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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Degradação do MAC ameaça acervo Considerado um dos mais relevantes museus da América Latina, o complexo cultural tem problemas estruturais.

 Fundarpe promete recuperar o espaço.

Obras de arte do museu estão guardadas em condições inadequadas



Rachaduras, infiltrações, deslocamento de telhas, escadarias quebradas, piso irregular, goteiras e falta de acessibilidade. Esses são alguns dos muitos problemas encontrados no Museu de Arte Contemporânea de Olinda (MAC). Para evitar o avanço da degradação física do lugar - tombado nas esferas estadual e federal -, a Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) vai elaborar um laudo para dar início a um processo de recuperação e reforço estrutural do prédio. Mas não há prazo para o começo das obras.

Segundo a gestora do complexo cultural, Célia Labanca, há pelo menos sete anos o museu não passa por reforma. Recebe apenas serviços de manutenção. “O MAC já chegou a ficar dois meses fechado após o agravamento de alguns problemas estruturais”, lembra ela. O complexo cultural é mantido pela Fundarpe.

Ela diz que os telhados são exemplos crônicos. “Com a ventania e a própria movimentação dos morros, as telhas se deslocam, gerando goteiras e infiltrações. E não podemos colocar forro no teto de um prédio tombado.”

Além da degradação física, faltam outros investimentos no local, principalmente em segurança e abastecimento de água. “A falta de acessibilidade é outro grande problema também, porque o cadeirante não tem como chegar ao primeiro andar e ao jardim. Uma das minhas exigências é que ao menos os batentes sejam transformados em rampas”, afirma Labanca.

O complexo é composto por quatro imóveis, além da Capela de São Pedro Advíncula e da Praça Assis Chateaubriand, ambas em frente à sede. “A própria praça, que tem um anfiteatro, está abandonada. Com um trabalho paisagístico, poderia se tornar um espaço mais bem aproveitado”, defende a gestora do MAC.

A falta de atratividade afasta turistas e olindenses. O ator Thadeu Borba, 30, que reside há um ano na Ladeira da Misericórdia, diz que não se sente atraído pelo museu. Durante esse tempo, só entrou no MAC para conhecer. “Acho o espaço ocioso. É um museu bem localizado, mas que não promove, por exemplo, exibições gratuitas de filmes na praça, apresentações culturais e outras programações. É uma pena”, lamenta.










Museu tem 4 mil obras

O Museu de Arte Contemporânea de Olinda (MAC) é considerado um dos mais importante da América Latina, pela qualidade e relevância das quatro mil obras do seu acervo permanente. Entre as obras do MAC, encontra-se a coleção completa de Assis Chateaubriand, fundador dos Diários Associados.

Atualmente, o museu olindense abriga a exposição Janelas Contemporâneas, da artista plástica Elisa Lobo (SP). Os trabalhos ficarão expostos até o próximo dia 23.
Segundo a diretora de gestão de equipamentos culturais da Fundarpe, Ascendina Syreno, o projeto de recuperação estrutural do espaço está orçado em R$ 19,5 mil. Após esse serviço, serão realizadas outras reformas, como pintura e desenvolvimento dos projetos de iluminação e segurança, com a implantação de câmeras de monitoramento.

“Para os outros projetos complementares, as planilhas de custo ainda deversão ser feitas”, disse Ascendina. “Vamos diagnosticar tudo o que precisa ser feito para garantir a integridade do prédio. Ele não corre riscos de desabamento, mas os problemas devem ser reparados para não se agravar”, afirmou Syreno.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2014/11/16/interna_vidaurbana,543039/degradacao-do-mac-ameaca-acervo.shtml

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