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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dois meses após incêndio no Memorial, grandes museus de SP continuam irregulares

Maior parte dos centros culturais está com documentação pedente para obter alvará.

 

Auditório do Memorial passa por limpeza, desde a semana passada, e não tem prazo para ser reaberto Alice Vergueiro/Futura Press/Estadão Conteúdo

O incêndio que atingiu o auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, completa dois meses nesta quarta-feira (29). O episódio serviu de alerta para que a Secretaria Municipal de Licenciamento iniciasse uma força-tarefa no fim do ano para regularizar a situação e garantir a segurança nos centros culturais de São Paulo. No entanto, passados mais de 60 dias, grandes museus da capital continuam sem o Alvará de Funcionamento para local de reunião.

Esse documento é obrigatório para espaços com capacidade para mais de 250 pessoas. Para obtê-lo, o estabelecimento precisa passar por vistorias que atestem a segurança dos frequentadores e funcionários. Uma das visitas é a do Corpo de Bombeiros, que emite o auto de vistoria após observar se as medidas de prevenção contra incêndios estão adequadas.


Segundo a Secretaria Municipal de Licenciamento, o MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo), no Ibirapuera; e o Centro Cultural São Paulo, no Paraíso, foram intimados pelos fiscais. Foi dado um prazo para que eles coloquem em dia a documentação necessária.

O Masp (Museu de Arte de São Paulo), a Pinacoteca, O CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), o Museu da Língua Portuguesa, a Sala São Paulo e o Auditório do Ibirapuera já deram entrada no processo, mas ainda não obtiveram o alvará. Segundo a prefeitura, o prazo para a liberação do documento depende do interessado. Se toda a documentação exigida por lei for apresentada, ele é expedido rapidamente, de acordo com a secretaria.

Memorial

O auditório Simón Bolívar passa por trabalhos de limpeza desde o começo da semana passada. Após essa fase, uma nova vistoria do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) vai definir quais reformas estruturais precisam ser feitas. O prédio não foi comprometido.

O escritório do arquiteto Oscar Niemeyer, que projetou o complexo cultural, localizado na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, deverá refazer a parte arquitetônica do auditório. A tapeçaria que revestia o espaço também será refeita pela artista Tomie Ohtake.

Segundo o coordenador da reforma, Sérgio Jacomini, não há prazo para que o auditório seja reaberto e nem o custo estimado das obras. A avaliação do IPT pode demorar até 75 dias e ainda nem começou.

Não havia público na hora em que o fogo começou, na tarde de 29 de novembro. Mas durante o combate às chamas, 25 bombeiros ficaram feridos, sendo que quatro permaneceram internados. No fim da semana passada, o laudo da perícia feita no Memorial foi divulgado. A conclusão foi de que um curto-circuito deu início ao incêndio.


fonte:
r7

 

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