calote do governo. O secretário do Tesouro, Jack Lew, projetou que, sem nova votação, a moratória pode ser decretada em 17 de outubro. Até lá, a secretaria tem margem para lidar com novos recursos.


Com a paralisação, mais de 800 mil servidores terão de ficar em casa, provocando o fechamento de museus, parques nacionais e pontos turísticos como a Estátua da Liberdade.

Na noite de segunda-feira, a uma hora do fim do prazo, a imprensa americana noticiava que a Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, deveria anunciar sua intenção de não votar novos projetos na próxima hora, diminuindo a chance de um acordo com o Senado, de maioria democrata, que esperava formar uma comissão de negociadores para ganhar mais tempo.


Deputados republicanos, instigados pelas alas mais conservadoras do partido, emperraram a aprovação de uma permissão para gastos federais, e incluíram uma condição à prorrogação dessa permissão até 15 de dezembro: atrasar em um ano o início da vigência do Obamacare, a nova Lei de Bases da Saúde, que começaria nesta segunda-feira. Quando faltavam 10 horas para o prazo expirar, os senadores rejeitaram a condição elaborada pela Câmara, e as negociações voltaram à estaca zero.

Em um apelo final, quando faltavam menos de sete horas para iniciar a paralisação, o presidente Barack Obama fez um pronunciamento na sala de imprensa da Casa Branca afirmando que os republicanos falharam em cumprir seu papel perante o povo, e descartou modificar a lei de saúde para negociar com o Congresso:


— A ideia de arriscar o progresso do povo americano, obtido a duras penas, é o cúmulo da irresponsabilidade e não precisa acontecer. Deixe-me repetir: não precisa acontecer. Tudo isso é inteiramente evitável.

Com a incerteza americana, as bolsas de valores registraram baixas. Wall Street encerrou com queda de 0,81% e a Bolsa de São Paulo (Bovespa) recuou 2,61%.


fonte:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2013/09/pela-primeira-vez-em-17-anos-eua-vao-paralisar-setor-publico-4286631.html