A partir desta sexta feira, 20 de Novembro o Museu Condes Castro Guimarães em Cascais acolhe uma exposição de Arte Russa, uma legado de Pedro Vieira da Fonseca, um diplomata natural de Cascais e amante da cultura e civilização russas.
Parte do vasto espólio legado por Pedro Vieira da Fonseca, 17 ícones russos datados do século XIX, vai dar corpo à exposição "O fascínio da arte russa: Encontro da terra com o céu", que a partir de hoje, 20 de Novembro estará patente ao público no Museu Condes Castro Guimarães em Cascais.
Testemunho do fascínio que Pedro Vieira da Fonseca, diplomata e munícipe de Cascais, nutria pela cultura e civilização da Rússia, os 17 ícones russos do século XIX vão estar expostos em três conjuntos temáticos: "Cristo Pantocrator", "Theotokos - Imagens da Mãe de Deus" e os "Santos Intercessores", apresentados nas respectivas caixas onde são expostos nos ambientes tradicionais das casas russas.
Em "O Fascínio da Arte Russa: Encontro da terra com o céu" pretende-se recriar o ambiente de uma "câmara do tesouro", na sequência da alusão à viagem e ao exótico, podendo assim o público apreciar ainda os diários das duas viagens realizadas à Rússia em 2000 e 2001 e um pequeno número de objectos de memorabilia trazido dos locais que o diplomata visitou.
"Nestes diários sucedem-se interessantes descrições e imagens das cidades, catedrais, palácios, jardins, mosteiros, rios e florestas por onde passou, assim como da história, da maneira de ser e do quotidiano de um povo que o fascinava, dando-se, assim, a conhecer uma arte apreciada, mas ainda bastante desconhecida do público em geral", diz a nota de imprensa.
Pedro Vieira da Fonseca, homem culto e bibliófilo, era diplomado em Sociologia Geral e Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Económico-Sociais da Universidade de Genebra.
Exerceu funções de Adjunto do Protocolo de Estado no Ministério dos Negócios Estrangeiros durante largos anos.
Os ícones russos agora em exposição têm uma história:
Cristo Pantocrator é a imagem icónica do Pantocrator, adjectivo de origem grega (Παντοκράτωρ) que significa "todo-poderoso" ou "omnipotente", e foi uma das primeiras imagens de Cristo desenvolvidas na Igreja Primitiva e continua a ser um ícone central na Igreja Ortodoxa Oriental.
O Cristo pantocrator é um Cristo em glória, a representação artística de Jesus Cristo no seu corpo glorioso por oposição às representações mais humanas do Cristo sofrendo a Paixão na cruz ou do Menino Jesus.
"Theotokos – Imagens da Mãe de Deus" é uma imagem do culto cristão ortodoxo, onde a Virgem Maria é designada Theotokos, termo grego (Θεοτοκος) que significa "Mãe de Deus", ou "A que dá à luz Deus", a mãe de Jesus Cristo, o Filho e a Palavra de Deus.
Teologicamente, os ícones da Theotokos representam o primeiro ser humano que alcançou o objetivo da Encarnação - a divinização do homem.
"Santos Intercessores" significa que na Igreja Ortodoxa russa, tal como na Igreja Católica ocidental, se acredita na intercessão dos santos.
Cada pessoa, ao ser baptizada, é nomeada em honra de um santo específico, considerando-se que este santo é um patrono para toda a vida.
Há santos padroeiros de ocupações e actividades, de doenças, perigos e lugares. A santidade é um dom (carisma) dado por Deus ao homem, através do Espírito Santo. Os ortodoxos veneram os santos para expressar o seu amor e gratidão a Deus.
fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.hardmusica.pt/cultura/museus/27953-arte-russa-em-destaque-no-museu-castro-guimaraes-em-cascais.html
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