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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Crise no grupo de Eike Batista afeta museu na Praça da Liberdade

Instituto do Grupo EBX entrega espaço da Praça da Liberdade ao estado, que busca novo gestor


Novo administrador do Museu das Minas e Metal poderá ser uma mineradora


A crise no Grupo EBX, presidido pelo empresário Eike Batista, tem reflexos no Circuito Cultural Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O Instituto EBX, braço da holding para ações sociais e culturais e responsável pela gestão de manutenção do Museu das Minas e do Metal (MMM), não vai renovar o convênio com o governo de Minas para continuar à frente do equipamento inaugurado em 2010. “O museu não ficará fechado nenhum dia. Já estamos em entendimentos com outra empresa para, antes do fim do ano, assumi-lo”, disse ontem a secretária de Estado da Cultura, Eliane Parreiras. O custo mensal aproximado de manutenção do MMM, instituição com cerca de 40 funcionários, é de cerca de R$ 150 mil.

A secretária informou que, por força do convênio, o Instituto EBX fará o repasse ao estado de todos os acervos do MMM, estimados em R$ 30 milhões. Nesse valor, estão incluídos a restauração do prédio da antiga Secretaria de Estado de Educação, tombado pelo Iepha-MG, o capital intelectual de concepção e estratégia do espaço, com o nome e marca, know-how de operação e logística do museu, equipamentos, mobiliário, tecnologias, plataformas de web, acervos museológicos, entre outras benfeitorias.

O Instituto EBX ficará à frente do museu até 30 de novembro. “Estamos viabilizando uma nova parceria para a gestão do MMM. Até firmamos o convênio, vamos fazer o inventário dos bens da instituição e tomar outras providências”, afirmou. Ela ressaltou que, até novo empreendedor entrar em cena, o estado ficará responsável pelo museu. Fontes ouvidas pelo Estado de Minas revelam que o futuro gestor será um grupo mineiro também do setor de mineração.

A expectativa é de que o MMM comece dezembro sob nova chancela. “Até a transição, o governo de Minas garante a manutenção e pleno funcionamento do Museu das Minas e do Metal”, disse Eliane. Na sua opinião, a participação do Grupo EBX foi muito importante e fértil para o Circuito Cultural: “Foram quase quatro anos de parceria”. Desde essa época, o equipamento cultural recebeu mais de 210 mil visitantes.

Em nota, o EBX informou que investiu na restauração e criação do MMM. “Foram dois anos de obras e implantação do projeto museográfico e mais de três anos de funcionamento sob a gestão e patrocínio do grupo. Estamos muito felizes de poder contribuir com o desenvolvimento do Circuito Cultural da Praça da Liberdade, onde o museu está localizado, entregando um equipamento de cultura totalmente completo e acessível não só ao público de Belo Horizonte como também de todo o país. Além disso, o MMM atrai muitos visitantes estrangeiros, contribuindo para o turismo do estado.”

O Museu das Minas e do Metal foi o segundo equipamento aberto no Circuito Cultural Praça da Liberdade. Conforme a sua direção, a proposta museológica foi concebida para destacar a marcante relação da história e das expressões culturais de Minas com a riqueza dos recursos naturais. Os visitantes se surpreendem com o acervo digital presente em boa parte das 44 atrações, que estão distribuídas em 18 salas.

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