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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Museu do Oriente ( .pt )

Jiang Shanqing, grande pintor contemporâneo chinês, nasceu em Haining em 1961. Dizem-no “ habitado por uma luta interior entre o racional e a intuição”.

Todo o seu saber reside no facto de conseguir dominar a tinta sobre o papel chegando a criar diferentes tonalidades de manchas. Segundo Yves Kobry critico e historiador de arte “ se a fonte de inspiração de Jiang Shanqing é profundamente chinesa, quer pelo espírito que o habita quer pelas técnicas empregues, ela não é estranha para um ocidental lembrando, pela dinâmica gestual, certos artistas do século XX como Jackson Pollock”. 

No entanto existe uma diferença. Jiang nunca satura o espaço, antes deixa o movimento flutuar livremente no suporte de papel, conservando assim a sua autonomia e dinâmica. Por mais abstracto que seja o motivo, o mundo visível permanece sempre subjacente e conserva o seu poder evocativo.

O mesmo acontece com algumas das suas caligrafias que o artista deforma, abstraindo-se do signo até que este perca o seu significado, ainda que conservando a sua força sugestiva à maneira de um acorde musical.

Por mais complexa que seja a composição, a harmonia, o equilíbrio provêm da densidade, da difusão da tinta que faz a mancha e do espaço deixado para respirar.
JIANG SHANQING

JIANG SHANQING

Jiang vive em Beijing, dividindo o seu tempo entre a China, o seu ateliê parisiense e um pouco por todo o mundo onde é convidado a expor. Em 2012 alcançou o 4º lugar, na classificação mundial das vendas em leilões de artistas contemporâneos chineses. Talvez por isso, o Professor Ain Robertson do Departamento das Artes da Sotheby’s inglesa, especialista do mercado de arte contemporânea chinesa, considera Jiang Shanqing um dos maiores nomes da pintura do seu país.

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