“Quadrinhos e Imigração” reúne 500 desenhos e documentos de 117 artistas. publicadas nos anos 10 do século passado.
Os quadrinhos já não atraem mais só criança há muito tempo. A cada dia chegam às livrarias enredos diferentes: a vida de grandes personagens, uma história épica, um romance famoso. Tudo pode se transformar e ganhar páginas coloridas.
Acompanhando essa febre, o Museu da Imigração, em Paris, mostra a história dos imigrantes que chegaram à França através de quadrinhos. São 500 desenhos e documentos de 117 artistas. É um painel abrangente, com trabalhos de artistas do leste europeu até os criadores do americaníssimo Super-Homem.
“Quadrinhos e Imigração” reúne esquetes cômicos, publicadas nos anos 10 do século passado. O curioso é descobrir que os imigrantes, muitas vezes à margem da sociedade, procuravam as histórias em quadrinhos, consideradas subcultura. Os próprios personagens em quadrinhos são muitas vezes mascarados.
Helene Bouillon, a curadora, explica que a mostra tem desde Asterix, o gaulês de cabelo amarelo, que luta contra os romanos, até o estrangeiro Kal-El, que tenta viver na terra entre os humanos, apesar de seus superpoderes.
Há um quê de denúncia: histórias que contam a situação dos imigrantes na segunda metade do século XX. Muitas vezes, enredos tristes de intolerância.
O filme ‘Persépolis’, de um cartunista iraniano, se destaca: é a história de uma jovem em fuga para a Europa depois da revolução iraniana, que transformou aquele país em uma república islâmica. A curadora diz que o humor está presente nas histórias em quadrinhos, mas muitas delas trazem histórias difíceis e duras.
Apesar do Brasil ter grandes artistas, não escapamos da influência do exterior. As histórias em quadrinhos surgiram no século XIX. Eram sátiras em forma de cartuns, charges e caricaturas, que evoluíram para as tradicionais tiras de jornal.
fonte:
http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/01/museu-na-franca-conta-historia-de-imigrantes-atraves-de-quadrinhos.html