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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Museu 2.0? Em uma conferência em Berlim, os peritos de instituições culturais e da economia digital discutirão nesta quinta-feira e sexta-feira sobre como colocar suas coleções na rede.



Berlim (dpa). O mundo digital oferece aos interessados em arte muitas possibilidades, como rolar as pinturas com o mouse ou ampliar um quadro com a lupa virtual na tela do computador. Mas, quando os museus querem colocar suas coleções na internet, eles sempre encontram muitos obstáculos, desde a falta de dinheiro até a situação jurídica. Em uma conferência em Berlim, os peritos de instituições culturais e da economia digital discutirão nesta quinta-feira e sexta-feira sobre como colocar suas coleções na rede. 
 
A internet estaria assumindo um papel cada vez mais importante para os museus, diz Börries von Notz, presidente da fundação Stiftung Historische Museen de Hamburgo. Ele é um dos iniciadores do círculo de peritos “Configurar o acesso! Mais responsabilidade para como o legado cultural”, existente desde 2011. Para muitas pessoas, a internet seria frequentemente o primeiro contato com grandes obras. “A digitalização nos ajuda a chamar a atenção e a tornar nosso conhecimento visível, compartilhando-o com outras pessoas”, diz von Notz, gerente do Jüdisches Museum de Berlim até 2013. Os cientistas também teriam cada vez mais necessidade da digitalização dos acervos.

Mas a internet não torna supérflua a visita real a um museu? “De maneira nenhuma!”, diz von Notz. “Somente os museus possuem a ponte estética única para os seus temas, a qual está intimamente ligada com o objeto original”. Como exemplo, os peritos veem o Rijksmuseum de Amsterdã. Através da home page deste museu, os interessados podem observar de perto quase toda obra, da “Guarda Noturna”, de Rembrandt, até o autorretrato de van Gogh. Mas também se podem baixar as imagens e, depois, imprimi-las em uma taça de chá ou em uma camiseta. O Google Art Project vem oferecendo desde 2011 o acesso a centenas de obras de arte em alta resolução. 
 
Neste meio tempo, cerca de 400 museus e galerias estão participando desse portal do grupo empresarial dos EUA, colocando gratuitamente algumas obras escolhidas na rede. Na Alemanha também haveria alguns projetos excepcionais, que englobam partes inteiras de coleções, diz von Notz. Mas, muitas vezes, os museus e os arquivos têm que fazer investigações exaustivas por causa dos direitos autorais de cada objeto e documento. Por isso, os museus, os arquivos e as bibliotecas querem que os direitos autorais lhes sejam facilitados. Casos problemáticos, como o aproveitamento de obras famosas para livros ou calendários, poderiam ser então resolvidos mais facilmente. Mesmo assim, milhões de digitalizações continuariam sendo extremamente difíceis e custosas. “Enfim, trata-se em todo lugar de uma tarefa para gerações”, diz von Notz.

Fonte: dpa; tradução: FSM



fonte: !edisonmariotti #edisonmariotti https://www.deutschland.de/pt/news/museu-20

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