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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Museu do Mar em São Francisco do Sul homenageia velejador Amyr Klink

Sala conta a história do velejador por meio de três embarcações.
Fundado em 1993, local possui 15 salas com mais de 60 barcos.


Museu Nacional do Mar (Foto: FCC/Divulgação)

O Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul, guarda um pouco da história das embarcações brasileiras. Localizado no Centro histórico da cidade, o local busca valorizar a arte e o conhecimento dos homens que vivem no mar. São mais de 60 barcos em tamanho natural e cerca de 200 peças de modelismo e artesanato naval, todos identificados com textos e imagens explicativas. O local utiliza o espaço dos antigos armazéns da empresa Hoepcke.


IAT, barco no qual Amyr Klink atravessou o oceano
a remo (Foto: Museu Nacional do Mar/Divulgação)

Segundo informações do Museu, as embarcações são organizadas por temas. No local, há explicação da história de cada uma e do uso das peças em exposição. Uma das salas conta a história do velejador Amyr Klink. No local, estão expostas a canoa Max, o primeiro barco de Amyr, utilizado aos seis anos de idade; o IAT, embarcação em que o velejador cruzou o Atlântico em cem dias, utilizando apenas das correntes marítimas e da força de seus remos; e o diorama Paratii, famoso veleiro de casco vermelho com o qual Amyr viajou para a Antártida.

Outro destaque é a sala Amazônia. Ambientada com um espelho d'água e decorada com vitórias-régias, peixes-boi e botos, ilustrando o cenário para as canoas indígenas daquela região. As embarcações são de diversas regiões brasileiras, e no local estão representadas as jangadas, canoas, botes, baleeiras e até barco a vela.

Museu do Mar
Rua Manoel Lourenço de Andrade, s/n – Centro Histórico
Fone: (47) 3444-1868 ou (47) 3444-2612
De terça a sexta, das 9h às 18h
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
R$5 e 2,50 meia-entrada
Idosos acima de 60 anos não pagam ingresso


fonte:

Egipto tenta impedir que peças traficadas cheguem aos leilões

Autoridades egípcias aumentam pressão sobre leiloeiras e vão conseguindo recuperar alguns artefactos.
O número de turistas nos museus egípcios caiu substancialmente AFP/KHALED DESOUKI



O Governo egípcio tem feito um enorme esforço para travar o contrabando do seu património e recuperar muitas das peças históricas que perdeu no meio da instabilidade política dos últimos anos.

A iniciativa mais recente, este mês, visou as leiloeiras Sotheby’s e Gorny & Mosch, ameaçadas de processos judiciais se não conseguissem provar a proveniência legal de peças levadas a leilão.

O Ministério das Antiguidades egípcio controla, através da Internet, os lotes que são levados a leilão e recentemente, noticiou o El Mundo, pediu à norte-americana Sotheby’s que retirasse de venda 23 peças do Antigo Egipto, um conjunto que incluía estátuas, bustos, vasos e fragmentos de inscrições.

Às duas leiloeiras citadas, a Interpol e as autoridades egípcias pedem os documentos que certifiquem a propriedade das peças e os respectivos certificados de exportação. Se estes não existirem, é iniciado o processo legal para que as peças regressem ao Egipto.

A pressão tem dado alguns resultados. O Egipto já conseguiu, por exemplo, a devolução de peças que estavam em Israel e que iam ser entregues a uma leiloeira israelita; recentemente foi o Governo francês a devolver cinco peças que tinham sido roubadas do Egipto depois da revolta da Primavera Árabe, em 2011, e que iam ser vendidas online; e uma outra colecção de artefactos antigos, que estava nos Estados Unidos, deverá também ser devolvida ao Egipto nos próximos dias, depois de três anos de negociações para que as autoridades egípcias pudessem provar a propriedade das peças, encontradas durante escavações ilegais.

Ao mesmo tempo que decorre este esforço de recuperação do património, o Museu Egípcio do Cairo, onde estão guardadas muitas das mais valiosas peças do Egipto faraónico, enfrenta também uma luta pela sobrevivência. Muitas das manifestações, protestos e confrontos a que o Cairo tem assistido, e que antecederam o afastamento do islamista Mohammed Morsi da Presidência, aconteceram precisamente na Praça Tahrir, onde fica situado o museu.

O ministro responsável pelas Antiguidades, Mohammed Ibrahim, disse, citado pela Associated Press, que “por vezes mesmo com a praça fechada, o museu mantém-se aberto”, mas a jornalista da AP que o visitou notou a quase total ausência de visitantes estrangeiros, que nos últimos tempos, devido precisamente à instabilidade política, tendem a desaparecer do país.

A circulação de peças egípcias por museus estrangeiros também foi substancialmente reduzida, o que afecta aquela que era outra das grandes fontes de rendimento do museu. No ano passado, o Governo deu ordens para suspender uma exposição sobre a figura de Cleópatra na sequência de uma decisão judicial baseada no facto de as peças serem únicas e por isso demasiado valiosas para saírem do Egipto.

Apesar disso, há planos ambiciosos para o futuro das antiguidades egípcias. Está já a nascer junto à Pirâmide de Gizé um novo grande museu, o Grand Egyptian Museum (GEM), para as antiguidades do período faraónico – uma colecção tão grande que mais de metade não pode ser exposta no Museu da Praça Tahrir. Está previsto que o novo museu abra em 2015, e receba, entre muitos outros objectos, o tesouro de Tutankhamon.

Mas o velho Museu Egípcio também está a sofrer melhoramentos, sobretudo nos sistemas eléctrico e de segurança, resultado de uma parceria com a Alemanha. Além disso, ainda segundo a Associated Press, deverá ganhar uma área de exposições exterior, junto ao Nilo, no local onde funcionava o quartel-general do Partido Nacional Democrático do antigo Presidente Hosni Mubarak, um edifício que ardeu na sequência dos protestos no Cairo. Com tudo isto, os responsáveis egípcios esperam conseguir fazer regressar os turistas ao país.


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