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sábado, 21 de dezembro de 2013

Museu do Seminário de Corupá é revitalizado

Espaço abre nova exposição, que contempla os mais de 50 anos de história da instituição. Visitação pode ser feita aos domingos, das 11 às 17 horas

Museu do Seminário de Corupá é revitalizado Germano Rorato/Agencia RBS
Coordenadora Roseli Siewert (E) e a monitora Joice Jablonski trabalham na catalogação de materiaisFoto: Germano Rorato / Agencia RBS
As paredes do Seminário Sagrado Coração de Jesus, em Corupá, escondem segredos. Ou escondiam: parte desse material está à disposição do público desde novembro, com a nova requalificação do Museu do Seminário. O espaço, antes dedicado quase que exclusivamente ao vasto acervo de taxidermia do Irmão Luiz Godofredo Gartner, agora contempla os mais de 50 anos de história da instituição, propondo um passeio desde sua formação até os dias atuais.

O projeto era um desejo antigo da coordenadora Roseli Siewert, e começou a tomar forma em maio deste ano.

— Havia muito material armazenado na sala superior, sem os visitantes poderem ter acesso — lembra.

As cerca de dez mil peças, entre animais empalhados, arte sacra, minerais, miniaturas, coleção de moedas, discos de vinil e cédulas, entre outra infinidade de itens, aos poucos, foram sendo catalogadas e organizadas.

Muito do acervo histórico agora compõe as quatro novas salas expositivas do museu. A primeira, como explica a monitora Joice Jablonski, tem como tema a fundação da Congregação do Sagrado Coração de Jesus e a criação do Seminário em Brusque pelo padre Leão Dehon. Na sequência, a transferência para Corupá, em 1932, a construção da edificação histórica e as constantes ampliações do espaço.

Na terceira sala, completa Joice, há coleção de itens que remetem ao trabalho educacional da então Escola Apostólica, desde móveis até materiais didáticos e pedagógicos como microscópios e livros. Por fim, a exposição chega ao Recanto de Paz que é hoje o Seminário, com coleções de miniaturas. 

— É uma parte daquilo que o museu tinha e os visitantes não conheciam –  pontua a monitora.

Todos os animais empalhados foram agora para o segundo piso. É a forma de manter vivo o dom de Irmão Gartner, que aprendeu sozinho o processo de conservação de animais e contou com a ajuda de pais de seminaristas para montar um rico acervo.

A visitação no Museu do Seminário acontece aos domingos, das 11 às 17 horas, com ingressos custando R$ 5. Durante a semana deve ser feito agendamento antecipado pelo telefone (47) 3375-2083 ou no e-mail museu@seminariodecorupa.com.br


Muito mais material para mostrar aos visitantes
As novas áreas expositivas mostram apenas um pouco da riqueza histórica do Museu do Seminário. Acima da sala de taxidermia, a coordenadora Roseli Siewert e a monitora Joice Jablonski trabalham diariamente na catalogação de materiais que vão desde imagens sacras passando por instrumentos musicais, partituras, fitas cassete até registros em vídeo gravados em Super 8.

— A continuidade do projeto prevê que essas peças também venham a público e possam servir a pesquisadores interessados — ressalta a coordenadora.

Muito deste acervo servirá para as aulas práticas de Museologia, que o Seminário oferecerá quinzenalmente entre maio e junho de 2014. Com módulos de gestão de acervo museológicos, conservação, ação cultural e expografia, o curso de extensão é aberto ao público, com inscrições entre 17 a 20 de dezembro e 13 a 31 de janeiro. Outras informações no telefone do Museu ou pelo e-mail museologiafsl@gmail.com

Organização de encontro museológico distinguida por associação do setor - ( .pt )

Três instituições foram distinguidas pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), na categoria de «Cooperação Internacional», pela organização, em outubro passado, em Alcoutim, do 1.º Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museologia.

O 1.º Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museologia foi organizado em parceria entre a Associação Transfronteiriça Alcoutim-Sanlúcar, pela direção regional de Cultura do Algarve e pela Associação de Museografia e Museologia da Andaluzia, com o apoio da Câmara Municipal de Alcoutim.

Segundo a vice-presidente da ATAS e delegada regional da APOM, Maria Luísa Francisco, o Encontro Transfronteiriço de Museus em Alcoutim “ajudou a que se desse a conhecer o concelho como destino cultural de riqueza patrimonial”.

Agora, este prémio “faz sentir que valeu a pena o esforço, as reuniões, as deslocações e principalmente a cooperação entre instituições”, acrescentou.

O município de Alcoutim felicita a ATAS pelo ótimo trabalho de cooperação transfronteiriça, cujas ações estratégicas de desenvolvimento sociocultural têm aproximado cada vez mais as povoações de Alcoutim e Sanlúcar, e manifesta o seu apoio e colaboração aos projetos futuros da associação.

Em relação ao Algarve, os prémios da APOM distinguiram ainda o jornal Sul Informação, na categoria de «Melhor Trabalho Jornalístico/Media», e a investigadora Helena Correia, cuja tese de mestrado lhe valeu uma menção honrosa na categoria «Melhor Estudo sobre Museologia».

Estes galardões visam “incentivar e premiar a imaginação e a criatividade dos museólogos portugueses e o seu contributo efetivo na melhoria da qualidade dos museus em Portugal, sendo também uma forma de dar visibilidade ao que de melhor se faz no âmbito da museologia”.

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O Museu de Biologia Professor Mello Leitão será transformado no Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA).

Criação de Instituto da Mata Atlântica é finalmente aprovado no Senado
Matéria que transfere a gestão do Museu Mello Leitão para o MCTI agora depende de sanção presidencial

O Museu de Biologia Professor Mello Leitão será transformado no Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA). O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 55/2013 foi finalmente aprovado, em regime de urgência, no Plenário do Senado nessa terça-feira (17). Agora, o projeto segue para a sanção presidencial, após já ter passado pela Câmara dos Deputados.

O requerimento de urgência aprovado pelo colegiado é de autoria do senador Ricardo Ferraço (PMDB), que também foi relator da matéria na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e apresentou relatório favorável ao projeto, sem emendas. No mês passado, o PLC foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ) e na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), com relatoria favorável da senadora Ana Rita (PT). 
 
O PLC altera o nome e a estrutura do Museu de Biologia Professor Mello Leitão, localizado em Santa Teresa (região serrana), que passa a se chamar Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) e deixa, assim, a atual estrutura do Ministério da Cultura (MinC), para ser gerido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O projeto também cria o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste, o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal e o Instituto Nacional de Águas. Além disso, o texto também prevê a criação de 83 cargos comissionados. O impacto anual no orçamento com o pagamento de pessoal, como informa a Agência Senado, será de R$ 5,3 milhões.
 
Há anos o Museu Mello Leitão passa por uma fase de carência de material de estudos e de pessoal. Os investimentos federais ainda não podiam ser feitos pelo MCTI e não eram feitos pelo MinC, já que o trabalho passaria para as mãos de outro ministério. O apoio que a área de museu recebe do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em nível de pessoal, se resume ao trabalho de dois estagiários de graduação, que podem se manter por no máximo dois anos na atividade. Segundo a Associação de Amigos do Museu de Biologia Mello Leitão (Sambio), tradicionalmente, em outros museus e instituições que possuem Coleções Biológicas, existe uma estrutura de pelo menos um curador de cada grupo biológico, com nível em geral de doutorado, que é responsável pelo desenvolvimento da coleção e pesquisas relacionadas, além de alguns técnicos e pesquisadores.
 
Em outubro, durante uma reunião no MCTI, o secretário executivo do órgão, Luiz Antônio Rodrigues Elias, garantiu empenho do ministério em montar um grupo de trabalho para a implementação do Instituto e, além disso, afirmou que em 2014 haverá recursos financeiros disponíveis para o futuro INMA. 
 
O Mello Leitão foi criado em 1949 pelo naturalista Augusto Ruschi (1915-1986), que recebeu do Congresso Nacional, em 1994, o título de “Patrono da Ecologia do Brasil”. A instituição, que desenvolve trabalhos com foco na biodiversidade da Mata Atlântica do Estado e voltados para educação e difusão científica na área de biodiversidade e na área de pesquisa e investigação científica, é uma das principais do país ligadas ao patrimônio natural.

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Ano do Catar no Brasil destacará cultura e esportes


Iniciativa da Autoridade de Museus do Catar trará ao País, em 2014, mostras de cinema, exposições esportivas e de arte, além de exibição de pérolas naturais. Atividades acontecerão em várias cidades.

São Paulo – Escolhido para ser o Ano do Catar no Brasil, 2014 abrigará diversos eventos para promover a cultura do país árabe por aqui. A iniciativa foi anunciada na quarta-feira (18), em Brasília, na presença de representantes governamentais das duas nações.



Alhayki: cultura e esporte aproximam países

“A ação de divulgar a cultura do Catar para países amigos é uma iniciativa da sheikha Maysa Bint Hamad Al Thani, presidente da Autoridade de Museus do Catar. É ela quem está liderando a iniciativa de criar pontes com outras culturas”, conta Mohamed Alhayki, embaixador do Catar em Brasília.

O Brasil é o terceiro país selecionado para sediar um ano cultural dedicado ao Catar. As ações começaram em 2012, com o Japão, e seguiram este ano, no Reino Unido. “Foi um grande sucesso e decidimos estender para o Brasil”, relata Alhayki.

Entre as atividades que serão realizadas no país estão apresentações musicais, mostras de cinema e uma exibição dos esportes do Catar. “E o que é mais importante: a exibição em São Paulo de pérolas naturais”, destaca o embaixador. Ele explica que, antes da descoberta do petróleo em seu país, a economia local dependia do comércio das pérolas. Assim, no próximo ano, os brasileiros poderão ver algumas das joias que já foram a base financeira do país do Golfo.

As ações do Ano do Catar no Brasil acontecerão em diversas cidades, entre elas Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e João Pessoa. A realização destas atividades no país deverão ter o apoio do Ministério dos Esportes e do Ministério da Cultura brasileiro. O acerto para que o evento acontecesse aqui foi realizado com o Itamaraty.

O anúncio feito na quarta aconteceu durante a festa de comemoração do Dia Nacional do Catar, que se celebra em 18 de dezembro. Na ocasião, discursaram o embaixador Alhayki e a representante da Autoridade de Museus do Catar, Rafah Barakat. O subsecretário-geral político para África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, representou o governo brasileiro no evento.

Em 27 de janeiro de 2014, haverá o lançamento oficial do Ano do Catar no Brasil no Museu de Arte Islâmica, de Doha. “Acho que vai ser um evento muito grande”, avalia Alhayki sobre o ano cultural. “O esporte e a cultura são uma das principais pontes para aproximar dois países e fortalecer o relacionamento”, completa.


fonte: Aurea Santos
aurea.santos@anba.com.br