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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Brasil mantém múmia do Antigo Egito intacta em Museu Nacional

O Brasil é um dos poucos países a manter intacta uma múmia do Antigo Egito. Isso porque os pesquisadores do Museu Nacional do Rio estão usando a tomografia computadorizada para desvendar os segredos guardados durante milhares de anos.

É a maior coleção da América Latina. As relíquias do Egito Antigo foram compradas em 1826 por Dom Pedro I. Elas mostram a importância da mumificação para os egípcios. “Até recentemente era comum desenfaixar as múmias. Você pegava o corpo, e pra saber o que tinha lá dentro, você acabava destruindo o corpo. Hoje em dia a gente consegue ter uma visão até melhor do que se abrisse o corpo”, explica o egiptólogo Antonio Brancaglion Junior.

A tecnologia ajudou nesta mudança. Os pesquisadores levam as múmias a clínicas para fazer tomografias computadorizadas. “É um alvoroço, todo mundo quer ver, tirar foto. É um alvoroço. E o segundo é a própria curiosidade dos pesquisadores, porque eles querem saber o que tem lá dentro, né? É bem emocionante. Conforme a gente vai vendo as camadas aparecendo, todo mundo está em volta das telas pra ver”, conta o pesquisador do Instituto Nacional de Tecnologia Jorge Lopes.

Uma tomografia revelou o esqueleto de um gato mumificado, animal sagrado no Egito de milhares de anos atrás. Com as informações obtidas no exame, os especialistas do museu reproduziram o esqueleto do felino em 3D.

Mesmo em coleções fora do Brasil, é muito raro encontrar uma múmia com o sarcófago fechado e preservado. Analisando os desenhos e hieróglifos, os pesquisadores do Museu Nacional conseguem concluir de onde são as múmias. Uma delas é de uma cantora religiosa do templo mais importante do Egito Antigo, do deus Amon, e que existe até hoje. Agora, só com uma tomografia foi possível descobrir mais sobre a identidade da Sha Amum Em Su.

O exame mostrou que a cantora tem um enchimento na garganta, feito de tecido e resina, colocado durante a mumificação. “A hipótese que a gente tem é que pelo fato dela ser uma cantora, eles teriam tido um cuidado maior na hora de preservar o corpo, de preservar a garganta dela, para que ela pudesse continua com esta função dela, no pós-vida”, conclui o egiptólogo.

Esse sarcófago nunca foi aberto porque Dom Pedro queria manter a múmia intacta. O desejo dele foi respeitado pelo Museu Nacional, que é vinculado à Universidade Federal do Rio.


fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.portalaz.com.br/noticia/geral/308177_brasil_mantem_mumia_do_antigo_egito_intacta_em_museu_nacional.html

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