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sábado, 23 de novembro de 2013

Museu de História e Arte Sacra retrata Círio da Conceição

Acervo tem peças religiosas em exposição.
Fluxo de visitantes aumenta durante festividade.


Berlinda com imagem de Nossa Senhora, rodeada pela corda. (Foto: Kedma Araújo/G1)

Os católicos vivem um momento de festa, em Santarém, oeste do Pará. Com a chegada do Círio de Nossa Senhora da Conceição, a cidade recebe muitos turistas. Dentre as diversas opções para passeio, o Museu de História e Arte Sacra é um atrativo para quem se interessa em conhecer um pouco da festividade em homenagem a padroeira dos santarenos.

O museu funciona ao lado da catedral e tem um acervo com importantes relíquias históricas e religiosas em exposição. De acordo com o gerente do museu, Werner Amazonas, atualmente, o acervo possui aproximadamente 1000 peças. Imagens, móveis, terços, mantos, quadros, ex-votos são algumas das peças em exposição. As peças relacionadas ao Círio são as que chamam mais atenção dos visitantes.



No setor dedicado ao Círio de Nossa Senhora da Conceição, se encontra uma berlinda original, acompanhada da imagem da santa que também já foi utilizada no Círio. Ao redor da berlinda, está parte da corda original de 2009, com o objetivo de retratar a manifestação de fé. “Essa berlinda saía na década de 1970 e parou de sair no início da década de 1980. Ela foi doada para o Círio, pelos funcionários da Sudam, ela é em madeira. A imagem foi utilizada na década 1940 e muitos visitantes não acreditam que ela é de madeira”, conta o gerente.

O acervo dedicado ao Círio também conta com os ex-votos, que são promessas que já foram feitas, retratando a manifestação de fé dos devotos no Círio, através de objetos que representam um pedido de cura ou uma graça alcançada. “São mãos e pés que foram sarados, por exemplo. Os ex-votos que vem para o museu, são os que já receberam a benção do padre. Os devotos não trazem para o museu. Eles deixam no altar da Matriz, próximo a imagem de Nossa Senhora. Depois da benção do padre, é recolhido e eu vou lá e escolho alguns para fazer parte do acervo. Eu não descarto nada. É fé, é uma coisa tão importante para a pessoa que eu não posso descartar”, ressalta Amazonas.
Maquete em gesso com cimento, que reproduz a Igreja Matriz. O ex-voto foi carregado na cabeça, por uma senhora, durante todo o percurso do Círio (Foto: Kedma Araújo/G1)

Para o gerente do museu, a exposição dos objetos é uma forma de homenagear as pessoas que participam da romaria. “O museu traz um retorno social e cultural, traz informação, pesquisa, educação”.

Os mantos de Nossa Senhora da Conceição utilizados em 2006 e 2008, estão expostos no local. Uma coleção de 13 quadros do artista plástico Egon Pacheco, que retrata o percurso do Círio, também estão em exposição permanente. Eles foram feitos para uma exposição em comemoração ao Dia Internacional dos Museus de 2006, que é dia 18 de maio.

De acordo com Amazonas, o fluxo maior de visitantes sempre foi de estudantes, que vem visitar através das escolas. Mas no período do Círio tem um aumento no movimento, devido o número de turistas na cidade.

O museu foi inaugurado em 22 de junho de 2003 e está aberto à visitação pública. O horário de funcionamento é de 8h até 11h30, de terça a sábado. “Mas esse horário pode ser negociado, por exemplo, às vezes uma turma grande que quer vir, ai agenda o horário. A entrada é uma taxa de colaboração de R$3 por pessoa. A visita é guiada, mas tem pessoas que querem só observar, que entram com tempo curto e querem só olhar rapidinho, tem outras que entram para pagar promessa, tem grupo que entra para fazer relatório, pesquisa”, explica o gerente.

Museu reedita exposição que Kennedy viu no dia da morte

Na noite antes de seu assassinato, que hoje completa 50 anos, o presidente John Kennedy e sua mulher, Jacqueline, dormiram num quarto de hotel cheio de obras de arte, entre elas peças de Picasso, Monet e Van Gogh.

Era a suíte 850 do Hotel Texas em Fort Worth, de onde partiram para Dallas na manhã seguinte, quando Kennedy foi morto.

As 16 obras não eram, é claro, parte da decoração do hotel. Mas sim fruto da ideia de um crítico de arte de um jornal local que convenceu os maiores colecionadores dali a emprestarem obras-primas para surpreender o casal.

Um museu em Fort Worth agora relembra a data reunindo quase todas essas peças na mostra que leva o nome do antigo hotel onde Kennedy passou a última noite.

“Era o hotel mais chique da cidade”, conta Shirley Reece-Hughes, curadora da mostra no Museu Amon Carter. “Eles iam ficar no maior quarto de todos, no 13º andar, mas o serviço secreto achou a outra suíte mais segura por ter menos acessos.”

Mesmo menor, o apartamento tinha dois quartos e uma sala de estar. De acordo com o protocolo da época, Kennedy e Jackie dormiram em quartos separados.

No quarto dela, por causa de sua ascendência francesa, estavam obras de impressionistas como Monet e Van Gogh. O dele tinha clássicos da arte americana, como “Swimming”, obra-prima que Thomas Eakins pintou no século 19, retratando garotos nadando num lago.

Mas Kennedy e a primeira dama só foram perceber que estavam numa espécie de minimuseu no dia seguinte. Depois de um atraso no jantar em Houston, o casal voou até Fort Worth e chegou ao hotel quase à meia-noite, indo direto para a cama.

Talvez isso explique porque trocaram de quarto. Restos de espuma de barbear no quarto preparado para Jackie indicam que o presidente dormira entre os impressionistas, enquanto manchas de maquiagem no outro quarto dão a entender que a primeira dama ficou por ali.

No dia seguinte, espantados com as obras, Kennedy e a mulher quiseram agradecer Ruth Johnson, a colecionadora que organizou a mostra. Sem saber seu telefone, pediram a agentes da guarda presidencial que procurassem todas as mulheres com esse nome na lista telefônica até acharem a Ruth correta.

“Kennedy falou com ela, depois passou o telefone para Jackie, que disse que as obras eram tão lindas que ficaria difícil sair do quarto”, conta a curadora. “Esse foi o último telefonema que Kennedy deu em vida para alguém fora de seu círculo.”

Para Reece-Hughes, o objetivo é “reconstruir aqui a parte que foi esquecida dessa história.”



SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO


fonte:
http://www.boainformacao.com.br/2013/11/museu-reedita-exposicao-que-kennedy-viu-no-dia-da-morte/