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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Prisão de Hohenschönhausen - sobre o que foi a ocupação soviética de Berlim

A Prisão de Hohenschönhausen irá dissipar-lhe quaisquer dúvidas que tenha sobre o que foi a ocupação soviética de Berlim, a que se sucedeu a tomada de controlo da prisão por parte do aparelho securitário da RDA. 
 
 
Gedenkstätte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
The Berlin-Hohenschönhausen Memorial
 








A Prisão foi aberta ao público em 1994. Só admitem visitas guiadas, e ainda bem. Os guias são conhecedores (alguns, doutorados em História) e, à parte uma outra concessão que têm de fazer aos mais sedentos de horror e de sangue, não precisam muito disso: o local fala por si. Mas, sem um guia – e, por vezes, antigos prisioneiros servem de guia –, tudo não passaria de uma sucessão de celas, umas mais antigas, assemelhando-se a masmorras medievais em que os detidos eram enclausurados com água pelos tornozelos, outras mais modernas e sofisticadas. Uma das alas no subsolo, ainda do tempo dos soviéticos, tinha escassos meios de ventilação e refrigeração, sendo chamada de «submarino» pelos prisioneiros encarcerados naquela atmosfera irrespirável.

As explicações fornecidas são imprescindíveis para a compreensão do que ali se passou, sobretudo quando foram adoptados métodos mais subtis de tortura psicológica. Deparamos, incrédulos, com celas inteiramente forradas a borracha, completamente insonorizadas. O cúmulo da tecnologia carcerária. Entre o final da 2ª Guerra e a queda do Muro, cerca de 50.000 pessoas estiveram detidas em Hohenschönhausen.

Por estar situado numa área remota, o vasto complexo de Hohenschönhausen não foi alvo da ira popular nos dias subsequentes à queda do Muro. Segundo se diz, isso permitiu que muita documentação tivesse sido entretanto destruída, mas o espaço e as informações que nele são apresentadas tornam este lugar imprescindível para conhecer o mundo perdido da República Democrática Alemã.


Uma das alas no subsolo, ainda do tempo dos soviéticos, tinha escassos meios de ventilação e refrigeração, sendo chamada de «submarino» pelos prisioneiros encarcerados naquela atmosfera irrespirável.

Não sendo de fácil acesso, a Prisão é cada vez mais visitada por turistas, em transporte individual ou excursões organizadas. Como se referiu, só são admitidas visitas em grupo ou, melhor dizendo, acompanhadas por um guia. Diariamente, existe uma visita em inglês às 14h30. Apesar de no site do Memorial afirmarem não ser necessária uma reserva prévia, à cautela não deixaria de a fazer, utilizando o formulário disponibilizado online. Entre as 9h00 e as 16h00 existem tours para grupos que procedam a marcação prévia, escolhendo a respectiva língua da visita: inglês, francês, espanhol, italiano, norueguês e dinamarquês, mas para o efeito tem de fazer reserva prévia. Se for um visitante individual ou um pequeno grupo, é mais seguro realizar a visita das 14h30 e, mais seguro ainda, não deixar de realizar uma reserva antecipada. Apesar de, segundo sei, não existirem números-limite para as visitas das 14h30, o registo prévio através da Internet evita quaisquer surpresas desagradáveis (lembre-se que não está propriamente num local central de Berlim, a que possa ir no intervalo de dois programas ou de passagem a caminho de outro sítio).

Quanto a acessos, existem diversas formas de chegar ao local, consoante o ponto de partida. A mais prática é apanhar o S-Bahn nº 5 nas estações de Alexanderplatz ou Landsberger Allee e sair em Freienwalder Strasse, ficando a Prisão a dez minutos a pé desta rua. Mas não é descabido ir e vir de táxi, a menos que já se encontre em Alexanderplatz, por exemplo, e lhe seja fácil apanhar a linha 5 do S-Bahn. Como toda a zona envolvente não tem muito trânsito, a ida de táxi não é particularmente dispendiosa, mesmo estando na Alemanha.

Prisão de Hohenschönhausen 
Horário: em horários diferenciados, encontra-se aberta todos os dias, excepto 24, 25 e 31 de Dezembro e 1 de Janeiro; em todo o caso, o horário é relativamente indiferente, uma vez que não são admitidas visitas individuais, isto é, não acompanhadas por guia; existe todos os dias uma visita guiada em inglês às 14h30. 
Entradas: 5€ / adultos. Entrada gratuita com Berlin Pass.
Endereço: Genslerstrasse 66
Endereço electrónico: http://en.stiftung-hsh.de/

 fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://en.stiftung-hsh.de/document.php?cat_id=CAT_231&special=0

The Berlin-Hohenschönhausen Memorial
  The site of the main remand prison for people detained by the former East German Ministry of State Security (MfS), or 'Stasi', has been a Memorial since 1994 and, from 2000 on, has been an independent Foundation under public law. The Berlin state government has assigned the Foundation without charge. The Foundation's work is supported by an annual contribution from the Federal Government and the Berlin state government.
The Memorial's charter specifically entrusts it with the task of researching the history of the Hohenschönhausen prison between 1945 and 1989, supplying information via exhibitions, events and publications, and encouraging a critical awareness of the methods and consequences of political persecution and suppression in the communist dictatorship. The former Stasi remand prison is also intended to provide insight into the workings of the GDR's political justice system.

Since the vast majority of the buildings, equipment and furniture and fittings have survived intact, the Memorial provides a very authentic picture of prison conditions in the GDR. The Memorial's location in Germany's capital city makes it the key site in Germany for victims of communist tyranny.

In 2010 332,000 people visited the Memorial and over half of these visitors were students. Tours of the prison are usually led by former inmates, who provide first-hand details on prison conditions and the interrogation methods employed by the GDR's Ministry of State Security (MfS). 
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